maio 23, 2015 Air Antunes Angatuba 5
O prefeito de Angatuba Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB), através do advogado paulistano Anderson Pomini, em referência à edição número 2, do informativo “Passando a Limpo”, que circulou em março passado, pediu que o jornalista Air Antunes, editor da publicação, “proceda a imediata retratação acerca da manchete veiculada”.
O que o alcaide angatubense se refere é ao título “Eles em primeiro lugar” seguida do sub-título “Alguns exemplos de cidadãos que se deram muito bem na administração Calá. Nas próximas edições o episódio continua”. Na interpretação descrita pelo advogado Pomini, “O objetivo da veiculação da manchete é levar a crer que ora noticiantes estão fazendo uso da administração para levarem vantagem”, ainda, “a matéria excedeu os limites da liberdade de expressão, prerrogativas essas previstas em nossa Constituição Federativa da República, haja vista que não se trata de matéria de cunho informativo, mas sim de puro sensacionalismo”. Quanto as fotos, o advogado retrucou afirmando que foram publicadas “sem as respectivas autorizações”.
A “matéria” em questão foi publicada na segunda metade da primeira página daquela edição, e trazia fotos de todos aqueles ligados à prefeitura identificados como os que são “eles em primeiro lugar”. Também, alusiva à publicação, um desenho mostra algumas criaturas mamando em “tetas” do que seria uma vaca na qual está grafado, “prefeitura”.
O jornalista explica que não existe essa de “interpelar” pedindo “retratação”, neste caso. Em primeiro lugar, caso o prefeito tenha se ofendido, como sentiu pelo jeito, então que enviasse ao “Passando a Limpo” sua versão dos fatos, porque é assim que se procede, jornalismo também é debate. Pedir retratação, para o jornalista, é uma forma de intimidação, principalmente quando se faz com a intervenção de um advogado que, por sua vez, acentua que “Caso Vossa senhoria não realize a referida retratação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis para tanto”.
Sobre as argumentações de Pomini, é bom explicar que o “Passando a Limpo” não é um jornal convencional, comercial, trata-se de um órgão vinculado a um grupo político e, como informativo, apresenta uma retrospectiva de fatos protagonizados pela atual administração e tece suas opiniões, assim como procederia um similar em qualquer lugar do Brasil e do mundo. A publicação “Eles em primeiro lugar”, portanto, não é uma “matéria” no sentido de que ela não está noticiando um fato, mas sim opinando (ou explicando) sobre algo que já é de domínio público. É bom explicar que na imprensa, mesmo nesta forma de informativo engajado, existem nomenclaturas que explicam as diversas naturezas das publicações, por exemplo: “matéria”, “artigo”, “editorial”, “coluna”, “sessão”. No objetivo a que se propõe o “Passando a Limpo”, pode se dizer que aquele “Eles em primeiro lugar” é uma sessão, pois além de manter o formato para várias edições, ela restringe-se a um tema específico, que é o de apresentar “Alguns exemplos de cidadãos que se deram muito bem na administração Calá”.
Sobre as fotos, elas são públicas, foram feitas em eventos públicos, ninguém entrou na casa de um dos “Eles em primeiro lugar” para usurpar uma foto do álbum da família. Não havia necessidade alguma de pedir autorização para publicá-las. Também neste quesito o “Passando a Limpo” está coberto da garantia que lhe permite o que chamamos “liberdade de expressão”.
Reiterando, “a retratação” da forma solicitada não deixa de ser ato de intolerância, invasiva, autoritária. Caso o prefeito, que foi citado mas não tem foto sua naquela sessão, se sentisse ofendido, que intervisse alegando suas versões contrárias, jamais pedir, ainda evasivamente, ao jornalista que se “retrate”. .
Ademais, em se tratando do conteúdo da publicação, alguns fatos são necessários ser avaliados. Por exemplo, quando se diz “Eles em primeiro lugar”, isso não ofende, assim como não é ofensivo afirmar que eles, os destacados, se deram muito bem na atual gestão. Ora, ora, e não se deram ??? Nem é necessário entrar em seus méritos qualitativos enquanto assessores, ou vereadores, mas observar, muitos angatubenses já observaram, que eles tinham um padrão de vida antes desta administração e atualmente tem outro, muito ostentativo por sinal.
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Olá, “Cidadão Angatubense”, usando pseudônimo até que todo mundo tem peito para fazer pergunta neste tom. Quanto ao caso do vereador citado, além de não considerá-lo da oposição, não noticiei o fato porque notícia policial só escrevo à base do boletim de ocorrência, e o BO que me foi apresentado não constou bebedeira.. Não sei que arranjo fizeram para constar apenas que o vereador só foi parado porque estava sem a carta. Não escrevo matéria desta natureza só baseado no que ouvi falar…
E o vereador que foi pego bêbado no Rechan, alguém falar alguma coisa ou como ele é da oposição vão deixar quieto?
Êta nóis….as coisas continuam acontecendo e muito na República das Laranjeiras.
” O dinheiro é mais livre que as pessoas.
As pessoas estão a serviço das coisas”.
Air, não precisa fazer discursos, o linchamento moral é o grande recado.
Air. “OPERAÇÃO CAMARU II ” neles .já já……podes crer.
Boa Ayr, parabéns…