jun 09, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
COLE PORTER- Cole Albert Porter, músico e compositor norte-americano. Seu trabalho inclui as comédias musicais Kiss Me, Kate (1948 – baseada na peça de Shakespeare The Taming of the Shrew), Fifty Million Frenchmen e Anything Goes, bem como as músicas “Night and Day”, “I Get a Kick Out of You” e “I’ve Got You Under My Skin”. Ele é notório pelas letras sofisticadas (às vezes vulgares), ritmos inteligentes e formas complexas. Ele é um dos maiores contribuidores do Great American Songbook.Porter nasceu em Peru, Indiana, de família abastada. Seu avô materno, James Omar “J.O.” Cole, era especulador de carvão e madeira e dominava a família da filha. A mãe de Cole iniciou-o no estudo musical desde tenra idade; ele aprendeu violino aos seis anos, piano aos oito e escreveu sua primeira opereta (com o auxílio da mãe) aos 10. Ela não só reconheceu como incentivou os talentos do filho e chegou a alterar sua data de nascimento de 1891 para 1893 para fazê-lo parecer mais precoce. O avô de Porter, J.O. Cole, queria que o garoto se tornasse advogado e, pensando nessa carreira, enviou-o para a Academia de Worcester em 1905 e depois para a Universidade de Yale em 1909. Nesse período, Porter compôs uma série de canções estudantis, incluindo as do time de futebol americano “Bulldog Bulldog” e “Bingo Eli Yale”, tocadas em Yale ainda hoje. Cole Porter compôs cerca de 300 músicas enquanto estudava em Yale. Porter passou um ano na Faculdade de Direito de Harvard em 1913 (onde foi colega de quarto de Dean Acheson), e então transferiu-se para a Faculdade de Artes e Ciência. Em 1915, sua primeira canção para a Broadway, “Esmeralda”, apareceu na revista “Hands Up”. O rápido sucesso foi seguido imediatamente por um fracasso; sua primeira produção para a Broadway, em 1916, “See America First” (libreto de Lawrason Riggs), ficou apenas duas semanas em cartaz. As produções seguintes também fracassaram. Essa sucessão de insucessos fez com que Porter se auto-exilasse em Paris, vendendo músicas e sendo sustentado, em parte por seu avô, em parte por sua mãe.Porter reintroduziu-se na Broadway com o musical “Paris” (1928), onde apareceu um dos seus grandes sucessos, “Let’s Do It (Let’s Fall in Love)”. O próximo show, “Fifty Million Frenchmen” (1929), incluía vários números populares, dos quais faziam parte “You Do Something to Me” e “You’ve Got That Thing”. Finalizando a década, estreou em 30 de dezembro de 1929 “Wake Up and Dream”, com uma partitura que incluía a música “What Is This Thing Called Love?” Os anos 1930 começaram com a revista “The New Yorkers” (1930), incluindo a canção “Love For Sale”. A letra desta música foi considerada forte demais para as rádios, mas tornou-se um padrão posteriormente. A seguir, veio o último show teatral de Fred Astaire, “Gay Divorce” (1932). Nele apareceu aquele que talvez seja o maior sucesso de Cole Porter, “Night and Day”. Em 1934, Porter escreveu aquele que, para muitos, é seu melhor trabalho no período, “Anything Goes” (1934). Suas canções incluíam “I Get a Kick out of You”, “All Through the Night”, “You’re the Top”, “Blow, Gabriel, Blow” e a canção-título. Durante anos, os críticos compararam muitos de seus shows – desfavoravelmente – a este. “Anything Goes” marcou também a estreia da cantora Ethel Merman em shows de Porter, tendo atuado em cinco de seus musicais. “Jubilee” (1935), escrita com Moss Hart durante um cruzeiro pelo mundo, não foi um grande sucesso, mas lançou duas músicas que hoje fazem parte do cancioneiro americano — “Begin the Beguine” e “Just One of Those Things”. “Red Hot And Blue” (1936), estrelado por Merman, Jimmy Durante e Bob Hope, introduziu “It’s De-Lovely”, “Down in the Depths (on the Ninetieth Floor)”, e “Ridin’ High”. Porter também escreveu para Hollywood, incluindo a partitura para “Born To Dance” (1936), lançando “Easy to Love” e “I’ve