jun 24, 2014 Air Antunes Angatuba 0
Ao invés do município entregar-se às máfias das prefeituras para se desenvolver, ou tornar-se especialista em superfaturar obras para satisfazer a sanha de um grupo que pretende se dar bem em detrimento da miséria do povo e, ainda, reinventar a fórmula coronelista para se manter no poder, enquanto faz da população um fantoche a serviço da dilapidação do patrimônio público, que procure o progresso pelas vias honestas, competentes e antenadas com a modernidade inserida nos mais consistentes projetos de desenvolvimento sustentável existentes atualmente nos países mais desenvolvidos do mundo. Esta proposta pelo progresso do município através de um processo de modernidade, voltado para o desenvolvimento sustentável, tendo o povo como o único beneficiado, foi iniciada em Angatuba na gestão administrativa (2005/2008) do prefeito José Emílio Carlos Lisboa, ocasião em que até cientista da área foi contatado numa forma de colaborar com a proposta angatubense.
O projeto angatubense naquela gestão visou além da produção do álcool, o aproveitamento agrícola e industrial de outros produtos derivados da cana de açúcar e até a possível utilização da palha e do bagaço para projeto de autoprodução e cogeração de energia elétrica. A microdestilaria idealizada pela prefeitura poderia inclusive ser o início de um projeto que fosse estendido às associações de produtores rurais, à agricultura familiar e aos pequenos e médios produtores rurais. Na proposta angatubense incluía-se ainda a rapadura e o açúcar mascavo.
O projeto da microdestilaria de Angatuba ganhou notoriedade entre técnicos especialistas da área, da mídia televisiva e impressa, dentre elas a revista de circulação nacional “Caros Amigos, que difundiu o fato,e até o sociólogo Gilberto Felisberto Vasconcellos, articulista da referida publicação, em seu artigo discorreu sobre o que estava sendo feito no município em termos de desenvolvimento sustentável.
O físico e ex-professor da Universidade de Brasília, José Walter Bautista Vidal, falecido em junho de 2013, chegou a se reunir com técnicos e políticos angatubenses em São Paulo quando teceu suas orientações. Bautista Vidal com outro cientista, Urbano Ernesto Stupf, foi quem idealizou o motor a álcool. Autor de 12 livros, dentre eles “De Estado Servil à Nação Soberana”, “Civilização Solitária dos Trópicos”, “Soberania e Dignidade”, “Raízes da Sobrevivência”, “O esfacelamento da Nação” e “Reconquista do Brasil”, ele também foi o principal mentor do Pró-Álcool, ministro da Ciência e Tecnologia nos governos de Ernesto Geisel e José Sarney. Quanto ao Pro-Álcool, trata-se de um programa de substituição em larga escala dos combustíveis veiculares derivados de petróleo por álcool, financiado pelo governo brasileiro a partir da crise de 1973 .
Quanto ao que restou da proposta angatubense para o desenvolvimento sustentável pode-se computar um “nada”. A instalação da microdestilaria no bairro Bom Bom, desativada, está tomada de mato. Uma verba de R$ 100 mil,viabilizada em 2008 pelo Ministério de Minas e Energia, chegou já no governo de Carlos Augusto Turelli (PSDB), mas o que constatou-se é que não foi objetivado qualquer esforço para a continuidade do projeto. A proposta é que o desenvolvimento sustentável se estabelecesse em Angatuba, o que não ocorreu.
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