out 13, 2013 Air Antunes Artigos 5
CIRO GOMES
O rancor e ambição pessoal unem Marina Silva a Eduardo Campos
Causou surpresa ao meio político e à mídia o anúncio do acordo entre Eduardo Campos, legatário do PSB, e Marina Silva, líder da assim chamada Rede Sustentabilidade, aquele partido que viria para revogar “tudo que está aí” e fundar uma nova forma de fazer política. Fui colega dos dois no ministério do primeiro governo Lula. Conheço razoavelmente ambos. Vou dar um palpite que o futuro definirá se válido ou não.
O cimento dessa abrupta reunião é um dos mais sólidos que a natureza humana pode oferecer: o ódio. Neste caso crescente e que ambos alimentam pela coalizão liderada pela presidenta Dilma Rousseff.
O choque de Marina Silva com o PT tem a ver com uma porção de coisas, mas fundamentalmente tem a ver com a disputa entre ela e Dilma nos tempos do ministério. Uma encarregada de Energia e Minas, a outra do Meio Ambiente. Só para que se tenha uma ideia, Marina queria que o Brasil assinasse uma convenção internacional declarando não renovável a energia hidráulica, pondo sob suspeita de insustentabilidade praticamente toda a base produtiva brasileira.
Lula arbitrou praticamente todos os conflitos contra a posição de Marina. E ela foi embora. Agora é candidata a presidenta da República.
No caso de Eduardo foi um pouco diferente: Lula encheu seu apadrinhado de atenções e Dilma não manteve o mesmo nível de privilégios. E olha que Eduardo Campos vendeu minha cabeça nas eleições de 2010 para atender à pretensão de Lula de fazer uma noviça candidata e presidenta.
Em comum aos dois uma ambição pessoal sem limites. E uma pouco disfarçável vaidade.
Juntemos então umas coisas com outras e teremos o fato mais interessante para a sucessão presidencial e para o Brasil. O tradicional polo conservador reunido ao redor de PSDB-DEM-PPS tende a jogar um papel cada vez mais secundário no processo nacional. Hoje ocuparia o terceiro lugar nas eleições. Bom para o Brasil. Terão de qualificar mais suas propostas, terão de trabalhar mais, valorizar mais os eleitores, não poderão mais se bastar no moralismo de goela e na negação das contradições (que não são poucas) da coalizão PT-PMDB. Bom para o Brasil.
Do lado de Dilma Rousseff, recomenda-se muita humildade, muito cuidado, muita disposição de consertar a montanha de erros que se assiste, a partir de uma equipe fraca, salvo as exceções de praxe. Mas, acima de tudo, a presidenta precisa ocupar o imenso vácuo de ideias que hoje assola o País. Nossa economia vai mal. É aí que mora o perigo real representado por uma força que estava conosco na fundação do projeto e que agora vai para a oposição. Esta não pode ser enfrentada com a ideia simplória e despolitizada da “volta ao passado”. Esta tem o potencial de trazer de volta à participação os intelectuais, artistas, estudantes desencantados com o pragmatismo petista-peemedebista. Bom para o Brasil.
Não sou um neutro observador da cena nacional. Tenho lado. Estou convencido de que, com todos os problemas, ainda é a presidenta Dilma a melhor solução para o momento brasileiro. Mas ando muito desagradado de ver certas coisas se repetirem sem resposta, ou, pior, de ter de defender soluções miúdas para grandes problemas. Ou de sonhar com um projeto de desenvolvimento completo que mobilizaria nosso povo, nos vacinando de projetos pessoais, alianças de ocasião, retórica véspera de decepções.
Espero que essa aliança que a todos nos surpreendeu preste esse grande serviço ao País. Que o governo abra o olho.
A esta altura o leitor atento deve se perguntar se essa aliança tem esse poder todo. Creio que sim, pois na verdade o rei esta nu no Brasil também. Está todo mundo cheio das contradições atuais do poder brasileiro, mas ninguém quer de volta o neoliberalismo macunaímico da turma do Fernando Henrique. Assim…
Tudo isso só vale se uma explosiva contradição se resolver nos intestinos da aliança PSB-Rede. E não é o que a petezada explora na internet ao denunciar o fato de Jorge Bornhausen e Ronaldo Caiado estarem nessa também, como se isso fosse pior do que ter do seu lado Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Cândido Vacarezza.