Got You Under My Skin” e “Rosalie” (1937), lançando “In the Still of the Night”. Além disso, compôs a música de cowboy “Don’t Fence Me In”, para um filme de 1930 nunca produzido, que só obteve sucesso quando Roy Rogers e Bing Crosby & The Andrews Sisters a lançaram, nos anos 1940. Porter continuava a viver a vida em grande estilo, em grandes festas, com grandes e famosos amigos. Na verdade, algumas de suas letras mencionam seus amigos da época. Então, em 1937, um acidente a cavalo quebrou suas duas pernas e deixou-o com dores crônicas, severamente incapacitado. Os médicos aconselharam sua esposa e sua mãe a amputar sua perna direita e, eventualmente, a esquerda, mas elas não concordaram. Porter submeteu-se a mais de 30 cirurgias nas pernas e sofreu dores constantes pelo resto da vida. Durante esse período, o número de operações levou-o a grave depressão. Foi uma das primeiras pessoas a experimentar a terapia de eletrochoque. Apesar da dor, Porter continuou a escrever musicais de sucesso. “Leave It to Me!” (1938) (apresentando Mary Martin cantando “My Heart Belongs to Daddy”), “DuBarry Was a Lady” (1939), “Panama Hattie” (1940), “Let’s Face It!” (1941), “Something for the Boys” (1943) e “Mexican Hayride” (1944) foram todos sucesso. Esses shows incluíam canções como “Get Out of Town”, “Friendship”, “Make It Another Old-Fashioned Please” e “I Love You”. No entanto, para muitos críticos, suas músicas estavam se tornando menos mágicas e, após dois fracassos, “Seven Lively Arts” (1944) (que incluía o sucesso “Ev’ry Time We Say Goodbye”) e “Around The World” (1946), muitos consideraram que seu melhor período havia terminado. Em 1948, Porter fez seu grande retorno ao sucesso, escrevendo aquele que, para muitos, foi seu show de maior sucesso, “Kiss Me, Kate”. A produção ganhou um Tony Award de Melhor Musical e Porter o prêmio de Melhor Compositor e Letrista. O repertório — geralmente considerado o seu melhor — incluía “Another Op’nin’ Another Show”, “Wunderbar”, “So In Love”, “We Open in Venice”, “Tom, Dick or Harry”, “I’ve Come to Wive It Wealthily in Padua”, “Too Darn Hot”, “Always True to You in My Fashion” e “Brush Up Your Shakespeare”. Porter voltava ao topo. Apesar de o show seguinte — “Out Of This World” (1950) — não ter sido um grande sucesso, o posterior, “Can-Can” (1952), apresentando “C’est Magnifique” e “It’s All Right with Me”, foi um grande hit. Sua última produção para a Broadway, “Silk Stockings” (1955), lançando “All of You”, foi também bem sucedida. Após seu acidente, Porter continuou também a trabalhar para Hollywood, escrevendo as partituras para dois filmes de Fred Astaire, “Broadway Melody of 1940” (1940) com Eleanor Powell, incluindo as músicas “I Concentrate on You”, e “You’ll Never Get Rich” (1941). Mais tarde compôs as músicas para o filme “O Pirata” (1948), com Gene Kelly/Judy Garland. O filme deu prejuízo, apesar de apresentar a música “Be a Clown” (cujos “ecos” curiosamente se fazem presentes na música “Make ‘Em Laugh”, apresentada por Donald O’Connor no musical “Cantando na Chuva” (Singin’ in the Rain) de 1952). “Alta Sociedade” (High Society) (1956), estrelado por Bing Crosby, Frank Sinatra e Grace Kelly, trouxe o último sucesso de Cole Porter, “True Love”. Escreveu também canções para o musical “Les Girls” (1957) com Gene Kelly. Sua última partitura foi para um especial de TV da CBS, Aladdin (1958). Após uma série de úlceras e 34 operações, sua perna direita teve de ser amputada e substituída por uma prótese mecânica em 1958. A amputação sucedeu-se à morte de sua mãe em 1952 e ao fim da batalha de sua esposa contra um enfisema em 1954. A sucessão de reveses combinados mostrou-se forte demais para Porter. Ele não escreveu mais nenhuma canção após 1958 e passou seus últimos anos em relativa reclusão. Nasceu em Peru, Indiana, em 9 de junho de 1891, morreu em Santa Monica, California, em 15 de outubro de 1964.
