maio 13, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
STEVIE WONDER– Stevie Wonder, nome artístico de Stevland Hardaway Morris, compositor, cantor e ativista de causas humanitárias e sociais norte-americano. Assinou contrato com a Tamla Records, selo da Motown Records aos onze anos e continua com a mesma até hoje. Gravou mais de trinta sucessos que alcançaram o top ten e ganhou vinte e cinco Grammy Awards, o maior número já ganho por um artista masculino.Ao nascer foi-lhe dado o nome Stevland Hardaway Judkins, depois alterado para Stevland Hardaway Morris. Stevie Wonder nasceu em Saginaw, Michigan, sendo o terceiro dos seis filhos de Calvin Judkins e Lula Mae Hardaway. Devido ao nascimento prematuro, em seis semanas os vasos sanguíneos da parte de trás de seus olhos ainda não tinham chegado na parte frontal e seu crescimento abortado causou o descolamento das retinas. O termo médico para esta condição é retinopatia da prematuridade, e ela pode ter sido agravada pelo oxigênio bombeado para sua incubadora, mas não foi a principal causa de cegueira. Quando Stevie Wonder tinha quatro anos, sua mãe deixou seu pai e se mudou com seus filhos para Detroit. Voltou a ter o nome de solteira, Lula Hardaway e mais tarde mudou o sobrenome de seus filhos para Morris. Morris permanece como o nome legal de Stevie Wonder desde então. Começou a tocar instrumentos muito cedo, incluindo piano, gaita, bateria e baixo. Durante sua infância foi ativo em um coral de igreja. Ronnie White do grupo The Miracles dá crédito a seu irmão Gerald White por persistentemente insistir que ele ouvisse o pequeno Stevie em 1961.Após isso, White levou Stevie e sua mãe até a Motown Records. Impressionado com o jovem músico, o CEO da Motown, Berry Gordy assinou contrato através de um dos selos da Motown, a Tamla Records com o nome de Little Stevie Wonder. Gravou o single, “I Call It Pretty Music, But the Old People Call It the Blues”, que foi lançado pela Tamla no fim de 1961. Wonder lançou seus dois primeiros álbuns, The Jazz Soul of Little Stevie e Tribute to Uncle Ray, em 1962, com pequeno sucesso. Stevie Wonder nasceu em Saginaw, Michigan, em 13 de maio de 1950.
WALDICK SORIANO– Eurípedes Waldick Soriano, cantor e compositor, ícone da música classificada como brega . Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música “Quem és tu?”. Ele se destacava por suas canções sobre dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras e óculos escuros. Seu maior sucesso foi “Eu não sou cachorro não”, que foi regravada em inglês macarrônico por Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como “Paixão de um Homem”, “A Carta”, “A Dama de Vermelho” e “Se Eu Morresse Amanhã”. A posição quase marginal do ritmo “cafona” mereceu uma análise mais acurada e científica, pelo historiador e jornalista Paulo César de Araújo. Intitulado “Eu não sou cachorro, não – Música popular cafona e ditadura militar” , a obra traz, já em seu título, uma referência a este cantor e sua música de maior sucesso. Ali o autor contesta, de forma veemente, o papel de adesista ao regime de exceção implantado a ferro e fogo no Brasil pelos militares, por parte dos músicos “bregas” . Waldick, segundo ele, é um dos exemplos, tendo sua música “Tortura de Amor” censurada em 1974, quando foi por ele reeditada. Apesar de ser uma composição de 1962, o regime não tolerava que se falasse a palavra “tortura”. A revista “Nossa História”, de dezembro de 2005, refere-se ao cantor como “o mais folclórico dos cafonas”. Num dos programas do apresentador Jô Soares, o músico Ubirajara Penacho dos Reis – Bira – declarou que nos anos 60 tocava apenas os sucessos de Waldick. Na sua cidade natal, Waldick sempre foi tratado com certo menosprezo. Aristocrática, Caetité mantinha apenas nas camadas mais populares uma fiel admiração. Ali teve dois de seus filhos, gêmeos, de forma quase despercebida, em 1966. Em meados da década de 90, porém, a cidade teve num político o resgate do filho ilustre. O vereador Edilson Batista protagonizou uma grande homenagem, que nomeou uma das principais avenidas com o nome de Waldick. Pouco tempo depois, o SBT realizava ali um documentário, encenado por moradores locais, retratando a juventude de Waldick, sua paixão pela professora Zilmar Moura, a mudança para o sul. Sílvio Santos aliás, protagonizou com Waldick uma das mais inusitadas cenas da televisão brasileira: no abraço que deram, foram perdendo o equilíbrio até ambos caírem, abraçados, no chão. Ali, então, simularam um affair, provocando hilaridade. Por tudo isto, Waldick Soriano faz-se símbolo, no Brasil inteiro, de um estilo, de uma classe social, e da sua manifestação cultural, pulsante e criativa. Nasceu em Caetité/BA em 13 de maio de 1933 , morreu no Rio de Janeiro em 4 de setembro de 2008.
