out 02, 2015 Air Antunes Brasil/Mundo Comentários desativados em Valor da produção agropecuária do Brasil, de 2015, é de R$ 473,2 bilhões
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) brasileira em 2015 é de R$ 473,2 bilhões, com base nas atualizações feitas em agosto pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor é 1% maior do que o obtido em 2014, de R$ 468,6 bilhões. As lavouras, das 21 culturas analisadas, tiveram aumento de 0,3% (R$ 303,34 bilhões), e a pecuária, 2,2% (R$ 169,88 bilhões).
“Neste ano, há uma combinação de ganhos de produtividade de grãos, da ordem de 5,3% em relação ao ano passado, com preços mais baixos para a maior parte das lavoras que fazem parte deste levantamento”, diz o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques. Entre as culturas de verão com maior rendimento por hectare, destacam-se o milho segunda safra (+ 8,2%), amendoim (+ 6,1%), sorgo (+ 5,6%), feijão segunda safra (+ 5,4%) e soja (+ 5,1%).
Os produtos com maior acréscimo no valor da produção foram a cebola (147,5%), mamona (99,4%), pimenta do reino (58,6%), o trigo (7,5%), a soja (3,7%), o milho (3,4%) e o café (1,6%). Segundo Gasques, esses resultados ocorrem em função da combinação de preços e de quantidades produzidas.
A maçã (- 21,6%), uva (-19,2%), o tomate (-13,8%), a batata (-8,8%) e a mandioca (- 8,3%) foram os produtos que tiveram as maiores quedas em faturamento.
Carne bovina- A pecuária está com desempenho superior às lavouras. Isso ocorre principalmente pelos resultados positivos da carne bovina, com incremento de 10,2%, e ovos e suínos, com aumentos mais modestos, assinala Gasques.
De acordo com o levantamento da Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, leite e o frango vêm apresentando forte redução do valor da produção em 2015. O leite teve redução de 6,5%, e carne, de frango, 3,5%.
Os resultados favoráveis com a carne bovina beneficiam diversas unidades da Federação onde a pecuária é relevante: Pará e Tocantins, na Região Norte; Bahia, no Nordeste; Minas Gerais e São Paulo, no Sudeste; e os estados do Centro-Oeste.
Ainda conforme o estudo, a queda do valor da produção do leite vem afetando Minas Gerais, São Paulo e Goiás onde as agroindústrias têm forte contribuição na formação da renda regional.
Regiões- As estimativas regionais mostram que a liderança do valor bruto da produção continua sendo do Sul (R$ 136,96 bilhões), seguido pelo Centro-Oeste (R$ 127,34 bilhões), Sudeste (R$ 120,11 bilhões), Nordeste, (R$ 47 bilhões) e Norte (R$ 27,97 bilhões).
Pelo segundo ano consecutivo, o estado de Mato Grosso apresenta um valor da produção superior ao de São Paulo. A produção de milho segunda safra e carne bovina em Mato Grosso puxaram este ano a estimativa para R$ 62,37 bilhões. Já São Paulo é esperado um resultado de R$ 61,21 bilhões, com destaque para a cana-de-açúcar e laranja.
Saiba mais- O Valor Bruto da Produção Agropecuária mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento.
Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários (entre culturas e carnes), o valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O fluxo do crédito rural para custeio e comercialização da safra 2015/2016 se mantém dentro das previsões do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, totalizando R$ 20,9 bilhões nos meses de julho e agosto. O volume representa 4% de aumento em relação ao mesmo período de 2014. O anúncio da liberação do financiamento da agricultura empresarial foi feito nesta quinta-feira (10) pelo secretário de Política Agrícola, André Nassar.
“As linhas de financiamentos quando comparadas com o ano-safra comprovam que o crédito está fluindo, com destaque para o desembolso do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp)”, afirmou o secretário. Os dados acumulados de julho e agosto apontam crescimento de 64% na oferta de crédito para os médios agricultores, somando R$ 4,2 bilhões nesses meses contra os R$ 2,5 bilhões do mesmo período do ano passado. Os bancos públicos apuraram um aumento de 85% na oferta de recursos para o financiamento da categoria, de R$ 3,4 bilhões ante R$ 1,8 bilhão nos dois meses de 2014.
Dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor) do Banco Central, mostram que o total financiado pelos bancos públicos, a juros controlados, foi de R$ 12,2 bilhões, nos dois meses de contratação, incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e fundos constitucionais.
Os bancos privados somaram R$ 6,7 bilhões e as cooperativas de crédito, R$ 1,9 bilhão. Para os financiamentos a juros livres, o montante alcançou R$ 2,6 bilhão, incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito.
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) contabilizou R$ 169 milhões nos dois primeiros meses da atual safra. A expectativa é de que nos próximos meses haja uma procura maior pelo papel. “A LCA está começando a decolar”, disse Nassar.
Os médios agricultores, que possuem faturamento de até R$ 1,6 milhão ao ano, tomaram financiamento de R$ 4,2 bilhões, e os grandes produtores, R$ 16,7 bilhões.
Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura
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