
jul 11, 2025 Air Antunes Angatuba 1
A prefeitura de Angatuba anunciou que estava trocando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que é do âmbito federal, pelos serviços de uma empresa terceirizada, fato que gerou uma comoção praticamente geral na cidade, grande parte da população contestou, opositores ao prefeito Nícolas Basile Rochel (Republicanos) vieram a público pedindo esclarecimentos e tentando provar que a tal terceirização não é vantajosa. O terrível disso tudo é que a própria bancada do prefeito na Câmara dos Vereadores afirmou ter sido pega de surpresa quanto a esta situação protagonizada pelo Executivo municipal, ou seja, não sabia que isso estava ocorrendo. Sob pressão, o prefeito, na terça-feira , dia 8, afirmou que podia recuar na sua decisão, e o fez, em nota oficial da prefeitura, foi afirmado que seriam iniciadas , na quinta-feira, 10, as tratativas do retorno da Samu. Sobre os procedimentos da troca muito já havia se falado, custos, operacionalidade, empresa contratada, capacitação da ambulância que sairia e da que entraria, enfim, tudo configurando algo que tenderia a ser pior, a ser menos eficiente do que a Samu, programa de atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência criado com o objetivo de oferecer socorro imediato a pessoas em situações críticas de saúde, como acidentes, infartos, partos em risco, entre outros casos que demandem rapidez para salvar vidas.
Não há dúvida de que o questionamento contra a decisão da prefeitura até faz sentido, afinal de contas, em relação à Samu, o Ministério da Saúde cobre 50% dos custos de manutenção enquanto estados e municípios arcam, respectivamente, com 25% cada um. Essa divisão tripartite está estabelecida na Portaria nº 1.010/2012. Os repasses do governo federal podem variar dependendo do porte do município e da frota de veículos. Até tem ocorrido que alguns municípios alegaram que os repasses federais estariam defasados, com uma perda de quase 60% em relação à inflação acumulada desde 2014, o que ia comprometer o funcionamento, mas por outro lado houve um aumento de 30% nos recursos para o custeio do SAMU 192 em 2023, representando um incremento de R$ 396 milhões por ano segundo o Ministério da Saúde. Para unidades de suporte avançado (USA), o valor mensal pode chegar a R$ 45.925,00 por unidade. Além dos repasses mensais, o governo federal também repassa recursos para a compra de novas ambulâncias e equipamentos. Segundo afirmações de especialistas da área , empresa terceirizada nenhuma poderá garantir a mesma qualidade dos serviços da Samu.
Decisões tomadas, como esta da prefeitura em relação ao Samu, são práticas que buscam, em tese, aumentar a eficiência e até reduzir custos. No entanto, é alvo de críticas, a terceirização pode enfraquecer o controle estatal, precarizar vínculos trabalhistas e comprometer a qualidade do atendimento. Para muitos especialistas, a terceirização na saúde pública deve ser avaliada com cautela, equilibrando eficiência administrativa e garantia do direito universal à saúde, sem falar na índole que embasa a contratação.
Sobre o Samu- O modelo do Samu foi inspirado em experiências internacionais, principalmente o sistema francês de emergência, sendo adaptado à realidade brasileira. A implementação do Samu no Brasil começou no início dos anos 2000 como parte das ações da Política Nacional de Atenção às Urgências, do Ministério da Saúde. A primeira base foi implantada em 2003, em Campinas. A partir daí, o serviço se expandiu gradualmente, com cobertura ampliada para estados e municípios de todas as regiões do país.
Funcionamento– O Samu é acessado pelo número 192, que funciona gratuitamente 24 horas por dia. A chamada é atendida por uma Central de Regulação Médica, onde profissionais treinados avaliam a situação e orientam o solicitante, podendo enviar uma ambulância com equipe de suporte básico ou avançado, conforme a gravidade do caso. As equipes do Samu são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas. Os veículos utilizados variam entre:
Atuação no Brasil-O Samu atende milhões de brasileiros anualmente e é um dos pilares da Rede de Atenção às Urgências do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua presença é fundamental especialmente em áreas onde o tempo de resposta faz diferença entre a vida e a morte. Atua em articulação com hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária, garantindo um cuidado coordenado e eficiente. Apesar de sua importância, o serviço enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, frota, capacitação de pessoal e financiamento. Mesmo assim, o Samu é amplamente reconhecido pela população como um serviço essencial e eficiente no socorro de urgências médicas no Brasil.
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Atu sem noção despreparado para agir sem alheios