CHET BAKER– Chesney Henry “Chet” Baker, Jr., trompetista e cantor de jazz norte-americano. ainda bem jovem, passou a integrar em grupos de renome da música americana da época. Os seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso’s Band e com Stan Getz, porém Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird), em 1951, para uma série de apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos. Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, devido aos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou por ter uma vida curta, sustentando-se por menos de um ano. Mas o talento de Chet logo o transformaria num ídolo, por toda a América e pela Europa. Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas etapas: a fase cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico, e a outra, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente. Avesso às partituras, Chet não deixou, entretanto, de integrar as big bands americanas. Era dotado de uma extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. Possivelmente, exerceu grande influência em alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto e Carlos Lyra, embora alguns, como o contrabaixista Sizão Machado, por exemplo, acreditem que a bossa nova é que teria influenciado os músicos americanos – e não o contrário. Para tocar as músicas, Chet apenas pedia o tom. Econômico nas notas (ao contrário de outros trompetistas, como Dizzy Gillespie, que preferiam o virtuosismo), improvisava com sentimento. Certo dia, deram-lhe o tom errado de uma música de propósito, e mesmo assim Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmónico. Valorizava as frases melódicas com notas longas e encorpadas, o que acabou valendo-lhe o rótulo de cool. No começo dos anos 1960, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, instrumento de timbre macio e aveludado. No entanto, a sua gloriosa trajetória na música não lhe rendeu uma vida segura, afastada de problemas. Por causa do seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína (durante suas crises de abstinência, que eram monitoradas por médicos, usava metadona), Chet foi preso muitas vezes. Conta-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas. Este episódio teria-lhe rendido a perda de vários dentes. Para alguns especialistas, as falhas na sua arcada dentária teriam contribuído para prejudicar a sua performance. Contudo, para outros, contraditoriamente, tal fato teria obrigado o músico a enveredar pelas nuances do instrumento, alcançando, deste modo, sonoridades ímpares e inconfundíveis. Em maio de 1983, durante uma de suas inúmeras viagens à Holanda, produziu gravações com o pianista Michael Graillier e com o baixista italiano Ricardo Del Fra, parceiro do baterista brasileiro Afonso Vieira. Em 1985, Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival. A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja (com quem Chet já havia gravado um disco no início dos anos 1980 – Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), pelo baixista Sizão Machado, pelo baterista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. A primeira apresentação, no Hotel Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, foi considerada magnífica por muitos e decepcionante por alguns, mas a apresentação em São Paulo, igualmente tida por alguns como um sucesso e por outros como decepcionante, quase entra para a história do Jazz pela porta dos fundos: depois do espectáculo, já no seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet surripiou a maleta do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam a ser administradas para controlar as crises de abstinência. Chet teve uma overdose e quase morreu. Naquele mesmo ano, em Roma, o trompetista iniciou, com Rique Pantoja, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker (WEA, Musiquim), que terminariam em São Paulo, no ano de 1987. O LP foi um sucesso de crítica. Nasceu em Yale, Oklahoma em 23 de dezembro de 1929, morreu em Amesterdã em 13 de maio de 1988.
happy wheelsjan 31, 2024 0
nov 12, 2023 0
set 24, 2023 0
ago 12, 2023 0