A contradição, aposto, está no fato de Eduardo provavelmente ter prometido que a candidata do partido seria Marina, pedindo a esta que aceitasse uma transição retórica para acalmar meus velhos e (quase todos) queridos companheiros do PSB. Vai avaliar primeiro se a adesão em massa da mídia conservadora o alavanca como candidato e, se sim, enganará a nova companheira. Se não, será ela a candidata. E aí vale meu raciocínio ao quadrado.
Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, ex-ministro, ex-candidato a presidente da República
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nov 12, 2023 0
out 12, 2023 0
Hélio Fernandes, enquanto testemunha ocular da história política do Brasil, via Tribuna da Imprensa, Tributo a Olga Benário. Imperdível. Testemunha ocular da história. E que história, hein Professor ? Por aí a gente vê, claramente, do que é capaz a genética que veio ao Brasil, à moda piratas, para espoliar, tungar e até saquear tudo e todos, que evoluiu (ou seria involuiu ?) para o tal neoliberalismo exacerbado, sem limites, no útero do qual gerou-se legiões de psicopatas apaixonados por dinheiro e poder e que fazem qualquer coisa para consegui-los, conservá-los ou ampliá-los, doença essa, aliás, de cura aparentemente impossível e fonte geradora das maiores desgraças que afligem a humanidade, inclusive do flagelo da miséria, da corrupção, das drogas, da violência e da criminalidade fora de controle. E daí a gente vê, também, que, no frigir dos ovos, em caso de bola dividida, risco de prejuízo ou com o fito de faturar mais e se dar melhor, elles apelam para a ignorância, e praticam qualquer coisa, até covardias inomináveis, emboscadas e atrocidades desumanas como essas que, no passado, praticaram contra a indefesa Olga Benário, Tiradentes, Frei Caneca, Conselheiro, e tantos outros que ousaram operar, e buscar Solução para o País e seu povo, fora dos três eixos tradicionais (situação, oposição e gollpismo-ditatorial), dos quais ainda continuamos todos à mercê, reféns e obrigados a rezar pelas suas cartilhas e a comer em suas mãos, como aconteceu com nossos pais, avós …, sob penas até de sermos lançados em desgraças terríveis, e até mortais. Hitler, a besta-fera que a Alemanha nazista gerou, era fichinha comparado a esse tipo de gente na qual, acuada, ou posta em risco as suas loucuras por dinheiro e poder, raspados os seus semblantes, ou removida a maquiagem dos mesmos, vê-se logo o próprio dito cujo, em carne e osso. E quem de nós, simples mortais, conseguirá colocar o guizo nessas serpentes venenosas (que já seria um grande avanço social, talvez até o único socialismo possível no Brasil, face aos próximos 200 anos), senão por intercessão direta de Deus ?
“Trio “Parada Dura” do velho continuísmo da mesmice (situação, oposição e gollpismo-ditatorial) subestima a Mega-Solução (RPL-PNBC-ME), que, na verdade como Ela realmente é, conta com cerca de 50% dos indignados que habitam este país (abstenções, brancos, nulos e afins ), que as pesquisas dos mesmos não conseguem captar. Valha-nos, Senhor. O quê quer Marina, afinal ? Há anos tem flertado com a RPL-PNBC-ME,o Projeto Novo e Alternativo de Nação e de Política-partidária-eleitoral, o Novo Caminho para o Novo Brasil de Verdade, inclusive reproduzindo excertos do nosso Discurso. Porém, de repente, na reta do fechamento das possibilidades partidária-eleitorais ( uma das duas vias à implementação da RPL), Marina, ao que parece, sofreu um ataque de amnésia, atirou-se nos braços do velho coronelismo nordestino, do tudo como dantes no velho quartel de Abrantes, do qual os nossos irmãos do nordeste fogem há décadas para outras regiões mais democráticas do nosso país colossal. Marina, ao que parece,perdeu o eixo, e, a continuar nessa condição partidária-eleitoral, corre sério risco de terminar lá no Cambuci, na casa do Capilé, fora do eixo, ajudando-o a contar “estarletes”. Teve a chance de enredar o PEN. Poderia ter ido para o PSOL, em parceria com a HH, como fez o HoMeM, mas preferiu optar pela incoerência,pela subalternidade ao coronelismo e trombar com o Novo de Verdade (RPL-PNBC-ME). E se o PSOL também negar fogo, preferindo ficar só no velho lero-lero, blábláblá, trololó, paciência, pelo menos tentamos percorrer a via partidária-eleitoral em parceria com aqueles que pareciam mais próximos da RPL-PNBC-ME e das ruas. E se, no caso, o PSOL tb mijar para trás, restará à RPL-PNBC-ME apenas as ruas, como propôs Cazuza, face ao tempo que não para. E urge.”
