ago 29, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
CHARLIE PARKER-Charles Parker, Jr. , saxofonista norte-americano de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; esse apelido mais tarde foi encurtado para Bird e permaneceu como o apelido de Parker para o resto da sua vida. Parker é comumente considerado um dos melhores músicos de jazz. Em termos de influência e impacto, sua contribuição foi tão significativa que Charles Mingus comentou que se Bird fosse vivo hoje, ele poderia pensar que estava vivendo em uma parede de espelhos. O talento de Bird é comparado, quase sem argumentos, com músicos lendários tais como Louis Armstrong e Duke Ellington. Sua reputação como um dos melhores saxofonistas é tal que alguns críticos dizem que ele é insuperável; o crítico de jazz Scott Yanow fala por muitos fãs do jazz e músicos, quando sugere que “Parker foi indubitavelmente o melhor saxofonista de todos os tempos.” Figura fundadora do bebop, a forma inovadora de Parker para melodia, ritmo e harmonia tem exercido uma incalculável influência no jazz. Varias canções de Parker tornaram-se standards do repertório do jazz, e inúmeros músicos têm estudado a música de Parker e absorvido elementos do seu estilo.Parker tornou-se um ícone para a geração do Beat, e foi uma figura-chave no desenvolvimento conceptivo do jazz como um artista descompromissado e intelectual, ao invés de apenas um entretenedor popular. Por várias vezes, Parker fundiu o jazz com outros estilos musicais, do clássico (buscando estudar com Edgard Varese e Stefan Wolpe) à música latina (gravando com Machito), abrindo um caminho seguido mais tarde por outros. Consumido pelo álcool e pelas drogas, Parker teve uma existência breve e trágica, que inspirou criadores como o escritor argentino Julio Cortázar (que se inspirou nele para delinear o personagem central do conto “O Perseguidor”) e o cineasta Clint Eastwood (que recebeu seu primeiro Globo de Ouro com o filme “Bird”, de 1988, estrelado por Forest Whitaker, o qual, por sua vez, levou o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes graças a este trabalho). A biografia de Parker contabilizou duas tentativas de suicídio e uma longa internação em um sanatório, antes de chegar ao fim, aos 34 anos -o estrago causado em seu corpo pela vida desregrada era tão grande que o legista atribuiu ao morto a idade de 65 anos. Nasceu em 29 de agosto de 1920, morreu em 12 de março de 1955.
OSWALDO SANTIAGO– Oswaldo Néri Santiago, compositor e poeta pernambucano. Estreou como poeta com o livro No reino azul das estrelas, e escreveu sua primeira letra de música para Nelson Ferreira, interpretada por Laís Areda na revista Mademoiselle Cinema, da Companhia Vicente Celestino, em 1923. No ano seguinte, fundou a revista Rua nova, editada até 1929. Lançou seu segundo livro de poesias, “Gritos do meu silêncio”, em 1926. O êxito da publicação o estimulou a se mudar para o Rio de Janeiro, o que fez dois anos depois. Em 1929, teve sua primeira composição gravada: “Melodia de amor” (música de Nelson Ferreira), lançada em disco Columbia por Alda Verona no que seria também o primeiro disco da cantora. A canção foi feita para o filme homônimo de Lupe Velez. Um ano depois, o seu Hino a João Pessoa (com Eduardo Souto), em homenagem ao líder político recém-assassinado, alcançou grande sucesso na voz de Francisco Alves. Isto aconteceu devido à “Revolução” de 1930, que levou ao poder partidários de João Pessoa, o qual fora elevado à condição de mártir do movimento. Também em 1930, escreveu melodia para um letrista que pretendia se iniciar no meio fonográfico: Orestes Barbosa. Bangalô, o título da dita cançoneta, foi gravada por Alvinho na Victor. Começou a colaborar com a imprensa carioca na mesma época, tendo uma seção, intitulada Broadcasting, na revista O Malho. Em meados dos anos 30, iniciou uma parceria com Paulo Barbosa em composições que projetaram o então iniciante Carlos Galhardo: “Cortina de veludo”, “Italiana” (com José Maria de Abreu), “Madame Pompadour”, “Lenda árabe”, “Salambô”, “Tapete persa” e outras, todas com temas misteriosos e exóticos. Seu último grande sucesso foi o samba “Eu não posso ver mulher” (com Roberto Roberti), lançada em disco Columbia por Francisco Alves para o Carnaval, em 1941. No ano seguinte, foi um dos fundadores da União Brasileira dos Compositores (UBC), passando a se dedicar às questões referentes ao direito autoral, escrevendo três livros sobre este assunto: Aquarela do direito autoral (1946), elogiado por profissionais do assunto; Três acórdãos do supremo (1950), que reunia jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o direito autoral; e Proteção ao direito do autor no Brasil (1956). Também representou a UBC em outros países. Fez muitas versões e, por vezes, usou o pseudônimo de Aldo Néri. Nasceu em Recife a 26 de maio de 1902, morreu no Rio de Janeiro a 29 de agosto de 1976.
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