Uma conduta irrepreensível consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia. Voltaire
Não importa o quanto é inflamante a luta pelo poder apenas pelo poder, o quanto se briga para galgar os melhores cargos, o quanto se “puxa o tapete” do próximo para tomar o lugar, o quanto se constrói as mais ardilosas armadilhas para “ferrar” o adversário, o quanto pessoas distorcem palavras ou atitudes de outras para lapidar caluniosas versões, o quanto se usa o nome de Deus e até se frequenta em demasia a “casa de Deus” como revestimento da hipocrisia, enfim, nada disso importa quando trazemos na consciência a certeza de que a dignidade é tudo.
Nos deparamos hoje em dia com pessoas comuns e celebridades, com pessoas que detêm os mais altos cargos da nação e com quem vive numa constante espreita de oportunidades , sobrecarregando suas consciências com a certeza de que na luta pelos objetivos existe o vale tudo, o vale tudo mesmo. O vale tudo tão falado e propalado nada mais é do que uma competição na qual pessoas devem ser literalmente destruídas física e espiritualmente. Em vez de fazer valer um argumento mais consciente, honesto e apropriado para o momento, o que se tem visto é a tentativa de ridicularizar o outro , destruí-lo perante a sociedade. Aliás, argumentos embasados nos bons valores, atualmente, estão perdendo espaço para a maledicência, para a maldade e tudo isso sob a aura da normalidade.
A dignidade, pois, é que deveria prevalecer. Sabemos que são poucos os que se importam em ser dignos, os que preferem atirar a esmo sobre o vazio esperando com um golpe de sorte acertar o inusitável, afinal para eles o que vale é a máxima maquiavélica de que os fins justificam os meios, simplesmente isto. A coisa não é bem assim, ou seja, não deveria ser assim, porém, para muitos a dignidade rima com ingenuidade
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