ago 03, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
LOUIS ARMSTRONG- Louis Daniel Armstrong, Cantor, compositor, instrumentista, trompetista, cornetista, saxofonista, escritor, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, artista plástico, ator, tenor, maestro e ativista político e social norte-americanon, considerado “a personificação do jazz”. Aos vinte anos, já conseguia ler partituras e começou a tocar grandes e prolongados solos de trompeta, sendo um dos primeiros Jazzmen a fazê-lo e introduzindo a sua personalidade e estilo nos seus solo turns. Ele acabara de aprender como criar um som único, e começara a cantar nas suas performances. Em 1922, Armstrong foi para Chicago, por convite de Joe “King” Oliver, para se juntar à sua “Creole Jazz Band” onde ganhava o suficiente sem ter de atuar nos velhos clubes noturnos. Chicago, a cidade do vento, estava povoada de muitos negros, que após trabalharem nas fábricas, tinham algum dinheiro para gastar numa ida ao bar. Armstrong viveu em Chicago no seu próprio apartamento, com a sua própria casa de banho privada (a sua primeira). Entusiasmado de se encontrar nesta cidade, começou a escrever cartas nostálgicas aos seus amigos em Nova Orleães. À medida que a carreira de Armstrong crescia, ele era desafiado a “cutting contests” (competições nas quais um músico tenta roubar o emprego do outro tocando melhor do que ele) por hornmen tentando acabar com o novo fenómeno. No entanto, falharam. Armstrong fez as suas primeiras gravações nas Gennett e Okeh labels (os recordes de jazz estavam a começar a rebentar por todo o país), incluindo alguns solos e breaks, enquanto segundo trompete na banda de Oliver em 1923. Por esta altura, ele conheceu Hoagy Carmichael (com quem ele colaboraria depois) que foi introduzida por Bix Beiderbecke, seu amigo, que agora possuía a sua “Chicago band”. A sua segunda mulher, a pianista Lil Hardin Armstrong, fez com que Armstrong desenvolvesse o seu novo estilo afastado de Oliver. Ela convenceu o seu marido a tocar música clássica nas igrejas, para aperfeiçoar o seu estilo e a experimentar a tocar sem banda, além dos solos, e com coral religioso. A influência de Lil determinou eventualmente a relação entre Armstrong e o seu mentor, especialmente as questões do salário e dos dinheiros adicionais que Oliver afastava dele e dos outros membros da banda. A banda desfez-se em 1924 e Armstrong foi convidado a ir à cidade de Nova Iorque para tocar com a Fletcher Henderson Orchestra, a banda Américo-Africana de mais sucesso naquele período. Louis aprendeu como tocar em orquestra pela primeira vez. Armstrong rapidamente adaptou-se ao mais controlado estilo de Henderson e os outros músicos rapidamente tomaram Armstrong como um músico emocional e natural. Durante esta altura, Armstrong efectuou várias gravações, arranjadas por um seu velho amigo de Nova Orleães, o pianista Clarence Williams, estas incluíam concertos de banda Williams Blue Five (na qual Armstrong entrava), alguns solos de jazz e uma série de acompanhamentos com tocadores de Blues, incluindo Bessie Smith, Ma Rainey e Alberta Hunter. Armstrong regressou a Chicago em 1925 devido à sua mulher, que queria incentivá-lo a prosseguir com a sua carreira. Ele gostou muito de Nova Iorque e admitiu que a Henderson Orchestra era bastante limitada. Ele começou a fazer gravações com o seu próprio nome com os famosos Hot Five e Hot Seven, produzindo grandes êxitos como Potato Head Blues, Muggles (uma referência à marijuana) e West End Blues. O grupo incluia Kid Ory (trombone), Johnny Dodds (clarinete), Johnny St. Cyr (banjo), a mulher de Armstrong e, normalmente, nenhum tamborista. Sobre Armstrong, St. Cry disse: “One felt so relaxed working with him…he always did his best to feature each indidual” (“Todos relaxavam ao trabalhar com ele…ele fazia sempre o seu melhor para