Ano 1962. O menino José Gabriel Rodrigues, de 12 anos de idade, saiu de sua casa para levar o almoço para o pai Alcides Rodrigues, que tombava terra com arado puxado por um burro, no local identificado como do “Nhozinho dos Pereiras”, na saída para o bairro Batalheira, e que até hoje pode ser visto de qualquer lugar mais elevado do centro de Angatuba. Alcides preparava a terra para plantar milho.
O menino chegou com o almoço quase no momento em que o arado do pai bateu numa pedra, algo que, logo observaram, parecia uma placa. A tal peça tinha algumas conchinhas incrustadas. Alcides achou aquilo uma “coisa diferente” mas foi almoçar.
José Gabriel, assim que seu pai almoçou, pegou a placa e a trouxe para casa. Seu intuito era levá-la, no dia seguinte, para a escola. Iria mostrar para seu professor de Geografia, Henrique Okawa. José Gabriel teve o cuidado de , quando pegou a pedra, de trazer outra junto. Quem sabe um parâmetro seria útil!
O professor Henrique também achou a peça algo raro e não demorou muito para apresentá-la a especialista, a alguém da geologia. Contatou o estudante de Geologia, da USP, Celso Favali, que inclusive era de Angatuba.
Favali, por sua vez, também se interessou e veio para Angatuba com outros pesquisadores. A equipe acampou em local onde hoje é parte da Santa Casa. O pai do menino também conversou com a equipe dos pesquisadores, logicamente, para relatar como encontrou a pedra.
A pedra, numa explicação prévia, foi tida como fóssil de peixe e recebeu o nome científico de Angatuba favalia, naturalmente uma homenagem à cidade onde foi encontrada e ao pesquisador Celso Favali.
A história relatada para o detentor deste site, pelo próprio José Gabriel, o menino citado, pode ter desdobramento. Sugerida pelo professor Judas Tadeu, que acompanhou na entrevista tempos atrás, com certeza, a história poderá ter mais detalhes. Ainda, com José Gabriel, fomos até o local onde a pedra foi achada.
Que fim levou a Angatuba favalia?
José Gabriel e seu pai Alcides, um senhor que já teve restaurante onde hoje é outro estabelecimento similar, “do Tomé”, como dizem, e depois teve borracharia ao lado, aliás, como afirma o filho, “ele foi o primeiro borracheiro da cidade”, não sabem do paradeiro do tal achado ecológico e muito menos sobre outras conclusões suscitadas a partir da pedra.