nov 21, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
MARLENE– Marlene, nome artístico de Victória Delfino dos Santos, cantora e atriz. Foi casada com o ator Luís Delfino. Tendo gravado mais de quatro mil canções em sua carreira, Marlene (junto com Emilinha Borba) foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Sua popularidade nacional também resultou em convites para o cinema (onze filmes depois de Corações sem Piloto, de 1944) e para o teatro (cinco peças após Depois do Casamento, em 1952), tendo também trabalhado em cinco revistas depois de Deixa Que Eu Chuto (1950). Suas atividades internacionais incluíam turnês pelo Uruguai, Argentina, Estados Unidos (onde se apresentou no Waldorf-Astoria Hotel e em Chicago) e França (apresentando-se por quatro meses e meio no Teatro Olympia em Paris, a convite de Édith Piaf, que a vira no Copacabana Palace, no Rio). Também compositora, teve seu samba-canção A grande verdade (parceria com Luís Bittencourt) gravado por Dalva de Oliveira, em 1951. Nasceu na capital paulista, no bairro da Bela Vista, conhecido reduto de ítalo-brasileiros. Seus pais eram italianos, e Victória Bonaiutti de Martino era a mais nova de três filhas. Ela herdou o nome do pai, que morreu sete dias antes de seu nascimento. A viúva, Antonieta, não se casou novamente, e criou sozinha as filhas, dando aulas de alfabetização no Instituto de Surdos e Mudos de São Paulo e como costureira. Devota da Igreja Batista, internou a filha mais nova no Colégio Batista Brasileiro, cujas mensalidades foram dispensadas em troca de serviços prestados ao colégio, como arrumação dos quartos. Marlene estudou ali dos nove aos quinze anos, destacando-se nas atividades esportivas, assim como no coro juvenil da igreja. Ao deixar o colégio, foi cursar a Faculdade do Comércio, situada na Praça da Sé, com o objetivo de se tornar contadora. Na mesma época, emprega-se, durante o dia, num escritório comercial. É quando começa a participar de uma entidade de estudantes, recém formada, a qual passa a dispor de um espaço na Rádio Bandeirantes, a Hora dos estudantes, programa em que seria cantora. Foi quando seus colegas estudantes, por eleição, escolheram seu nome artístico, em homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich. Nasceu em São Paulo em 22 de novembro de 1922, morreu no Rio de Janeiro em 13 de junho de 2014.
BENJAMIN BRITTEN– Edward Benjamin Britten, Barão Britten de Aldeburgh, compositor, maestro, violetista e pianista britânico. Nascido no condado de Suffolk, à beira-mar, o seu caráter costeiro reflete-se em muitas das suas obras. Britten iniciou-se na música desde cedo, talvez influenciado pelos seus pais, praticantes amadores. Aos 14 anos teria já composto dez sonatas em piano e seis quartetos de cordas, não excluindo um oratório e um poema orquestral intitulado Chaos and Cosmos (o Caos e o Cosmos). A sua educação passou, como era normal na época, por uma escola particular local, e mais tarde pela Escola Gresham, de boa reputação a nível nacional, em Holt, no condado vizinho de Norfolk. Aos 10 anos impressiona-se ao ouvir uma interpretação de The Sea («O Mar»), de Frank Bridge, com quem teria lições de composição três anos depois. A influência de Bridge na vida de Britten foi patente: durante toda a sua vida Britten se referia a ele com grande afecto e respeito. Depois da escola, o conservatório: o Colégio Real de Música, em Londres, de onde não guardou recordações felizes, conforme declarou em 1961. Ali, seus professores foram John Ireland, em composição, e Arthur Benjamin, em piano. Britten faz, entretanto, projectos para ir estudar com Alban Berg, em Viena, não chegando, no entanto, a concretizar-se, provavelmente pela desaprovação do Colégio. Seria aqui que Britten captava a atenção do público, ao interpretar uma das suas partituras estudantis, a Sinfonietta (Op. 1), por insistência de Adrian Boult. Nasceu em Lowestoft em 22 de novembro de 1913, morreu em 4 de dezembro de 1976.
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