mar 25, 2015 Air Antunes Angatuba 0
Um grupo político se gaba por ter dinheiro mais do que razão, pois para ele o dinheiro compra tudo. Quer dizer, se numa demanda está com a razão ou não, não importa, pois tem certeza absoluta de que cifrões amenizam a austeridade da justiça, de que ela vai tirar as vendas dos olhos. Por outro lado, cidadãos vomitam os maiores impropérios contra a corrupção, mas isso é apenas fachada. Para eles a imoralidade termina quando também usufruem de uma corrupçãozinha aqui outra ali. É possível que neste meio estejam aqueles que criticam o jornal , o blog, por “só meter o pau no prefeito”. Não é uma constatação exata mas existem 90% de possibilidades de sê-las.
Não tem sido novidade alguma a profusão de indignações estampadas nas redes sociais e nas manifestações de rua, dá-se a impressão de que todos os indignados são a reserva moral da nação.Ledo engano! O que se vê muito são críticas contra este ou aquele partido apenas porque não é aliado. Barbaridades e atrocidades não têm causado indignação quando o político corrupto tal é da preferência do indignado. Contra alguns corruptos não existe interesse em divulgação, não existem páginas para destacá-los negativamente. O que está configurado mesmo é que aquilo que deveria ficar apenas no debate político se descambou para uma luta de classes sem tamanho, e nela se exacerbam traços de caráter até então isentos de qualquer crítica, mas que, com máscaras caídas, se apresentam e destacam as diferenças étnicas, os preconceitos de todos os aspectos, inclusive contra pobres e nordestinos.
E, enquanto flechas estão apontadas para políticos de cima, nos municípios os raivosos moralistas se omitem em criticar o prefeito e os vereadores, afinal de contas querer estar bem com todo mundo é modalidade da casa. A Controladoria Geral da União (CGU) já constatou que um dos maiores rombos do país está sendo praticado por prefeituras. Elas desviam verbas, superfaturam obras e enriquecem ilicitamente grupos políticos numa verdadeira orgia que incluem “laranjas”, familiares e outros periféricos. Nas pequenas cidades a gravidade tem sido maior, é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que encontrar alguém que queira mexer no vespeiro. Alguns, por conta de laços familiares, sociais e até religiosos com o prefeito preferem não se manifestar, outros, de alguma forma, usufruem das irregularidades vigentes e assim segue a carruagem. Depois, acomodados nas suas confortáveis poltronas assistem os noticiários preferidos, se indignam com os fatos geralmente tendenciosos apresentados e deduzem que seus “fora Dilma” já bastam para se exemplificarem como brasileiros distintos, honestos e cumpridores dos seus deveres cívicos.
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