jul 11, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
TITO MADI– Chauki Maddi, de nome artístico Tito Madi, cantor e compositor que teve relativo sucesso durante as décadas de 1950 e 1960 como intérprete e escritor de samba-canções e junto à bossa nova. Gravado por diversos artistas dentro e fora da bossa nova é até hoje lembrado como compositor significativo nas carreiras de vários cantores, como Roberto Carlos e Wilson Simonal. Compositor da geração pré-bossa nova, teve influência sobre o movimento, com sambas-canções de harmonização moderna como “Cansei de Ilusões”, “Sonho e Saudade”, “Carinho e Amor”, “Fracassos de Amor”, “Gauchinha Bem-Querer”, “Não Diga Não”, “Balanço Zona Sul” e seu maior sucesso, “Chove lá Fora”. Nasceu numa família de músicos e seu pai tocava violão, bem como seus irmãos tocavam alaúde e bandolim. Essa influência fez com que aos dez anos Tito já cantasse em festas da escola. Sua fase de compositor começou no final da década de 40 quando, em 1949, compôs sua primeira música, intitulada “Eu Espero Você”. Em 1952 mudou-se para São Paulo, indo trabalhar na Rádio Tupi, onde viu lançados seus primeiros compactos como cantor e compositor, alcançando relativo sucesso com o samba “Não Diga Não”, pela Continental. Em 1954, mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na TV Tupi, mas continuou compondo e cantando em boates e rádios. Em 1957 lançou seu trabalho mais conhecido, a valsa “Chove lá Fora”. O sucesso do compacto abriu caminho para o lançamento do seu primeiro álbum, intitulado com o nome daquela canção e no qual é acompanhado pelo pianista Ribamar e o seu conjunto. A música teve, ainda, uma versão em inglês, com o nome “It’s Raining Outside”, gravada por Della Reese e The Platters, além de vir a ser regravada pelos mais diversos artistas da época e posteriores.5 Em 1959, muda para a gravadora Columbia Records e passa a trabalhar com o maestro Radamés Gnattali. Em 1961, troca novamente de gravadora, indo para a CBS onde passa a trabalhar com o maestro Lyrio Panicali. Em 1963, Wilson Simonal gravou várias músicas suas nos seus primeiros compactos, culminando com a gravação de Balanço Zona Sul no seu álbum de estréia, Tem “Algo Mais”, obtendo êxito radiofônico e tornando-se o primeiro sucesso do cantor carioca. A proximidade com a gravadora de Simonal faz com que Tito mude-se para a EMI-Odeon, continuando a trabalhar com Lyrio Panicalli, mas também com o jovem Eumir Deodato. Ficaria na Odeon até 1976 (com breve passagem na RCA Victor, em 1968), sempre com lançamentos com boas vendagens e compondo novas músicas. A partir desta data, seus discos e músicas inéditas começam a rarear, mas continua fazendo shows pelo país. Seu último álbum lançado é de 2001, Ilhas Cristais. Tito Madi nasceu em Pirajuí/SP, em 12 de julho de 1929.
