jan 19, 2018 Air Antunes Angatuba 2
Todos os anos, logo no início do período, o executivo angatubense encaminha projeto de lei que viabiliza verba para o carnaval à Câmara Municipal para apreciação e votação. A prática neste ano não foi diferente , no entanto os vereadores reprovaram por 5 votos a 3 a propositura no que se refere ao montante especifico para as escolas de samba. Votaram contra o projeto, os vereadores Bruno Américo Santi (PSC), Bonilho da Silva (PSD), Élia Mariano (MDB), Nícolas Basile Rochel (MDB) e José Nilson Antunes de Almeida (MDB). A favor, Pedro das Dores Hergesel (PV), o Saci, Carlos Matias (PV) e Benedito Plens Neto (MDB). Tudo isso seria normal não fosse a totalidade dos “nobres colegas” ter sido eleita em 2016 no mesmo grupo do prefeito Luiz Antônio Machado, algo que, na teoria, suscitaria um pensamento conjunto, uma identificação única nas decisões, entre executivo e legislativo, porém, não foi o que ocorreu. Para alguns, isso se chama infidelidade enquanto para outros o fato denota uma câmara independente, como deve ser, com outro perfil, mas ainda não contrária aos anseios que a levaram a ser eleita ao lado do atual prefeito.
Muito se criticou nas duas gestões anteriores, a submissão da câmara ao então prefeito, há até quem dizia que aquele legislativo atuava como uma espécie de secretaria do executivo, algo que era facilmente constatado até pelos mais ingênuos cidadãos. Aquilo não era certo, logicamente. É interessante ressaltar que o Legislativo é um poder e o Executivo é outro, assim como o Judiciário é um terceiro, lembrando que o país é regido pelos três poderes. O legislativo, um poder muito mais velho que o Executivo, no Brasil remonta ao ano de 1532 quando foi formada em São Vicente, no litoral paulista, a primeira câmara, enquanto o executivo começou a tomar sua forma atual por volta do final do século 19, até então o prefeito era chamado de intendente e surgia da vereança. Em Angatuba, mesmo, o primeiro a ser eleito exclusivamente para prefeito, tal como ocorre atualmente, foi Públio de Almeida Melo no ano de 1930
Quanto à situação atual, ao que parece, os vereadores cientes do que ocorreu nas duas legislaturas anteriores pretendem fazer valer o real papel do legislativo, sem amarras , não significando com isso que devem ser opositores ao prefeito mas também que isso não significa que devam aprovar todos os projetos encaminhados pelo executivo apenas por aprovar. Para alguns críticos, o executivo precisa dialogar mais com o legislativo, não deixar eventuais dúvidas, mas mesmo assim sempre haverá pontos divergentes acerca de um projeto ou outro, como agora ocorreu em relação ao carnaval quando a câmara valorizou mais seus argumentos em detrimento aos alentados pelo executivo. Afora isso, sem conotação de crítica, é interessante aos vereadores também se auto-analisarem acerca de seus reais papéis,afinal é com pé no chão, com humildade, sem a vaidade que o cargo possa suscitar e sem achar que já podem tudo (inclusive galgar cadeira executiva numa próxima eleição), que eles serão os mais justos representantes do povo.
happy wheelsmar 28, 2024 0
mar 05, 2024 0
mar 01, 2024 0
fev 24, 2024 0
É um ótimo presságio a derrota do prefeito na Câmara. Isso mostra que ao contrário do que ocorre lá do executivo, os vereadores já começaram a identificar a insatisfação crescente com a atual administração. Tomara que não seja um fato isolado e que os vereadores verdadeiramente compromissados com a cidade não se limite apenas em votar contra projetos do executivo mas também tenham iniciativa própria de fiscalizar e cobrar providências de tudo que envolve principalmente o dinheiro público! Parabéns aos que votaram contra!
Já sabemos, quem são os fakes Marcio Alvarenga e a página angatubense, já estamos entrando com as medidas cabíveis na justiça.