mar 29, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
JESSÉ –Jessé Florentino Santos era o nome completo do cantor e compositor niteróiense Criado em Brasília começou sua carreira em São Paulo, atuou como crooner em boates. Depois, integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa, animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 70, também chegou a gravar em inglês com o pseudônimo de Tony Stevens. Foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música “Porto Solidão” (Zeca Bahia/ Ginko), seu maior sucesso, ganhando prêmio de melhor intérprete. Em 1983, ganhou o XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana) (OTI) realizado em Washington, com os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para “Estrelas de Papel” (Jessé/ Elifas Andreato). De voz muito potente, no decorrer de sua carreira Jessé gravou 12 discos (como os álbuns duplos “O Sorriso ao Pé da Escada” e “Sobre Todas as Coisas”) mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Nasceu em Niterói/RJ, em 25 de abril de 1952, morreu em Ourinhos/SP, em 29 de março de 1993.
CARL ORFF– O compositor alemão Carl Orff é mais conhecido por “Carmina Burana” (1937), uma cantata encenada. É a primeira de uma trilogia intitulada “Trionfi”, que também inclui “Catulli Carmina” e “Trionfo di Afrodite”. Essas composições refletem seu interesse pela poesia medieval alemã. É descrita pelo compositor como “a celebração de um triunfo do espírito humano pelo o balanço holístico e sexual”. O trabalho foi baseado no verso erótico do século 19 de um manuscrito chamado Codex latinus monacensis, encontrado num mosteiro da Baviera em 1803 e escritos pelos goliardos. Apesar de moderno em algumas de suas composições, Orff soube capturar o espírito da era medieval em sua trilogia. Os poemas medievais foram escritos em uma forma arcaica de alemão e latim. Com o sucesso de Carmina Burana, Orff abandonou todos os seus trabalhos anteriores, exceto por “Catulli Carmina” e “En trata”, que foram reescritos até serem reaceitos por Orff. Como fato histórico, “Carmina Burana” é provavelmente a peça mais famosa da Alemanha nazi. Foi tão popular que Orff recebeu subsídios em Viena para compor uma música para Sonho de uma Noite de Verão, a fim de substituir a música banida de Mendelssohn. Orff relutava em denominar seus trabalhos simplesmente como óperas. Por exemplo, ele designou “Der Mond” (ou A lua em língua alemã) (1939) como “Märchenoper” (ou Ópera de conto de fadas). “Die Kluge” (A mulher sábia) (1943) também se incluía na mesma categoria, segundo ele. Em ambas as composições existe o mesmo som medieval ou atemporal, sem copiar os idiomas musicais do período. Sobre “Antígona” (1949), Orff alega que não era uma ópera, mas sim uma configuração musical de uma tragédia arcaica. O texto é uma excelente tradução para o alemão, por Friedrich Hölderlin, da peça de Sófocles do mesmo nome. A orquestração depende muito da percussão, mas é simples. Foi definida por muitos como minimalista, em razão da linha melódica da obra. A história da caça de “Antígona” é similar à de Sophie Scholl, heroína da “Rosa Branca”. O último trabalho de Orff, “De Temporum Fine Comoedia” (Uma peça para o final dos tempos), teve sua apresentação no festival de música de Salzburgo em 20 de agosto de 1973, executada por Herbert von Karajan com a Orquestra Sinfônica e de Coro de Colônia. Contudo, a sua maior contribuição se situa na área da pedagogia musical, com o Método Orff de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até a data do seu falecimento. Nasceu em Munique, em 10 de julho de 1895, morreu em Munique em 29 de março de 1982.
MAURICE JARRE– O compositor francês Maurice Jarre ficou famoso por compor a trilha sonora de grandes sucessos de bilheteria, foi vencedor de três Oscars, quatro Globos de Ouros, dois BAFTA, GRAMMY, ASCAP. Possui uma estrela na calçada da fama em Hollywood Boulevard. Além de suas composições para cinema e teatro também compôs ballets, concertos, óperas e cantatas. É pai do famoso compositor de música eletrônica Jean Michel Jarre. Sua carreira musical ganhou impulso quando em 1961, o produtor Sam Spiegel o indicou para trabalhar com David Lean em seu filme “Lawrence da Arabia”. Incialmente a música deste filme seria composta por três compositores, sendo que por vários motivos o trabalho ficou totalmente nas mãos de Jarre, o que lhe rendeu o Oscar de melhor trilha sonora. Depois deste filme, veio a colaborar em mais três filmes de David Lean: “Doutor Jivago”, “A filha de Ryan” e “Passagem para a India”. Dois destes filmes também lhe renderam o Oscar e popularidade, tanto que já estava cotado para compor a trilha de outro filme do diretor, intitulado “Nostromo”, porém Lean morreu antes de chegar a produzí-lo. Maurice Jarre costumava utilizar muita percussão em suas trilhas, chegando a incluir instrumentos étnicos como a cítara em “Lawrence of Arabia”, ou a fujara em “A Tin Tambor”. Nos anos 1980 incluiu arranjos eletrônicos em sua música, e chegou compor uma trilha totalmente eletrônica para o filme “O ano em que vivemos em perigo”. Nasceu em Lyon, em 13 de setembro de 1924, morreu em Los Angeles em 29 de março de 2009.
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