jun 18, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
CHICO BUARQUE– Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, cantor, compositor, dramaturgo e escritor. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB). Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros músicos e compactos. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, escreveu seu primeiro conto aos 18 anos,ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música “A Banda”. Socialista declarado autoexilou-se na Itália em 1969, devido à crescente repressão do regime militar do Brasil nos chamados “anos de chumbo”, tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010. Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa. Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário da crença popular, Aurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico. Em 2 de dezembro de 2012, foi confirmado por Miguel Faria, um documentário, do qual apresentará um show de Chico, organizado para a produção, mesclado com depoimentos dele e de outros nomes da música nacional, além de encenações com personagens das canções mais famosas do artista. Em 1946, mudou-se para a capital São Paulo, onde o pai assumiu a direção do Museu do Ipiranga. Chico sempre revelou interesses pela música, tal interesse foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini. Em 1953, Sérgio Buarque de Hollanda, pai do cantor, foi convidado para lecionar na Universidade de Roma. A família Buarque de Hollanda, então, mudou-se para a Itália. Chico aprendeu dois idiomas estrangeiros, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, compôs as suas primeiras marchinhas de carnaval. Chico regressou ao Brasil em 1960. No ano seguinte, produziu suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado por ele.Sua primeira aparição na imprensa, porém, não foi em relação ao seu trabalho, mas sim policial. Publicada, no jornal Última Hora, de São Paulo, a notícia de que Chico e um amigo furtaram um carro nas proximidades do estádio do Pacaembu para passear pela madrugada paulista foi anunciada com a manchete “Pivetes furtaram um carro: presos”.Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou “Sonho de Carnaval”, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década de 1970.1 A primeira composição do Chico foi aos 15 anos de idade, “Canção dos Olhos” (1959). A primeira gravação foi também uma marchinha, “Marcha para um dia de sol”, gravada por Maricene Costa, em 1964. Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção “Arrastão”, mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque revelou-se ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com “A Banda”, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com “Disparada”, de Geraldo Vandré, interpretada por Jair Rodrigues). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais: Uma Parábola, revelou que “A Banda” venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, consta que a música “A Banda” ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de “Disparada”. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente. No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes. Canções como “Ela e sua Janela”, de 1966, começaram a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: “Juca”, “Januária”, “Carolina”, “A Banda” e “Madalena foi pro Mar”. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em “A Rita”, 1965, citado na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos. No festival de 1967 faria sucesso também com “Roda Viva”, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 — amigos e intérpretes de muitas de suas canções. Em 1968, voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção “Sabiá”. Mas desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: “Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré”. A participação no Festival, com “A Banda”, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB seriam estilos amplamente explorados. Chico Buarque nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944;
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