ALMIR GUINETO-Almir de Souza Serra, mais conhecido como Almir Guineto, sambista e compositor. Fundador do Fundo de Quintal, Guineto é um dos maiores representantes do samba de raiz. Entre seus principais sucessos, destacam-se “Caxambu”, “Conselho”, “Jibóia”, “Lama nas Ruas” e “Mel na Boca”.Na década de 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que freqüentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba. Em 1979, Almir mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez “Bebedeira do Zé”, sua primeira composição gravada pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso “Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver” e a sambista Beth Carvalho gravou algumas composições de Guineto, como “Coisinha do Pai”, “Pedi ao Céu” e “Tem Nada Não”. No início dos anos oitenta, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de “Samba é no Fundo de Quintal” – primeiro LP do conjunto – e seguiu para carreira solo. Almir conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, em que interpretou o samba-partido “Mordomia” (de Ari do Cavaco e Gracinha). Sua notoriedade como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década. Beth Carvalho gravou “É, Pois, É” (parceria com Luverci Ernesto e Luís Carlos) em 1981, “À Luta, Vai-Vai!” (com Luverci Ernesto) e “Não Quero Saber Mais Dela” (com Sombrinha) em 1984, “Da Melhor Qualidade” (com Arlindo Cruz), “Pedi ao Céu” (com Luverci Ernesto) e “Corda no Pescoço” (com Adalto Magalha) em 1987. Alcione gravou “Ave Coração” (parceria com Luverci Ernesto) em 1981 e “Almas & Corações” (com Luverci Ernesto) em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou “Trama” (parceria com Adalto Magalha) em 1987. Em 1986, a gravadora RGE lançou o LP “Almir Guineto”, que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão “Caxambu”, “Mel na Boca”, “Lama nas Ruas” e “Conselho”. Ainda naquela década, a RGE lançou os LPs “Perfume de Champanhe” (1987) – que teve repercussão com “Batendo na Palma da Mão” (parceria com Guará da Empresa) – e “Jeito de Amar” (1989). Em 1991, a gravadora lançou o disco “De Bem Com a Vida”. Em 1997, “Coisinha do Pai” foi programada pela engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. No ano seguinte, compôs com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife “Samba de Marte” – que relata a história da chegada de “Coisinha do Pai” em solo marciano. Em 2002, a gravadora Paradoxx lançou o CD “Todos os Pagodes”. Naquele mesmo ano, Almir Guineto participou de “Bum-bum-baticum-Beto” e “Tributo a Beto Sem Braço”, dois shows em homenagem a este sambista carioca, que ocorreram respectivamente no Bar Supimpa e Teatro João Caetano, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Em julho de 2007, Almir Guineto comemorou seu aniversário em um show, com diversos convidados, no Espaço Santa Clara, na cidade de São Paulo. Atualmente, o sambista retornou a sua terra natal na cidade do Rio de Janeiro. Em 2009, fez parceria com o rapper Mano Brown, dos Racionais MC’s, na música Mãos. Almir Guineto nasceu no Rio de Janeiro em 12 de julho de 1946, morreu no dia 5 de maio de 2017.
PAULO MOURA– Paulo Moura , compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz. Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil. Paulo Moura fez muitas
parcerias com a cantora Maysa de 1969 a 1975. Em shows na Boate Igrejinha, e no Especial da Tv Cultura “Maysa Estudos”. Em 1982, compôs a trilha sonora do filme O Bom Burguês, dirigido por Oswaldo Caldeira. Em 2005 fez turnê nacional e internacional do espetáculo Homenagem a Tom Jobim, ao lado de Armandinho, Yamandú Costa e Marcos Suzano. Participou do documentário Brasileirinho, do finlandês Mika Kaurismaki, que em 2005 foi uma das atrações da mostra Fórum do Festival de Berlim. Sua última apresentação foi no Copacabana Palace em um evento da Sachal Records. O músico estava internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, desde o dia 4 de julho com um linfoma (câncer do sistema linfático), e faleceu 8 dias depois. Em 2011, um ano após sua morte, foi lançada a biografia “Paulo Moura – Um Solo Brasileiro” de Halina Grynberg, sua esposa por 26 anos, que escreveu o livro baseado em entrevistas que ela fez com Paulo Moura. Em 2012 foi lançado o CD Paulo Moura & André Sachs “Fruto Maduro” pela gravadora Biscoito Fino , com dez musicas inéditas, um de seus ultimos trabalhos autorais. resultado de uma parceria entre os dois músicos que começou em 2004 e duraria até os momentos finais do maestro. A ultima gravação registrada no disco foi feita em 25 de marco de 2010, alguns meses antes do falecimento de Paulo. No dia 21 de Junho de 2012, foi inaugurado o Teatro Paulo Moura, um dos maiores e mais bem equipados teatros do interior de São Paulo em São José do Rio Preto, terra natal do músico. Em 2013 o CD Paulo Moura e André Sachs “Fruto Maduro” recebeu, duas indicações para o Prêmio da Música Brasileira (Melhor Album Instrumental – André Sachs (produtor) e Melhor Solista – Paulo Moura ). Nasceu em São José do Rio Preto/SP, a 17 de fevereiro de 1932 1 morreu no Rio de Janeiro em 12 de julho de 2010.
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