mar 16, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
JOÃO DE DEUS DE CASTRO LOBO– O mineiro João de Deus de Castro Lobo foi um compositor brasileiro ativo no início do século 19. Estudou música no Seminário de Mariana (mg), e ali ordenou-se padre. Foi organista da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência e mestre-de-capela da catedral. Em Vila Rica foi organista junto à Ordem Terceira do Carmo, e atuou ainda como regente de coro e orquestra do Teatro de Ópera. Seu catálogo de obras compreende 23 peças, aproximadamente, entre Matinas, Responsórios Fúnebres e Novenas, e das quais se destacam a “Missa a 8 vozes”, a “Missa em Ré Maior”, as “Matinas de Natal”, todas para solistas, coro e orquestra, além de uma Abertura em Ré Maior para orquestra. Nasceu em Vila Rica/MG em 16 de março de 1794, morreu em Mariana/MG em 26 de janeiro de 1832.
JOSUÉ BORGES DE BARROS- O compositor, instrumentista e cantor baiano Josué Borges de Barros mudou-se em 1904 com o irmão Otaviano para o Rio de Janeiro, com quem formou a dupla Irmãos Barros, que não teve grande duração, com o retorno deste à Bahia. Josué então despertou o interesse da gravadora Columbia, lançando em 1910 sua primeira gravação – uma polca intitulada “Aventureira”. Mais tarde uniu-se a outros dois baianos – Duque (Antônio Lopes de Amorim Diniz) e Arthur Castro numa turnê pela Europa – realizada de modo aventureiro mas que ficou marcada como a primeira excursão estrangeira de artistas brasileiros para divulgar a MPB. A iniciativa fracassou logo em Paris, onde desembarcaram, especialmente por nenhum dos três falar outro idioma além do português. De Paris obtiveram auxílio do consulado brasileiro para retornar ao Brasil mas, numa escala em Lisboa do navio, desembarcaram Josué e Arthur, dispostos a persistirem, já que ali o idioma não seria obstáculo – e acabaram por fazer sucesso na capital portuguesa. Ambos foram mais tarde convidados por um alemão a gravar discos em seu país, partindo então a Berlim onde, pela Decca Records gravaram vários álbuns de músicas variadas. Ali Arthur separou-se do parceiro que, sozinho, não conseguiu manter-se. Josué, boêmio, viu-se forçado a ir novamente para Lisboa, onde obteve auxílio para a volta à Bahia aonde casou-se com Hozana de Barros, prima de Floriano Peixoto, com quem teve três filhos: Zuleika, cantora, Odete e Alberto Borges de Barros (Betinho), violonista e compositor de sucesso, que ficou famoso por introduzir no Brasil o rock’n roll. Em 1928 mudou-se novamente para o Rio, onde teve composições gravadas pelos artistas de sucesso na época. Tornou-se um precursor do gênero da música caipira e, no ano seguinte, conheceu Carmen Miranda, a quem passou a promover, encaminhando-a à Brunswick Records, que acabara de se instalar no país e procurava novos talentos. Ali Carmen gravou seu primeiro disco, com duas composições de Josué. Ainda assim a gravadora não possuía a abrangência da Victor Talking Machine Company, para onde Josué encaminhou a nova cantora, através do seu diretor, Rogério Guimarães, ainda em 1929, sendo contratada finalmente no ano seguinte. Mas é num disco do próprio Josué que a cantora tem uma participação interessante, fazendo o papel de “mulata” e entoando um batuque que Barros compusera inspirado no candomblé. Carmen ainda gravaria outras composições do baiano, até atuarem em parceria na marcha “Por ti estou presa”, com música da cantora e letra de Josué, que integra de modo presente durante sua fase brasileira. Quando a cantora muda-se para Hollywood não rompeu os laços com o amigo e descobridor, ajudando-o e correspondendo-se com ele. Além de Carmen Miranda Barros foi o descobridor do Bando da Lua, na época ainda denominado Bloco de Bimbo e, em 1929, introduziu no país o violão elétrico. Excursionou na Argentina em 1932, junto a Carmen Miranda, Roberto Vilmar, Mário Cabral e o filho Betinho. Com o sucesso naquele país, Barros resolveu ali permanecer, morando com a família em Buenos Aires por seis anos.1 Ao voltar para o Brasil, afastou-se da vida artística. Nasceu em Salvador em 16 de março de 1888, morreu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1959.
JOHN ADDISON– O premiado compositor inglês John Addison ficou conhecido pela música que compôs para alguns filmes, como “Tom Jones”, de 1963 (de Tony Richardson, com quem trabalhou em outros filmes significativos) e pelo qual ganhou um Óscar da Academia, e o filme “Uma Ponte Longe Demais”, de 1977, pelo qual recebeu o prêmio BAFTA. Estudou composição, clarinete, oboé e piano na Royal Academy of Music de Londres. Das suas obras destaca-se o bailado Corte Blanche, um concerto para trompete, e um tratamento moderno da ópera Polly de John Gay. Nasceu em Surrey em 16 de março de 1920, morreu em Bennington, Vermont, em 7 de dezembro de 1998.
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