maio 26, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
AL JOLSON– Al Jolson, nome artístico de Asa Yoelson, cantor e ator que se consagrou nos Estados Unidos, tanto no cinema como na música. Nascido na Lituânia, tornou-se um dos grandes ícones da cultura popular dos Estados Unidos durante a primeira metade do século 20. A data de seu nascimento é até os dias de hoje tema de muitas discussões, no caso, se não sabendo ao certo o ano de seu nascimento – 1885 ou 1886 – embora, a segunda opção seja a mais aceita nos dias atuais. Também se notabilizou por suas performances em que aparecia pintado com a cor preta. Nascido numa família judaica, emigrou para os Estados Unidos em 1893, mais precisamente para a capital Washington. Sua carreira teve início no ano de 1909 como ator, principalmente em comédias, e cantor; porém, seu primeiro destaque na carreira ocorreu em 1911 na Broadway, quando conseguiu um papel no espetáculo “La Belle Paree”. No cinema, sua primeira aparição se deu em 1923; no entanto, sua carreira cinematográfica será sempre lembrada por sua participação no primeiro filme falado da história – “O Cantor de Jazz” – de 1927. Al Jolson foi o ator principal do filme O Cantor de Jazz (The Jazz Singer) considerado como o primeiro filme de grande duração com falas e canto sincronizado na película. É um filme musical norte-americano estreado em 6 de outubro de 1927. A partir daí os filmes mudos serão totalmente substituídos pelos filmes falados ou talkies, que passarão a ser a grande novidade. Na verdade sempre existiu a fala e o canto no cinema, pois em muitas das primeiras projeções os atores e atrizes cantavam escondidos atrás da tela, como uma dublagem, assim como muitos pianistas ficavam a frente da tela, improvisando, enquanto a projeção dos primeiros curtas seguia. Por isto O Cantor de Jazz é considerado o primeiro filme onde o som estava gravado ou registrado na película. The Jazz Singer foi produzido pela Warner Bros. com o sistema sonoro Vitaphone. Foi um dos primeiros filmes a ganhar o Oscar, dividindo a premiação especial com O Circo de Charlie Chaplin. Nasceu em Seredžius, Lituânia em 26 de maio de 1886 e morreu em San Francisco em 23 de tubro de 1950.
MAMIE SMITH- Mamie Smith, norte-americana cantora de vaudeville, dançarina, pianista e atriz, figurando em vários filmes numa fase mais avançada da sua carreira. Como cantora de vaudeville executou vários estilos, incluindo jazz e blues. Entrou para a história dos blues ao ser a primeira afro-americana a gravar blues vocais em 1920. A 10 de Agosto de 1920 Mamie Smith gravou em Nova Iorque um conjunto de canções, todas escritas pelo experiente compositor afro-americano Perry Bradford, incluindo “Crazy Blues” e “It’s Right Here For You (If You Don’t Get It, ‘Tain’t No Fault of Mine)”. Estas foram as primeiras gravações de blues vocais por uma cantora afro-americana, tendo o disco se tornado um best-seller explosivo, vendendo um milhão de cópias num ano. Para surpresa das gravadoras, grande número de discos foi comprado por afro-americanos, um mercado até aí negligenciado pela indústria de gravação. “Crazy Blues” em particular foi realçado como um número distintamente “de cor” executado por uma cantora também “de cor”. Devido à importância histórica de “Crazy Blues”, foi indicado para o Grammy Hall of Fame em 19943 e em 2005 foi seleccionada para conservação permanente no National Recording Registry da Biblioteca do Congresso. Embora outros afro-americanos tenham gravado antes dela, tais como George W. Johnson na década de 1890, todos eram artistas negros, que tinham um substancial número de seguidores entre as audiências euro-americanas. O sucesso das gravações de Smith fez com que as gravadoras procurassem outras cantoras de blues, dando início à chamada era do blues clássico feminino. Também abriu a indústria de gravação a gravações por e para afro-americanos noutros gêneros. Mamie Smith continuou a fazer uma série de gravações populares para a Okeh ao longo da década de 1920. Fez também algumas gravações para a Victor. Fez tournées pelos Estados Unidos e Europa com a sua banda “Mamie Smith & Her Jazz Hounds” como parte do “Mamie Smith’s Struttin’ Along Review”. Foi promovida como “A Rainha dos Blues”. Esta promoção de Mamie Smith depressa foi superada por Bessie Smith, que se designava a si própria como “A Imperatriz dos Blues”. Nasceu em em Cincinnati a 26 de maio de 1883, morreu em Nova Iorque em 16 de setembro de 1946.
