O passamento da Mariazinha do Olivino, como era assim conhecida, nos remete à lembrança do início do funcionamento de nossa Santa Casa, época em que os funcionários eram selecionados conforme critérios afetivos e de comprometimento com o futuro da Instituição.
Mariazinha fez parte dessa geração de guerreiras e guerreiros que em poucos anos construíram uma imagem positiva da Instituição que transcendia os limites do município, se estendendo a toda região, cujo diferencial era o acolhimento humanitário dispensado aos pacientes que ali eram atendidos.
O amor e a dedicação que nutria ao trabalho que realizava nas dependências da Instituição, era tão elevado que fez desse ambiente a extensão de sua casa, e desse ofício sua principal missão de vida, tornando-se uma “verdadeira coringa” ao incorporar, sem nenhuma restrição, a maioria das demandas ali requeridas. E as desempenhava com a maior empatia, tanto no atendimento ao público, quanto no serviço de enfermagem e nos eventuais que se faziam necessários. Se havia horário para entrar, com certeza não havia para sair. E todas às vezes que era solicitada por conta de intercorrências fora de seu expediente de trabalho ou em dias de folga, sem nenhum questionamento, estava sempre pronta ao deixar o aconchego familiar com o costumeiro bom humor, que lhe era característico.
A alegria de servir, foi a exemplar e indelével marca que deixou na memória e nos corações do povo angatubense e de toda região que se serviram dos seus préstimos durante o longo período de sua vida laboral, exercida nas6 dependências de nossa Santa Casa.
À memória de Mariazinha, nossas reverências e eterna gratidão!
José Emílio Carlos Lisboa -Ex-diretor da Irmandade da Santa Casa de Angatuba.