jul 04, 2014 Air Antunes Angatuba 4
A vereadora da Câmara Municipal de Angatuba, Vanuza de Oliveira (DEM), apresentou Indicação, na sessão ordinária de 30 de junho, em que reivindica ao prefeito Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB) e ao secretário municipal de Esportes, Lazer, Cultura e Turismo, Tiago Rogério Carriel Quirino Pinto, o retorno do Projeto Cinema no Bairro. A vereadora justifica seu pedido afirmando que em vários bairros em que esteve ela foi cobrada sobre este projeto.
O Projeto Cinema no Bairro, embora tenha sido propagado como uma criação da primeira gestão do prefeito atual em sua campanha eleitoral para a reeleição em 2012, foi idealizado pelo coordenador da Cultura Air Antunes, em 2005, e foi realizado até 2008, quando findou a gestão do prefeito José Emílio Carlos Lisboa (PMDB). Em seu período de atividade, o Cinema no Bairro era realizado nos finais de semana, às sextas-feiras quando no perímetro urbano e aos sábados, em bairros rurais. Realmente, tratou-se de algo que muito satisfez a população, o projeto protagonizou noites memoráveis em bairros como o Guareí Velho, o Machadinho, Boa Vista, Batalheira, Jardim Domingos Orsi II, vila Volpi, vila Ribeiro, vila São Cristovao, vila Nova, o distrito Bom Retiro da Esperança, entre outros.
Para o Cinema no Bairro, sempre houve a preocupação em selecionar filmes compatíveis com cada população e sempre priorizando o cinema nacional, e assim foram exibidos “Estrada da Vida”, do diretor Nelson Pereira dos Santos, com Milionário & José Rico; “Dois Filhos de Francisco”; filmes de Mazzaroppi, etc. No início de cada sessão, numa espécie de preliminar, havia um pequeno filme da Turma da Mônica , para as crianças. Em apenas uma ocasião um filme estrangeiro foi destaque, “Tróia”, do diretor Wolfgang Petersen, com Brad Pitt, exibido no Bom Retiro numa agradável noite de verão.
Um dos principais objetivos do Cinema no Bairro, além de difundir a cultura da forma como deve ser difundida, era integrar novamente a população, as famílias, rememorando uma época em que todos, ao invés de ficar em frente a uma televisão assistindo novelas, iam para as calçadas se interagir com os vizinhos, os amigos, vivendo um relacionamento saudável que aos poucos foi deixando de existir por conta da influência de uma mídia que aliena o cidadão e o isola da sociedade.
Sobre o pedido da vereadora Vanuza não há dúvida de que trata-se de uma reivindicação de fato de teor cultural, algo que não tem sido visto na gestão do prefeito Calá que, por sinal, teima em considerar como cultura eventos como festa do peão, shows de artistas popularescos, enfim eventos que nada tem a ver com a atividade cultural.
Caso a vereadora venha a se atentar mais pela cultura, setor que já projetou Angatuba em toda região e em algumas ocasiões até no Estado, que ela reivindique também em favor das artes plásticas, do teatro, da literatura, da dança clássica, enfim, do que realmente faz sentido para o aprimoramento intelectual do cidadão. Na gestão de Emílio na prefeitura, por exemplo, na cultura, tinha até o xadrez que era ensinado às crianças pelo próprio coordenador Antunes. E em se tratando de cinema, o do Projeto no Bairro não era o único que existia, tinha também o que esporadicamente era levado à Terceira Idade, com divertidas comédias de Charles Chaplin e Mazzaroppi e até teve sessões em espaço cedido na Câmara Municipal pelo então presidente Akamilton Gomes de Almeida, em que filmes de teor histórico foram exibidos para estudantes de segundo grau, obras como “Canudos” e “Lamarca”, do diretor Sérgio Rezende. Destacou-se também naquela coordenadoria a participação de Angatuba no Revelando São Paulo, a feira da cultura e do folclore paulista, ocasião em que o município participava nas modalidades Artesanato, Viola, Fandango, Bebida Artesanal, Bonecões e Quadrilha, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Também houve excursões com estudantes e aficcionados por literatura para o Museu da Língua Portuguesa, na estação da Luz em São Paulo. Teve também a banda de música mais ativa, estudantes de música foram estudar no conservatório musical de Tatuí , houve quem foi para o exterior e houve ainda vencedores em festivais da TV Cultura!
Ainda com relação à administração de Calá, observa-se uma escassez de elementos humanos voltados para a cultura, aliás, nem existe. O setor é parte de uma miscelânea em que se encontram também esporte, turismo e lazer, não havendo ao menos uma eficiência mínima para cada um destes ítens. Por sua vez o gestor da área, um especializado em cultura tanto quanto um jagunço é especializado em física nuclear, ao menos esboça interesse pelo setor, ao menos procura contatar quem entende e assim fazer valer a “cultura” inserida em sua pasta. Interessante também que a atual administração se conscientize de que cultura não se resume em estrutura física ou equipamentos sofisticados, mas sim em pessoas comprometidas pois estas são o fator fundamental para a difusão do conhecimento e do aprimoramento, pois é para isso é que a cultura existe, e não para ser mais um instrumento de obtenção de votos. Em tempo: muitos angatubenses querem que a prefeitura explique também os valores que ela justifica ter investido na cultura, em que setor cultural estão sendo aplicados, estas coisas todas, pois ninguém sabe, ninguém viu.
happy wheelsnov 26, 2023 0
out 10, 2023 0
out 03, 2023 0
ago 25, 2023 0
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk o papagaio come milho a galinha que levar a fama? para isso é copiar coisa que já tinha no passado era bom de mais , agora em estes com uma cara de pau fazer de novo ? eu sugiro o filme corra que a policia vem ai.
O Air falou que o cinema no bairro priorizava o cinema nacional, mas pelo que li não restringia filme de outra nacionalidade, e assim um filme que sugeria num retorno do cinema no bairro seria o filme “Os Intocáveis”, aquele que conta a história de como o detetive Elliot Ness acabou com a quadrilha de Al Capone..
Que excelente iniciativa da vereadora Vanuza!
Para a estréia do projeto eu sugiro um filme bastante apropriado para esse evento: Ali Babá e os 40 Ladrões.
E não esquecer de homenagear devidamente os principais personagens do filme, ganhadores do oscar: Calá Turelli no papel principal e como ator coadjuvante o seu marido, João Meira.
Quem sabe se no cinema no lugar da pipoca a nobre vereadora fosse distribuir as fralda e os modes que ela pego do furgãosinho que tombo no Bom Retiro.