MOONDOG- Moondog é o pseudônimo de Louis Thomas Hardin, compositor, músico, cosmologista, poeta e inventor de alguns instrumentos musicais. Moondog era deficiente visual. Embora suas realizações teriam sido consideradas extraordinárias para qualquer pessoa desprovida de visão, Moondog, além disso, se retirou da sociedade por opção própria para fazer das ruas de Nova Iorque a sua casa por aproximadamente vinte anos, dos trinta passados na cidade. Somente nas últimas décadas de sua vida, foi que o público começou a apreciar as extensões dos talentos desse homem, antes de mais nada, pela sua teimosa recusa de vestir nada mais além das roupas artesanalmente feitas por ele mesmo, todas baseadas na sua própria interpretação do deus nórdico Odin. De fato, ele era conhecido por muito tempo da sua vida como “O Viking da 6ª Avenida”. Nascido em Marysville, Kansas, mudou-se logo cedo com sua família para Wyoming, um estado caipira no oeste dos Estados Unidos dominado por montanhas distintas e famoso por ter a menor população de todos os estados do país, na sua maioria formada de tribos nativas. Lá, ele morava em uma cabana de madeira, ia para escola de cavalo e se sustentava com caça e pesca próprias. Um episódio que Moondog sempre fez questão de recordar foi quando o chefe de uma das tribos, Yellow Calf, o deixou tocar taumtaum, um instrumento feito com pele de búfalo. Aos 16 anos, um acidente com uma dinamite o deixou cego, fato que contribuiu, ou não, para seu desenvolvimento perceptivo e auditivo. Aprendeu os princípios da música em algumas escolas para cegos, em St. Louis, mas a maior parte de sua formação teórica foi autodidata, lendo livros em Braille sobre história da música e teoria musical. Nessa época, começou a escrever suas próprias peças em Braille. Em 1943, mudou para Nova Iorque, onde conheceu nomes como Bernstein, Toscanini, Charlie Parker e Benny Goodman. Tendo suas raízes e uma vivência invulgar, e sendo exposto a novos horizontes, Moondog passou a projetar sua música em um sentido visionário, expandindo a essência de suas fontes regionais com as técnicas sofisticadas de contraponto e as novas estruturas que estavam sendo exploradas nos temas modais. Mais tarde, Philip Glass e Steve Reich o apontaram como a gênese do minimalismo, ao que o humilde e espirituoso Moondog respondeu: “Bach já fazia minimalismo nas suas fugas. Então, o que há de novo?” A partir do disco “Moondog” de 1956, o primeiro gravado pela Prestige, uma gravadora de jazz, sua obra começou a crescer de uma maneira versátil e plena de um sentido transversal às diversas visões e sensibilidades da América, caminhando em uma intersecção entre as expressões eruditas e o jazz improvisacional, e entre a exploração destas canções modernas e de suas raízes na música nativa. Suas atividades editoriais e de palco só ficaram mais intensas e respeitadas entre os anos 70 e 90, apesar de bem antes já ter sido reconhecido nos meios musicais. Nasceu em 26 de maio em Marysville, em 26 de maio de 1916, morreu em Munster, Alemanha, em 8 de setembro de 1999.
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