fev 28, 2015 Air Antunes Angatuba 1
Alcides e José Gabriel Rodrigues falam nas suas descobertas de mais de seis décadas
“Argumentos”, programa de entrevista do blog Onda 21, aborda assunto que despertou profundo interesse de estudiosos da geologia. Nesta sua terceira edição, os entrevistados são Alcides Rodrigues e seu filho José Gabriel Rodrigues. Foi a partir deles que essa história veio à tona. No ano de 1959 eles fizeram chegar ao professor Henrique Okawa, que lecionava Geografia em escola local, pedras, duas em especial , encontradas numa área rural próxima ao perímetro urbano que, depois pesquisadas por geólogos e estudantes da USP, chegou-se à conclusão de que os achados eram mesmo registros geológicos importantes e que até poderiam ser comprovação de que a região já foi mar. As pedras, duas delas receberam nomes científicos, uma Favalia, em homenagem a um dos pesquisadores que era de Angatuba, Celso Favali e, a outra, Angatubia, em homenagem ao município.
De fato, há 18 mil anos, o grande continente que ia do Polo Sul à Sibéria, era coberto por gelo. A medida que foi derretendo, o nível dos oceanos subiu, afogando por exemplo, uma boa parte do que veio a ser o estado de São Paulo. Fósseis marinhos já foram encontrados em toda essa faixa paulista, tanto nesta região como a de Campinas, por exemplo.
A ENTREVISTA DE “ARGUMENTOS” COM ALCIDES E JOSÉ GABRIEL RODRIGUES.
Embaixo , matéria de 2011 do blog Air Antunes-Conexão com a Verdade
Ano 1962. O menino José Gabriel Rodrigues, de 12 anos de idade, saiu de sua casa para levar o almoço para o pai Alcides Rodrigues, que tombava terra com arado puxado por um burro, no local identificado como do “Nhozinho dos Pereiras”, na saída para o bairro Batalheira, e que até hoje pode ser visto de qualquer lugar mais elevado do centro de Angatuba. Alcides preparava a terra para plantar milho.
O menino chegou com o almoço quase no momento em que o arado do pai bateu numa pedra, algo que, logo observaram, parecia uma placa. A tal peça tinha algumas conchinhas incrustadas. Alcides achou aquilo uma “coisa diferente” mas foi almoçar.
José Gabriel, assim que seu pai almoçou, pegou a placa e a trouxe para casa. Seu intuito era levá-la, no dia seguinte, para a escola. Iria mostrar para seu professor de Geografia, Henrique Okawa. José Gabriel teve o cuidado de , quando pegou a pedra, de trazer outra junto. Quem sabe um parâmetro seria útil!
O professor Henrique também achou a peça algo raro e não demorou muito para apresentá-la a especialista, a alguém da geologia. Contatou o estudante de Geologia, da USP, Celso Favali, que inclusive era de Angatuba.
Favali, por sua vez, também se interessou e veio para Angatuba com outros pesquisadores. A equipe acampou em local onde hoje é parte da Santa Casa. O pai do menino também conversou com a equipe dos pesquisadores, logicamente, para relatar como encontrou a pedra.
A pedra, numa explicação prévia, foi tida como fóssil de peixe e recebeu o nome científico de Angatuba favalia, naturalmente uma homenagem à cidade onde foi encontrada e ao pesquisador Celso Favali.
A história relatada para mim, detentor deste site, pelo próprio José Gabriel, o menino citado, pode ter desdobramento. Sugerida pelo professor Judas Tadeu, que me acompanhou na entrevista tempos atrás, com certeza, a história poderá ter mais detalhes. Ainda, com José Gabriel, fomos até o local onde a pedra foi achada.
Que fim levou a Angatuba favalia?
José Gabriel e seu pai Alcides, um senhor que já teve restaurante onde hoje é outro estabelecimento similar, “do Tomé”, como dizem, e depois teve borracharia ao lado, aliás, como afirma o filho, “ele foi o primeiro borracheiro da cidade”, não sabem do paradeiro do tal achado ecológico e muito menos sobre outras conclusões suscitadas a partir da pedra.
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Parabéns Air ! Muito bom, isso é Angatuba,nossa história ,nossa gente.