CARL OTTO NICOLAI– Carl Otto Ehrenfried Nicolai, compositor e maestro alemão, fundador da Filarmônica de Viena e é famoso, sobretudo, pela sua ópera Die Lustigen Weiber von Windsor.Carl Nicolai teve suas primeiras lições de música com seu pai, o maestro Carl Ernst Daniel Nicolai, até os 17 anos. Após ter a educação dentro de sua casa, ele se mudou para Berlim para continuar seus estudos.Concluiu com êxito seus estudos no Institut für Königluchen, sendo supervisionado por Carl Friedrich Zelter e Bernhard Klein entre 1827 e 1830. Após isso ele foi nomeado Organista na Capela Prussiana em Roma. Em 1837 ele se tornou maestro na Capela Corandin Kreutzer Kärntnertortheater em Viena. No ano seguinte ele retornou para Roma e começou a compor ópera. Em 1841 Nicolai voltou para Viena, e começou uma série de Concertos Filarmônicos, fundando, mais tarde, a Filarmônica de Viena. O sucesso de uma Missa dedicada ao Rei da Prússia, Frederico Guilherme IV, escrita em 1843 e uma abertura, Eine feste Burg, pelos 200 anos da Universidade de Königsberg fizeram ele ir, definitivamente para Berlim onde se tornou diretor do coro da catedral e mestre da capela da Royal Opera House, em 1847. Carl Nicolais compôs, além de óperas, numerosas obras sacras para coral e lieders. Entre suas obras, destaca-se a sua obra prima Die Lustigen Weiber von Windsor, (em português: O Feliz Divórcio de Windsor), com um libretto composto pelo dramaturgo alemão Salomon Hermann Mosenthal, baseado na obra The Merry Wives of Windsor (As Alegres Comadres de Windsor) de William Shakespeare e representada pela primeira vez no dia 9 de março de 1849 em Berlim. Carl Nicolai faleceu oito semanas após a estreia de sua obra mais aclamada, por causa de um acidente vascular cerebral. Nasceu em Königsberg em 9 de junho de 1810 e morreu em Berlim em 11 de maio de 1849.
