maio 08, 2015 Air Antunes Angatuba 3
O trato com o meio ambiente pela prefeitura de Angatuba, de 2009 para cá, é degradante e entristece qualquer angatubense que sonha em ver sua cidade destacada pela preservação da natureza, como até já o foi tempos atrás. Além da atual gestão nada produzir em favor do setor ela transita na contramão quando comete as mais graves infrações contra o meio ambiente, como deslocar o material reciclável separado pela população para ser enterrado no aterro sanitário, como foi constatado novamente nesta semana.
O aterro sanitário é um aprimoramento de uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é uma obra de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo resíduos no menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente ou à saúde pública. O aterro sanitário é o local que deve receber resíduos vegetais como cascas e talos, cascas de ovo, folhas, aparas de grama, restos de comida, estrume de animais vegetarianos, etc. Jamais o aterro sanitário é para material reciclável.
Materiais recicláveis são aqueles que após sofrerem uma transformação física ou química podem ser reutilizados no mercado, seja sob a forma original ou como matéria-prima de outros materiais para finalidades diversas. Para reciclar um material é necessário que haja um processo de seleção prévia, isto é separação do lixo comum em papel, plástico, vidro, metal. Do jeito que a prefeitura de Angatuba procede de nada adianta solicitar à população que se empreenda na coleta seletiva, que nada mais é do que um recolhimento de lixo feito seletivamente, um processo que continua com a separação dos resíduos e a efetuação de uma nova triagem em subtipos de materiais para que estes tenham interesse comercial, como por exemplo, os plásticos são separados em o duro ou o mole, os metais em latão ou alumínio. A prefeitura de Angatuba, neste período que já jogou restos mortuários nas margens de um ribeirão, que permitiu o desvio de água que abastece o município, para irrigar terra e servir bois de uma fazenda particular, que já cortou muitas árvores nativas, não lançou reciclável apenas no aterro sanitário, procedimento também flagrado três ou quatro anos atrás, o fez também em outras ocasiões o enterrando em outras áreas do município sob os olhares complacentes de autoridades e outros políticos.
No aterramento de reciclável, como o testemunhado esta semana, observou–se materiais como tênis, tapete de borracha entre outros, papéis de embalagem, papelões e outros restos que deveriam estar armazenados num espaço específico que, inclusive, existe mas sem a organização de outros tempos, quando tratava-se de algo que até gerava renda para alguns munícipes.
Além do disparate cometido em relação ao reciclado, há de se registrar também a condição deprimente que se tornou o aterro sanitário de Angatuba, que em 2006 chegou a ter nota máxima em todo o estado, pela Cetesb, fato igualmente que não é de se estranhar, considerando que o município hoje está classificado na 214ª colocação, no estado, no ranking do Programa Município Verde Azul, da Secretaria Estado do Meio Ambiente, quando em 2008, Angatuba se gabava de ter conquistado o segundo lugar.
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E nós ainda temos o gasto de comprar nos mercados aqueles sacos pretos para separar o orgânico do reciclável, fazíamos isso com muito prazer desde 2004 por que sabíamos que o ambiente precisa dessa ação, mas agora é um desperdício, meu Deus que vergonha vamos mandar isso a algum órgão competente, enfim alguém que tome providências.
Que tristeza.Um desastre ambiental de sérias consequências.E pensar que essa imagem é o retrato fiel do nosso poder Executivo e Legislativo, não é mesmo?
Lastimável….