maio 26, 2014 Air Antunes Artigos 1
MOUZAR BENEDITO
Todos deveríamos vir ao mundo já desfrutando de aposentadorias igualitárias. E poder fazer as coisas boas da vida numa idade mais adequada: a juventude. Depois dos 40, aí sim, ao trabalho
O ditado “O trabalho enobrece e dignifica o homem” é muito utilizado por quem trabalha pouco, e lucra muito com o trabalho alheio. E a gente embarca nessa “ética” patronal como se fosse uma lei divina. Claro que o trabalho é que produz riqueza, mas o problema é que a riqueza nunca vai para as mãos de quem a produziu. Ninguém fica rico à custa do seu próprio trabalho. Por isso, para esse ditado vale mais a sua versão gaiata: “O trabalho empobrece e danifica o homem”.
Ora, o que a humanidade deveria procurar era diminuir o trabalho. Para isso é que, teoricamente, foram sendo criadas máquinas e tecnologias. Teoricamente. Se uma máquina produz por 100 homens, o que se deveria fazer era diminuir a quantidade de trabalho deles, mas isso acontece? O capitalismo vive da mais-valia, que os novos direitistas fingem não existir mais. Aos capitalistas não interessa a felicidade humana, a não ser a deles mesmos. Então, quando colocam numa fábrica, num escritório ou seja onde for cinco máquinas que fazem o trabalho de 100 pessoas cada, em vez de diminuir a exploração dos seus empregados, aumentam.
Assim, cada vez que a ciência cria novas máquinas e tecnologias, deveria contribuir para a felicidade humana, mas o resultado é uma degradação maior. Para quê? Para o patrão acumular. E depois culpam pela violência os miseráveis produzidos por esse círculo vicioso.
Bom… E daí? Todo esse discurso é para entrar em propostas que parecem absurdas, mas deveriam nortear todo o desenvolvimento tecnológico: colaborar para a felicidade humana.
Na minha visão anárquica, uma boa proposta seria, como dizia meu amigo Zé Alencar (o jornalista, não o vice-presidente), a gente trabalhar apenas um dia por mês. Por exemplo: eu trabalharia todo dia 20 de cada mês. Todos os dias restantes, tiraria para fazer o que gosto.
No dia 19, véspera do meu dia de trabalho, eu ficaria concentrado, informando a quem me convidasse pra qualquer coisa: “Não. Amanhã é meu dia de trabalho”. E no dia 20 trabalharia alegre para, no final do dia, dizer: “Missão cumprida, este mês”, e voltar à boa vida, à produção artística, às safadezas, à cachaça…
Isso valeria pra todo mundo. Quanta gente tem um baita potencial artístico e vive insatisfeita por não ter condições de desenvolver esse potencial? Isso acabaria. Seriam dadas condições a todos.
Outra proposta, e essa não tem nada a ver com tecnologia: todo mundo deveria nascer aposentado. Todos com os mesmos salários de aposentado, mas com condições de fazer coisas boas, viajar, vadiar, numa idade mais adequada: a juventude. Quando completasse 40 anos, o sujeito seria desaposentado e teria de trabalhar o resto da vida, claro que com uma carga horária decente, direito a férias etc. Aos ricos, sei que esta proposta não seria muito atraente, pois eles já começam a trabalhar tarde mesmo, muitos deles depois dos 30 anos, já pós-graduados e doutorados. Mas para os pobres seria uma baita vantagem, ainda mais que aposentado ao nascer, todos teriam salários iguais… Mais um motivo para os ricos não gostarem, né?
Fora isso, imagino que haveria uma onda de suicídios aos 40 anos, mas eu pergunto de novo: e daí?
Da revista REVISTA DO BRASIL
Mouzar Benedito é escritor
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A MERITOCRACIA ELEITORAL PODE NOS LIBERTAR DO LIXÃO, partidário-elleitoral e gollpista-ditatorial, velhacos, e da guerra tribal primitiva dos mesmos pelo poder. Raciocinem coMMigo. O partidarismo-elleitoral, e até mesmo o gollpismo-ditatorial, elegeram o Concurso Público como a fórmula meritória mais democrática, mais justa, mais segura e mais avançada de acesso do cidadão comum ao poder, de eleição dos servidores públicos, à moda façam o que nós mandamos vocês fazerem, em nome do Estado, que assim tem funcionado, bem ou mal, a depender de aperfeiçoamentos. Por quê então não submetermos o partidarismo-elleitoral e até mesmo o gollpismo-ditatorial, velhacos, que, no Brasil, vivem em guerra pelo poder, há pelos menos 125 anos, desde o advento do modello provisório de repúbllica que aí está, com prazo de validade vencido há muito tempo, à mesma fórmula, e à nova moda, doravante, vocês também serão obrigados a fazer o que todos somos obrigados a fazer para acessar o poder, enquanto cidadão comuns ? Daí a idealização da nossa Meritocracia Eleitoral, como instrumento viável, prático e factível, da participação direta da sociedade, através de CONCURSO PÚBLICO PADRÃO, independente de filiação partidária, pela cota-cidadã, ou através de partidos, sindicatos, clubes, ongs, etc. e tal, com a quebra do monopólio partidário sobre as eleições, que deverão acontecer a cada 5 anos, sem direito à reeleição, para tornar possível a renovação completa dos quadros políticos, a oxigenação, e a alternância no poder como afrodisíaco da Democracia, e, sobretudo, com o banimento do dinheiro como senhor das eleições e patrão dos eleitos, com a corrupção, prevaricação e similares transformados em crimes hediondos, tudo sob severa vigilância e fiscalização dos partidos, sindicatos, ongs, clubes,escolas, instituições, etc. e tal, gerando assim um novo perfil e nova consistência de Político e de Pollítica, valorizando e estimulando a Educação,como Bicho que precisa pegar neste país. Ninguém será abrigado a participar, mas, caso queira, poderá participar livre e diretamente, bastando se increver na época certa para o CONCURSO PÚBLICO PADRÃO, face ao qual as novas elites dirigentes deverão ser não só o carro-chefe da sociedade, mas, principalmente, o espelho no qual se espelhará todo o conjundo da sociedade, principalmente o funcionalismo público, à nova moda: façam o que fazemos. Que tal ? Taí, a fórmula factível à participação direita da sociedade, horizontalmente: Méritocracia Eleitoral, sem lero-lero, sem blá-blá-blá, sem trololó, sem gollpe, sem palanquismo vazio, sem sofismas, sem bravatas, sem esqueçam o que escrevi, sem era tudo bravata de campanha, sem 171 eleitoral, sem esquemas, sem corrupção, sem tudo por dinheiro, e, sobretudo, sem preguiça porque com a dita cuja preguiça, como já disse a Xuxa, a vida só enguiça.