CLAUDIO NUCCI– Cláudio José Moore Nucci, MAais conhecido como Cláudio Nucci, cantor, compositor, violonista e produtor musical. Integrou o grupo Boca Livre na 1ª formação oficial do grupo – sendo Zé Renato, Maurício Maestro e David Tygel os outros integrantes – tendo participado do 1º LP do grupo – homônimo – lançado em 1979 de forma independente. O disco foi recordista de vendas até então para um trabalho lançado e distribuído desta forma no Brasil. Nota-se clara influência e ecos do “Clube da Esquina” neste primeiro trabalho do grupo. A vendagem expressiva para um trabalho independente e os sucessos “Toada (Na direção do dia)”; “Quem tem a viola” e “Mistérios” chamaram a atenção do mercado “oficial” da música e a gravadora Polygram (atual Universal Music) mais tarde viria a comprar os direitos e relançar novas tiragens tanto em LP e fita-cassete como em CD, bem como contratar o grupo e lançar o 3º (“Folia”/1982) e o 4º (também homônimo/1983) trabalhos, nunca relançados em CD – o 2º (“Bicicleta”/1980), também lançado de forma independente e luxuosa para os padrões dos indepedentes da época (capa dupla e belo trabalho gráfico), teve algumas de suas músicas também relançadas em CD pela Polygram/Universal Music em coletâneas mas o disco não teve novas edições. Claúdio Nucci saiu do grupo ainda no 1º trabalho – já não integrava o “Boca Livre” quando do lançamento dos 3 citados e dos demais já lançados em CD e por diversas gravadoras – e partiu para carreira-solo na Emi-Odeon/Emi Music onde lançaria seus 3 primeiros discos: “Claúdio Nucci”(1981) onde destaca-se a música “Acontecências”; “Volta e Vai”(1983) onde destacam-se as músicas “Amor Aventureiro” e “Para Colorir” e “Melhor de Três”(1984) que não teve nenhuma de suas músicas tocadas em rádio ou TV mas onde destacam-se as músicas “As Coisas” e “Melhor de Três”. Em 1985 gravou o disco “Pelo Sim Pelo Não” (CBS/Sony Music) em duo com Zé Renato (com quem voltaria a compor após sua saída do “Boca Livre”) embalado pelos sucessos das músicas “Pelo Sim Pelo Não” e “A Hora e a Vez” presentes na trilha-sonora da novela “Roque Santeiro” da Rede Globo de Televisão. Participou de diversos projetos isolados – músicas feitas por encomenda para novelas (“Garça Branca” para a novela “Pantanal”; “Ciranda do Sassá” para a novela “O Salvador da Pátria”), participações em compilações temáticas e inéditas e festivais de música, como o “Som das Águas” da extinta Rede Manchete. Em 1995 gravou o CD “Ê Boi” (c/ músicas temáticas e folclóricas sobre o animal e a natureza que o cerca, incluindo desde sucessos consagrados como outras belas canções menos conhecidas: “Correnteza” de Luiz Bonfá e Tom Jobim, “O Menino da Porteira” – sucesso na voz de Sérgio Reis – “Vide, Vida Marvada” de Rolando Boldrin, “Boiadeiro” – sucesso na voz de Luiz Gonzaga, dentre outras) com o grupo vocal “Nós e Voz” lançado pela gravadora independente Atração Fonográfica. Voltou aos discos de carreira com o CD “Casa da Lua Cheia” (independente/1999) que inclui regravações de sucessos de sua autoria nunca gravados por ele como “Sapato Velho” (gravado pelo Roupa Nova) e “Meu Silêncio” (gravado por Nana Caymmi, com quem fora casado), regravações de sucessos do Boca Livre e outros (como “Alegre Menina” de Dori Caymmi feita originalmente para a trilha-sonora da novela “Gabriela” tendo Djavan como intérprete da 1ª versão) e inéditas também de sua autoria. Em 2004 lançou pela gravadora independente Lua Music até então seu último disco de carrreira: “Ao Mestre com Carinho”, somente com músicas de autoria de Dorival Caymmi. Como curiosidade possui um trabalho lançado pelo IEB (Instituto Escola Brasil) em 2001 – patrocinado pelo Banco Real, com tiragem e distribuição limitadas e lucro das vendas destinadas ao Instituto – mais uma vez como integrante do Boca Livre (substituíndo Zé Renato na formação do grupo à época) só com músicas inéditas e ainda a luxuosa participação da cantora, violonista e compositora Joyce (que fora a compositora da melodia da música “Mistérios” – com letra de Maurício Maestro – já citada como um dos sucessos do primeiro trabalho do grupo e que a própria Joyce também gravou em seu LP “Feminina” de 1980). Claudio Nucci nasceu em Jundiaí/SP, em 9 de junho de 1956.
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