Relações de poder (relações de autoridade partilhada)

jul 19, 2014 Air Antunes Angatuba 18

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Revisitando indicação de Vanuza de Oliveira – uma vereadora

 

PROFª. DRA. MARIA APARECIDA MORAIS LISBOA

Diante de um novo horizonte ( in) civilizatório que nós cidadãos angatubenses estamos atravessando, a senhora VEREADORA VANUZA OLIVEIRA e os seus iguais num recente episódio de “ESPETÁCULO CIRCENSE” como foi o da cassação dos vereadores: Palmeirense, Pedrinho da Ótica e Braz Rochel impingiram a esses opositores uma das maiores “TIRANIAS” que no “PARLAMENTO DO POVO” pode acontecer.

Princípios morais? Éticos? de Conduta?
-A senhora já ouviu falar disso?
São valores, vêm de nossa formação, “SE DÁ A PARTIR DAQUILO QUE TEMOS COMO ESPELHAMENTO DE CONDUTA, PRÁTICA CORRETA DO PAI E DA MÃE”. Há tempos foi dever exclusivo das famílias e das comunidades nas quais estas se inseriam.
Ultimamente, tornou-se privilégio de poucos!

Existe, assim, uma referência… “O QUE VEM DE BERÇO, NÃO SE COMPRA COM DIPLOMAS!”
Muito mais do que distribuir remédios a domicílio, que é dever do Poder público à população, exemplo nos postos de saúde… Ao invés de uma relação ética saudável, de estrutura de “CIDADANIA”, esse “TOMA LÁ DA CÁ” acaba sendo transformado em “MERCADORIA”.

É uma forma de CORRUPÇÃO! A CORRUPÇÃO que é afetiva, a CORRUPÇÃO de natureza do assédio moral. Assédio que vem do uso indevido do PODER e, portanto, essa reciprocidade eleitoreira corrompe a dignidade de qualquer cidadão.

Além desses e de outros papéis benemerentes, filantrópicos moralizadores, exemplares que a senhora executa ( rs…….. rs….. rs……) foi apresentada uma indicação, a de retomar o projeto “CINEMA NO BAIRRO”, de autoria do jornalista Air Antunes, que e o executou pedagogicamente, de forma educativa e instrutiva nas gestões do ex- prefeito Prof. José Emilio Carlos Lisboa (PMDB).

Por que não “abraçar” também a questão do PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, HISTÓRICO, CULTURAL de nossa cidade, tão às “traças”, desconsiderados pelos seus iguais, a “TUCANALHA”?

Somente um exemplo entre tantos patrimônios angatubenses:
-A senhora ouviu dizer ( não me refiro ao olhar, porque “O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER ENXERGAR” e, aliás, esse tipo de cegueira entre “VOCÊS” vem de longa data!) da existência de um prédio centenário no qual funcionou a “CADEIA PÚBLICA” de Angatuba? E, que o seu “CHEFE MAIOR” deixou ao eterno abandono, que não houve sequer “VONTADE POLÍTICA” (sem falar no interesse cultural) para que o mesmo abrigasse um CENTRO DA MEMÓRIA, DA CULTURA, DA HISTÓRIA DE ANGATUBA E REGIÃO?

Vale dizer, que para isso, teria a colaboração de especialistas das melhores universidades públicas do Estado, sem nenhum prejuízo aos cofres públicos. Uma DIRETORIA PRÓ-MEMÓRIA constituída por pessoas que não visão PODER/DINHEIRO/CARGO/ e ”BENÉSSES” de quem quer que seja, porque a DEDICAÇÃO, o AMOR e o ”ZELO PELA COISA PÚBLICA” ao “PATRIMÔNIO DO POVO” não se compra, não se vende, não se negocia… Sobretudo, se tratando de CULTURA não há preço, não dá votos, não há “BARGANHA”!

Enfim, esse “PODER DO ATRASO” que a senhora compactua é o “PIOR DOS CUPINS” os quais temos que dedetizar e, que ameaça destruir o que ainda permanece como instrumento unificador das nossas identidades: a MEMÓRIA HISTÓRIA, SOCIAL, CULTURAL legado dos antepassados.