Pelo andar da carruagem, a nova-velha direita continuista da mesmice, partidária-eleitoral, apressadamente, já definiu os seus pré-candidatos com vistas a 2014, a saber: Dilma ou Lula (PTMDB-agregados), Aécio ou Serra (PSDEMB-agregados) e Campos ou Marina (PSRS-agregados). E na reserva destes, o velho gollpismo-ditatorial. Todos mancomunados, manipulados e a serviço do velho establishment enconômico-financeiro que, secularmente, lhes garante o continuísmo do modello político-partidário-eleitoral e gollpista-ditatorial e galinha dos ovos de ouro dos mesmos, principalmente dos seus caciques, não obstante vencido há muito tempo. Falta agora, doravante, a esquerda partidária-eleitoral (PSOL-PSTU-PCO-PPS-PV-PDT-PCB-PEN…), dizer e mostrar a que veio e a que existe. Se vem outra vez , em 2014, como cópia da velha direita, brandindo o velho continuísmo da mesmice, adornado com novas bravatas e novos sofismas, ou se vem mais ousada, mais corajosa, repaginada e mais alvissareira, aliada ao Projeto Novo e Alternativo de Nação e de Política-partidária-eleitoral, como propõe o HoMeM, com garra e muita força de vontade para descortinar os novos horizontes pelos quais o povo brasileiro está brigando, corajosamente, nas ruas do Brasil. E daí, a esquerda vai ajudar o povo fazer A Revolução, a Mega-Solução, ou o povo terá de fazê-la sozinho, das ruas para os palácios, contra a vontade da esquerda, da direita, do centro, da oposição, da situação, do gollpismo-ditatorial e até da PQP ? Qual é o seu palpite ?
Coisas e “coisos” da velha políticalha-partidária-eleitoral. Metamorfoses ambulantes. Será que Marina Silva está virando o “Odorico Paraguaçu” de saia ? “Disruptura”. Por favor, vocês que são mais letrados do que eu, podem me explicar o que é essa tal “disruptura” da Marina (afilhada da rede Itau-Natura), pronunciada no Programa do Jô Soares ? Será que é a mesma coisa que Ruptura, como propõe o HoMeM, com a RPL-PNBC-ME, o Projeto Novo e Alternativo de País e de Política-partidária-eleitoral ? A oração Marina já aprendeu, mas falta-lhe ainda coragem, ou simplesmente sinceridade ( ou será boa-fé e honestidade ? ), para dizer agora, doravante, o nome do MMilagre e do Santo, para que o copo dela que ainda está meio cheio e meio vazio se complete, ou entorne de vez. Ou será que ela está apenas fazendo o papel de João Batista preparando o espírito do povo para a chegada do HoMeM, porém começando por anunciar os MMilagres e escondendo o nome do Santo ?
Aécio já começou mal, péssimos sinais.Não há como confiar em quem procede de forma tão ingrata,infiel e desleal contra o seu próprio padrinho,FHC,que impôs a candidatura do pupilo aos seus pares e até lhe entregou o comando da sigla, PSDB. O povo,na verdade,não quer virar “a página do Lula X FHC”, mas quer, isto sim, virar a página do velho continuismo da mesmice (ditadura, oposição e situação), cujo ciclo de poder está de fato encerrado e no qual Aécio tb está embutido, como subproduto da “página Lula X FHC”, assim como Marina, Campos e Serra. Portanto, por mais que eles forcem a barra tentando se passar pelo novo, fica muito difícil conseguí-lo, posto que estão umbilicalmente ligados ao velho do qual continuam tirando todo proveito possível. Nesse sentido, Aécio, Serra, Marina e Campos,na verdade, de novo não têm nada,senão o novo 171 eleitoral do velho continuismo da mesmice tentando ocupar o lugar do Novo de Verdade,que é o HMM-RPL-PNBC-ME.