Sintonia com a Verdade!

NOTÍCIAS

  • Segundo dados do IBGE , os nomes que mais existem em Angatuba são Maria e José e sobrenomes Santos, Oliveira e Silva
  • Decreto Federal “assombra” mas não determina fechamento das Apaes
  • Nícolas afirma que atender população de Angatuba continua sendo seu sagrado compromisso
  • Angatuba, fora dos bastidores políticos população aflita com outros problemas
  • Sabesp privatizada, reclamações dobradas. Angatuba não é exceção
  • Home
  • Artigos
  • Angatuba
  • Ilustrada
    • GALERIA DE FOTOS
    • Efeméride Musical
  • Nacional
  • Concursos/ Empregos
  • EDUCAÇÃO
  • Politica
  • Região
  • Siga-nos
    • Facebook
    • Twitter
    • Google+
    • Pinterest
    • RSS Feed
    • Linked
    • Youtube

Um Brasil em declínio social e econômico

mar 12, 2019 Air Antunes Artigos 0


País é o nono mais desigual do mundo, o primeiro da América Latina. Seis em cada dez pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo por mês.

 

FREI BETTO

O IBGE divulgou, na última semana de fevereiro, que o desemprego voltou a crescer no Brasil. Agora são 12,7 milhões de pessoas. Quem se encontra nessa situação, ou já passou por isso, sabe como é terrível estar desempregado. A autoestima se reduz, as incertezas assustam, a insegurança se aprofunda. Como pagar o aluguel, o gás, a luz, o telefone, e as prestações dos eletrodomésticos?

O trabalho é o nosso fator de identidade social. Quando somos apresentados a uma pessoa não basta saber-lhe o nome. Paira a pergunta: e o que faz? A resposta qualifica socialmente o interlocutor.

Segundo levantamento do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas, no final de 2018 a desigualdade se agravou devido à dificuldade de os trabalhadores menos qualificados aumentarem seus rendimentos. O governo modificou os critérios de aumento anual do salário mínimo, o que reduziu o poder aquisitivo dessa parcela da população.

Desde 2015 o salário mínimo não tem ganho real, porque o PIB, que mede a riqueza do país, encolheu em 2015 e 2016. E piorou com a reforma trabalhista da gestão Temer, porque o emprego informal, quase sempre desqualificado, passou a pagar salários indignos, muito aquém das necessidades básicas dos empregados.

O Brasil é, hoje, o nono país mais desigual do mundo, e o primeiro da América Latina. Os outros oito países mais desiguais ficam todos na África. Hoje, a renda média da metade mais pobre da população é de R$ 787,69 por mês, inferior ao valor do salário mínimo (R$ 998). Sessenta por cento dos brasileiros sobrevivem com menos de um salário mínimo por mês.

Em 2016, os pobres tinham renda média de R$ 217,63. No ano seguinte, R$ 198,03. Perda de 9%. Já os 10% mais ricos tiveram 2,09% de aumento na renda, que chegou a R$ 9.519,10 por mês. Desses 10%, 12 milhões ganharam até R$ 17,8 mil de renda tributável. E a parcela de 1% mais rico, que abrange 1,2 milhão de brasileiros, teve rendimento médio superior a R$ 55 mil por mês (Oxfam).

Portanto, ainda que o PIB volte a crescer, isso não significa que haverá aumento da renda dos trabalhadores. A desigualdade é agravada pela apropriação abusiva que uma pequena parcela da sociedade faz da riqueza nacional.

O Brasil é um país de jovens. Nessa faixa etária, segundo a ONU (Pnud), o desemprego em nosso país é de 30,5%, o maior percentual da América do Sul. E 1 em cada 4 jovens integra o time dos “nem nem”, ou seja, aqueles que nem trabalham nem estudam.

Ora, não é preciso ter bola de cristal para saber como esses jovens conseguem bancar seus gastos. Ou desfrutam de renda alheia (família, herança etc) ou recorrem a atividades ilícitas (narcotráfico, contrabando, roubos etc).

Os economistas do FMI e do Banco Mundial, que controlam as finanças internacionais, defendem que, para o Brasil crescer, é preciso impor austeridade, promover ajuste fiscal, respeitar o teto de gastos e fazer a reforma da Previdência. Como diz Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia (2001), o capitalismo só cresce se contar com produtores e consumidores. Mas hoje o sistema tem como foco principal a financeirização da economia, denunciada por Piketty.

Com um PIB de R$ 6,3 trilhões, o Brasil é um país rico. Daria para toda a nossa população viver muito bem. Somos 208 milhões de habitantes. Dividido o valor do PIB pelo número de habitantes, cada um teria uma renda anual de R$ 30 mil. Ou R$ 10 mil por mês para cada família de 4 pessoas, o que asseguraria a todos uma vida digna.

Portanto, como alerta o economista Ladislau Dowbor, o problema brasileiro não consiste na falta de recursos. Reside na falta de justiça e de distribuição da renda.

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

happy wheels
  • tweet
O culto às armas do bolsonarismo vai multiplicar massacres como o de Suzano. Tragédias: por que muitos preferem filmar em vez de ajudar?

Air Antunes

Mais nesta categoria
  • Os Estados Unidos e seu tratamento contra traidores da pátria
    Os Estados Unidos e seu tratamento...

    ago 18, 2025 0

  • Qual é a lógica dos pastores  evangélicos e militares se  alinharem ao extremismo de direita
    Qual é a lógica dos pastores ...

    ago 12, 2025 0

  • Desgovernador de São Paulo é o maior inimigo da educação
    Desgovernador de São Paulo é o maior...

    dez 05, 2024 0

  • Na politica não basta ser jovem, tem que ser idealista
    Na politica não basta ser jovem, tem...

    dez 04, 2024 0


Opine! Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright 2014 - Onda 21