jul 09, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
MERCEDES SOSA– Mercedes Sosa, cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música, com raízes na música folclórica argentina, ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva canción. Apelidada de La Negra pelos fãs devido à ascendência ameríndia (no exterior acreditava-se erroneamente que era devido a seus longos cabelos negros), ficou conhecida como a voz dos “sem voz”. Mercedes Sosa nasceu em San Miguel de Tucumán, na província de Tucumán, no noroeste da Argentina, cidade onde foi assinada a declaração de Independência da Argentina em 9 de julho de 1816, na casa de propriedade de Francisca Bazán de Laguna, que foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1941. Nascida no dia da Declaração da Independência, e na mesma cidade onde foi assinada, Mercedes sempre foi patriota. Afirmou inúmeras vezes que “pátria só temos uma”. Foi também uma árdua defensora do Pan-americanismo e da integração dos povos da América Latina. Criada durante o governo de Juan Domingo Perón e sofrendo – como quase todos da sua geração – uma influência muito grande de Eva Perón, Sosa cresceu embalada pela ideologia peronista. Devemos nos lembrar que o peronismo era então difundido nas escolas e nos meios de comunicação, como a imprensa, o cinema e o rádio. Sua ascendência era mestiça (mistura de europeus com ameríndios): francesa e dos indígenas do grupo diaguita. Sua carreira se iniciou em 1950, aos quinze anos de idade, quando Sosa venceu uma competição de canto organizada por uma emissora de rádio de sua cidade natal e ganhou um contrato para cantar por dois meses. Em 1961 grava seu primeiro álbum, intitulado La voz de la zafra 1 (publicado em 1962). Em seguida, uma performance no Festival Folclórico Nacional faz com que se torne conhecida entre os povos indígenas de seu país. Sosa e seu primeiro marido, Manuel Óscar Matus, com quem teve um filho, são peças chave no movimento musical da década de 1960 conhecido como nueva canción. Em 1965 lançou o aclamado Canciones con fundamiento, uma compilação de músicas folclóricas da Argentina. Em 1967 faz uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa e obtém êxito internacional. Em 1970 grava Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas com o compositor Ariel Ramirez e o letrista Felix Luna. Em 1971 grava um tributo à cantora e compositora chilena Violeta Parra, ajudando a popularizar a canção “Gracias a la vida”. Mais tarde grava um álbum em homenagem a Atahualpa Yupanqui. Nos anos seguintes, Sosa interpreta um vasto repertório de estilos latino-americanos, gravando tanto com artistas argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, quanto com internacionais como Chico Buarque,Raimundo Fagner, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gal Costa, Sting, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Nana Mouskouri, Joan Baez, Silvio Rodríguez e Pablo Milanés. Mais recentemente, grava com a colombiana Shakira, cantora latino-americana de maior sucesso no exterior. Após a ascensão da junta militar do general Jorge Videla, que depôs a presidente Isabelita Perón em 1976, a atmosfera na Argentina tornou-se cada vez mais opressiva. Sosa, que era uma conhecida ativista do peronismo de esquerda, foi revistada e presa no palco durante um concerto em La Plata em 1979, assim como seu público. Banida em seu próprio país, ela se refugiou em Paris e depois em Madri. Seu segundo marido morreu um pouco antes do exílio, em 1978. Sosa retornou à Argentina em 1982, vários meses antes do colapso do regime ditatorial como resultado da fracassada guerra das Malvinas, e deu uma série de shows no Teatro Colón em Buenos Aires, onde convidou muitos colegas jovens para dividir o palco com ela. Um álbum duplo com as gravações dessas performances logo se tornou um sucesso de vendas. Nos anos seguintes, Sosa continuou a fazer turnês pela Argentina e pelo exterior, cantando em lugares como