Também, o prédio da CASA DA CULTURA “DEP. ARARIPE SERPA”, ao lado do grande patrimônio religioso que é a IGREJA MATRIZ são as verdadeiras “PRATAS DA CASA.”
A senhora ouviu dizer da existência dessa CASA, também entregue aos “CUPINS”, às “TRAÇAS” desse seu PODER CORROSIVO?

O prédio da antiga Cadeia atualmente serve de garagem a veículos públicos municipais, como também abriga a Guarda Municipal, nada contra tal instituição, embora sediada em lugar impróprio. ( “SÓ PARA NOS FERIR!” Um ditado familiar antigo, muito válido a essas aberrações oportunistas). Quanto não bastasse, um ridículo toldo modernoso imacula sua fachada quase original e, embaixo do qual fica um desses inúmeros “PARASITAS CÃES DE GUARDA” da TUCANALHA, certo individuo que TRAVA, está TRAVANDO o que ainda não está TRAVADO de sediar num futuro próximo esse patrimônio legado dos nossos antepassados.

A senhora sabe que:
-A destruição causada pelo assim dizer tempo e inoperância do SEU PODER… É a supressão lenta da memória, da cultura e dos costumes dos nossos prédios históricos?

A senhora sabe que:
– Nossa cultura material, imaterial são a prova histórica, o testemunho vivo de uma identidade
Que se manifesta nos espaço e no território geográfico, legitimando uma identidade regional, uma afirmação de diferenças, de especificidades, de positividades constitutivas não do VELHO, que serve de referência, mas do NOVO, produto da criatividade reinventara da tradição como uma vantagem comparativa e competitiva do mundo moderno?

A senhora sabe que:
– O nosso patrimônio propicia sentimento de pertença ao mundo da identidade cultural e, permite à re-aproximação do tempo e do espaço históricos?

A senhora sabe que:
– A preservação do patrimônio histórico carrega consigo uma forte conotação social, na medida em que manifesta a dimensão do pertencimento, da construção da identidade coletiva das pessoas portadoras de tradições genuínas, que formam e conformam patrimônio arquitetônico, cultural linguístico, religioso?

A senhora sabe que:
-A Cadeia, patrimônio do povo, enquanto espaço de re-invenção das nossas tradições, é um espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações comunitárias, de pertencimento, de organização associativa de atividades criadoras, onde a ação coletiva SEM FINS LUCRATIVOS E GANHOS PESSOAIS, adquire uma dimensão social que transcende o meramente POLÍTICO?

A senhora sabe que?
– Há um amplo programa de incentivo cultural, como: O de executar as ações, coletar informações de caráter histórico-metodológico que incorporam nosso patrimônio histórico e cultural deforma coordenada e conjugada? Divulgar o conhecimento e a experiência buscando
Uma melhor informação e formação dos nossos jovens?

A Senhora sabe que:
-A redescoberta dos valores antigos presentes nos costumes e na interatividade com as famílias, com as comunidades rurais, com sujeitos oriundos dos italianos, alemães… Buscar suas origens e constituir no Patrimônio, espaço representante de revitalização física, mental e intelectual?

A senhora sabe que:
-A omissão, o natural ABANDONO, o descaso pelas polícias públicas de desenvolvimento do seu “CHEFE MAIOR” e da sua “CORRIOLA” fazem com que todo nosso patrimônio cultural se torne um espaço fadado ao abandono e à degradação? ´

Considerando a nobre VEREADORA ser uma pessoa estranha à sua própria indicação, essa sua pretensão de “INEDITISMO”, sem que esteja capacitada e comprometida com o zelo pela tradição e memória patrimonialista de Angatuba.

Oxalá, essa expectativa só será possível com uma mudança de mentalidade de engajamento das pessoas sérias, de profundas sensibilidades, de grande representação simbólica para a localidade, de pessoas impossíveis de serem corrompidas… Serão sim, essenciais para reafirmar e divulgar despretensiosamente o verdadeiro valor e significado do nosso patrimônio histórico cultural.

Maria Aparecida de Morais Lisboa, Doutora pela FE-UNICAMP, pesquisadora da História, da Cultura e da Memória do Alto Vale do Paranapanema, macro-região de Sorocaba, micro-região de Itapetininga, destacando Angatuba, seu município de origem.

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