dez 14, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
PAUL BUTTERFIELD- Paul Butterfield, músico de blues norte-americano e um dos mais inovadores gaitistas de Chicago, além de grande inspiração para o surgimento do estilo “electric blues”. Nascido em Chicago, Butterfild começou a tocar ainda adolescente, logo formando uma banda com Jerome Arnold e Sam Lay. A The Paul Butterfield Blues Band assinou contrato com a Elektra Records depois de adicionar o guitarrista Michael Bloomfield. Seu álbum homônimo foi lançado em 1965. Depois de várias mudanças na formação e no estilo musical da banda, Paul iniciou uma carreira solo nos anos 70. Morreu em decorrência do vício de álcool. Nasceu em Chicago em 17 de dezembro de 1942, morreu em 4 de maio de 1987.
DOMENICO CIMAROSA– Domenico Cimarosa, compositor italiano. Filho de família humilde, ficou órfão aos sete anos de idade. Foi educado numa escola para pobres mantida pelos frades franciscanos de Nápoles, onde um frade deu-lhe as primeira lições de música e, em 1761, matriculou-o no conservatório de Santa Maria de Loreto, onde Cimarosa adquiriu sólidos conhecimentos de canto, violino e composição. Um de seus professores no conservatório foi Nicola Piccini, um compositor famoso na época. Em 1772 estréia com sucesso sua primeira ópera. Embora tenha composto 65 óperas ao todo, que fizeram tremendo sucesso no seu tempo, tornando-o um compositor aclamado por toda a Europa, a única que a posteridade consagrou é Il Matrimonio Segreto. A respeito desta ópera, Verdi dizia: Quella è la vera commedia musicale, e lì è tutto quello che un’opera buffa deve avere (Esta é a verdadeira comédia musical, ela tem tudo aquilo que uma ópera cômica deve ter). Em 1787, Cimarosa foi convidado pela imperatriz da Rússia Catarina II para ser compositor da corte em São Petersburgo. Permaneceu a serviço da czarina até 1791, quando voltou a Nápoles e participou de uma revolução contra os Bourbons que governavam a cidade. Preso e condenado à morte, obteve o perdão do rei Fernando IV, segundo alguns por pressão diplomática do embaixador da Rússia. Pouco após ser libertado, foi para Veneza, onde morreu pouco após completar 51 anos de idade. Além de ópera, Cimarosa escreveu música de câmara, peças para piano, e música sacra, inclusive um Requiem. Nasceu em Aversa a 17 de dezembro de 1749, morreu em Veneza em 11 de janeiro de 1801.
FERNANDO LOPES-GRAÇA- Fernando Lopes-Graça, considerado um dos maiores maestros e compositores portugueses do século XX. Nasceu em Tomar, Cidade sobre a qual escreveria que é onde “o monumento completa a paisagem; a paisagem é o quadro digno do monumento; e a luz é o elemento transfigurador e glorificador da união quase consubstancial da Natureza com a Arte”. Apenas com 14 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine-Teatro de Tomar, procedendo ele próprio aos “arranjos” dos trechos que interpretava, tocando peças de Debussy e de compositores russos contemporâneos. Na época, competiam em Tomar as duas bandas rivais: Gualdim Pais e a Nabantina. Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa, tendo como professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais); em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor : Mestre Vianna da Motta (antigo aluno de Liszt), considerado o maior pianista português de todos os tempos. Em 1928, frequentaria também o curso de Ciências Históricas e Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa, que viria a abandonar em 1931, em protesto contra a repressão a uma greve académica. Entretanto, funda em Tomar o semanário republicano “A Acção”. Em 1931, no dia em que conclui, com a mais alta classificação, as provas de concurso para Professor de Solfejo e Piano do Conservatório Nacional, é preso pela polícia política, encerrado no Aljube e, a seguir, desterrado para Alpiarça. Em 1934 concorre a uma bolsa de estudo, na área da música, para Paris. Ganha o concurso mas a decisão do Júri é anulada por ordem da polícia política. Em Setembro de 1935 é de novo preso e enviado para o Forte de Caxias. Em 1937 é libertado e parte para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin. Em 1939 recusa a nacionalidade francesa, sendo forçado a regressar a Portugal. Em 1940 é-lhe proposto dirigir os Serviços de Música da Emissora Nacional. Não chega a tomar posse do cargo porque recusa assinar a declaração de “repúdio activo do comunismo e de todas as ideias subversivas” que, então, era exigida a todos os funcionários públicos. Em 1945 integra o Movimento de Unidade Democrática (MUD], do qual virá a ser dirigente. No âmbito das actividades do MUD, Fernando Lopes-Graça cria o Coro do Grupo Dramático Lisbonense, mais tarde Coro da Academia dos Amadores de Música, após a sua morte o coro foi renomeado Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música como forma de homenagem.1 As Canções Regionais Portuguesas e as Canções Heróicas são cantadas pelo Coro por todo o país. Por essa altura adere ao Partido Comunista Português. A repressão por parte do regime fascista cresce e acentua-se: na década de cinquenta as orquestras nacionais são proibidas de interpretar obras de Fernando Lopes-Graça; os direitos de autor são-lhe roubados; é-lhe anulado o diploma de professor do ensino particular; é obrigado a abandonar a Academia dos Amadores de Música, à qual só regressa em 1972. É autor de uma vasta obra literária incidente em reflexões sobre a música portuguesa e a música do seu tempo, mas maior ainda é a sua obra musical, da qual são assinaláveis os concertos para piano e orquestra, as inúmeras obras corais de inspiração folclórica nacional, o Requiem pelas Vítimas do Fascismo (1979), o concerto para violoncelo encomendado e estreado por Rostropovich, e a vastíssima obra para piano, nomeadamente as seis sonatas que constituem um marco na história da música pianística portuguesa do século XX, etC. A 9 de Abril de 1981 é feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e a 2 de Fevereiro de 1987 é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 1988 recebeu um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro. Nasceu em Tomar em 17 de dezembro de 1906, morreu em Parede, Cascais em 27 de novembro de 1994.
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