o Lincoln Center, o Carnegie Hall e o Teatro Mogador. O repertório de Sosa continuou a ampliar, tendo gravado um dueto com a sambista Beth Carvalho, intitulado “So le pido a Dios”, cada uma cantando em seu idioma. Em 1981 gravou o sucesso “Años” com o cantor cearense Fagner. Seu último álbum, Cantora, traz duetos com artistas que são referência na música latino-americana.Sosa era Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a América Latina e o Caribe. Em 2000, ela ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música folclórica por Misa Criolla, feito que repetiria em 2003 com Acústico e em 2006 com Corazón Libre. Sua interpretação de “Balderrama”, de Horacio Guarany, fez parte da trilha-sonora do filme de 2008 Che, sobre o lendário guerrilheiro argentino Che Guevara. Seu último álbum, Cantora, encontra-se indicado a três prêmios Grammy Latino. O obituário de Sosa no jornal londrino The Daily Telegraph afirmou que ela foi “uma intérprete incomparável de obras de seu compatriota, o argentino Atahualpa Yupanqui, e da chilena Violeta Parra”. Helen Poopper da agência Reuters anunciou sua morte dizendo que ela “lutou contra os ditadores da América do Sul com sua voz e se tornou uma gigante da música latino-americana contemporânea”. Nasceu em San Miguel de Tucumán em 9 de julho de 1935, morreu em Buenos Aires em 4 de outubro de 2009
OTTORINO RESPIGHI- Ottorino Respighi, compositor musicólogo, pianista, violista e violinista italiano. É muito conhecido pela autoria da Trilogia Romana e pelas três suites de Árias e Danças Antigas. Teve uma formação musical internacional. Filho de um professor de piano de Bolonha, estudou violino e viola com Federico Sarti no Liceo Musicale de Bolonha e composição com Giuseppe Martucci. Foi aluno de Nikolai Rimsky-Korsakov em São Petersburgo (1900) e de Max Bruch em Berlim, em 1902. Em 1913 tornou-se professor na Academia de Santa Cecília, em Roma, vindo depois a ser seu diretor (1923-1926). Casa com uma antiga aluna, Elsa Olivieri-Sangiacomo, em 1919. Manteve difíceis relações com Benito Mussolini e o seu partido fascista. Musicalmente, tentou reprimir os excessos do verismo triunfalista e tentou reatar as tradições italianas, como por exemplo os antigos modos do cantochão, enquanto criava um estilo que misturava impressionismo, neoclassicismo e pós-romantismo em composições com sentido de luxúria e sensualidade, com sons exóticos e ricos. Além de estudioso da música italiana, em particular dos séculos 16 a 18I, Respighi foi autor de nove óperas, de três bailados, de um Concerto Gregoriano para violino, de um Concerto mixolídio para piano (1925), várias peças para música de câmara e muitas melodias, mas as suas obras mais conhecidas são os poemas sinfónicos As Fontes de Roma (1916) e Os Pinheiros de Roma (1923), popularizados por Arturo Toscanini. Estas duas peças, em conjunto com Festas Romanas (1928) formam a Trilogia Romana. Nasceu em Bolonha a 9 de julho de 1879 , morreu em Roma a 18 de abril de 1936.
BON SCOTT– Ronald Belford Scott , mais conhecido pelo nome artístico de Bon Scott, foi um cantor escocês. Ele ficou mundialmente conhecido por ser vocalista e compositor da banda de rock australiana AC/DC de 1974 a 1980 . Em 2006, a revista Hit Parader colocou Scott como o 5º melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos. Iniciou sua carreira com a banda The Spektors, logo depois formando The Valentines, onde conhecera seu amigo Vince Lovergrove, que trabalharia em seu próximo projeto o Fraternity; logo após a separação do grupo, integrou o AC/DC onde lançou sete discos, vindo a falecer logo após o lançamento do último álbum com Bon nos vocais Highway to Hell, que os alçou à fama mundial. Depois da sua morte foi substituído por Brian Johnson. Antes de substituir Dave Evans nos vocais, era motorista de vans. Nasceu em Kirriemuir a 9 de julho de 1946, morreu em Londres em 19 de fevereiro de 1980.
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