jun 11, 2015 Air Antunes Angatuba 1
Embora mais tardia do que outros municípios da região, principalmente, Angatuba realiza sua Conferência Municipal de Saúde nesta sexta-feira, 12 de junho. Coordenada pela prefeitura, a Conferência será realizada no salão paroquial a partir das 13 horas. Longe de ser divulgada tal como a administração municipal divulga a festa do peão, shows automotivos e outros eventos popularescos que caracterizam a gestão do prefeito Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB), a conferência é algo que deveria contar com a participação maciça dos representantes de todos os seguimentos locais. Resumindo, qualquer cidadão angatubense que quiser participar da Conferência pode fazê-lo sem qualquer restrição.
Qual é a importância da Conferência? Ora, a elaboração dos Planos Municipais de Saúde e dos Planos Plurianuais. Também é a oportunidade de expor as contribuições da sociedade sobre os principais pontos a serem contemplados pela política de saúde que deverá ser elaborada e implementada nos próximos anos.
A conferência da saúde, sua história sua importância
As Conferências de Saúde se iniciaram há 70 anos, cumprindo o disposto no parágrafo único do artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937. A obrigatoriedade da realização das Conferências de Saúde foi mantida, em 1990, quando a Lei n.º 8.142 as consagrou como instâncias colegiadas de representantes dos vários segmentos sociais, com a missão de avaliar e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional.
Também a partir da Lei n.º 8.142 ficou estabelecida uma periodicidade de quatro anos para a realização das Conferências de Saúde, que deveriam contar, necessariamente, com a participação dos movimentos sociais organizados, das entidades ligadas à área da Saúde, dos gestores e dos prestadores de serviços de saúde.
Convocadas pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho de Saúde, as Conferências têm como objetivos principais avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três níveis de gestão. Isso significa dizer que as deliberações das Conferências devem servir para orientar os governos na elaboração dos planos de saúde e na definição de ações que sejam prioritárias nos âmbitos estaduais, municipais e nacional.
A cada nova Conferência tem sido observado um aumento importante da participação da sociedade civil, fenômeno que garante a definição de políticas de saúde cada vez mais democráticas. As Conferências são fóruns privilegiados que a sociedade civil possui para discutir e apontar soluções para os problemas que envolvem a saúde da população brasileira.
É nos espaços das Conferências que a sociedade se articula para garantir os interesses e as necessidades da população na área da Saúde e assegurar as diversas formas de pensar o SUS, assim como para ampliar, junto à sociedade, a disseminação de informações sobre o Sistema, para fortalecê-lo.
É nos espaços das Conferências que a sociedade se articula para garantir os interesses e as necessidades da população na área da Saúde e assegurar as diversas formas de pensar o SUS, assim como para ampliar, junto à sociedade, a disseminação de informações sobre o Sistema, para fortalecê-lo.
Gestão participativa no Sistema Único de Saúde – A gestão participativa e a apropriação do direito à saúde são um desafio constante, pois a ampliação do controle social sobre o Estado depende, em última instância, da participação da sociedade na definição e no exercício dos direitos de cidadania, também da cultura de participação que se cria tanto nos espaços institucionalizados quanto nas relações interpessoais.
Sendo assim, fortalecer o controle social e a gestão participativa, enquanto política de um governo democrático popular, representa o compromisso de identificar, desencadear e fortalecer dispositivos que promovam a participação da população.
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“Sendo assim, fortalecer o controle social e a gestão participativa, enquanto política de um governo democrático popular, representa o compromisso de identificar, desencadear e fortalecer dispositivos que promovam a participação da população.” Tudo isso, porém, só será possível quando tivermos de fato governos democráticos e populares, formado por gente que tenha pelo menos noção do significado mais profundo de Política e Democracia. Até lá, resta-nos apenas rezar, orar e vigiar, para que o conunto da sociedade evolua nesse sentido, começando por pelo menos tentar praticá-la.