realçar cada um dos membros da banda.”) As suas gravações com o pianista Earl “Fatha” Hines e a introdução de Armstrong em West End Blues permanecem as mais famosas influências na história do Jazz. Armstrong era agora livre para desenvolver o seu estilo pessoal como ele quisesse. Armstrong também tocou com “Erskine Tate’s Little Symphony”, no teatro de Vendome. Eles forneceram música para filmes mudos e shows ao vivo, incluido versões de música clássica “jazzeadas” entre as quais Madame Butterfly, o que proporcionou a Armstrong experiência com novos tipos de música e actuações perante uma grande audiência. Tornaram-se a banda de Jazz mais famosa na América. Após separar-se de Lil, Armstrong começou a tocar no café Sunset para Joe Glaser, um associado de Al Capone. Na Carrol Dickerson Orchestra, com Earl Hines no piano, que rapidamente foi transformada na Louis Armstrong’s Stompers, Armstong fez amizade vitalícia com Hines e dirigiu, pela primeira vez, um grupo musical. Armstrong regressou a Nova Iorque em 1929, onde ele tocou na orquestra do musical Hot Chocolate e fez uma partipação especial na banda de Charles John Degoniah. Ele começou a trabalhar no Connie’s Inn em Harlem, o segundo clube nocturno mais famoso da Grande Maçã. Armstrong teve também um sucesso considerável com as gravações vocais, incluindo versões das famosas músicas compostas pelo seu velho amigo Hoagy Carmichael. As suas gravações de 1930 ganharam vantagem total devido ao “ribbon microphone” (microfone de peito) sobre todas as outras gravações de bandas da época, com menos qualidade. A mais famosa foi: “Stardust”, que até hoje permanece uma das gravações com mais lucro de Armstrong. A Depressão dos anos 30 atacou de forma violenta o jazz. Bix Beiderbecke faleceu e a banda de Fletcher Henderson dispersou-se. Muitos músicos deixaram de tocar nos clubes nocturnos e alguns deixaram mesmo de ser músicos. King Oliver fez algumas gravações mas não tiveram êxito nenhum. Sidney Bechet tornou-se alfaiate e Kid Ory regressou a Nova Orleães para criar galinhas. Armstrong deslocou-se para Los Angeles em 1930 à procura de novas oportunidades. Ele tocou no New Cotton Club em L.A. com Lionel Hampton nos tambores. Em 1931 Armstrong apareceu no seu primeiro filme: Ex-Flame. Ele regressou a Chicago em Dezembro de 1931 e tocou nas bandas de Guy Lombardo e Raphael Minsby onde foi relembrado pelo público. Viajou por quase todos os estados e em Março de 1934 regressou a Nova Orleães, onde foi recebido como um herói. Ele patrocinou uma equipa de basquetbol local, “Armstrong’s Secret Nine”, e deram-lhe o seu nome a um tipo de cigarro. Mas pouco tempo depois, ele regressou à estrada e foi novamente esquecido, o que fez com que ele fugisse para a Europa. Após regressar aos E.U.A., ele tomou várias longas e exaustivas digressões. O seu agente, Johnny Collins, fez com que Armstrong ficasse com pouco dinheiro. Ele despediu-o e contractou Joe Glaser, que resolveu as suas dividas e os seus processos. Ele regressou ao cinema e participou num programa de radio, Rudy Valley’s Show, em que ele entrevistou muitos músicos e tocou alguns solos. Divorciou-se de Lil em 1938 e casou com a sua nova namorada, Alpha. Após muitos anos na estrada, ele fez residência em Queens, Nova Iorque, em 1943 com a sua quarta mulher, Lucille. Apesar de alguns ataques racistas (roubar o correio, atirar pedras à casa) integrou-se com os negros e alguns brancos do seu bairro. Durante os trinta anos seguintes da sua vida, Armstrong tocou inúmeros solos e com inúmeras bandas, participou de filmes. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Em 1967 gravou What a Wonderful World. Armstrong trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971. Nasceu em Nova Orleans em 4 de agosto de 1901, morreu em Nova York em 6 de julho de 1971.
happy wheels
jan 31, 2024 0
nov 12, 2023 0
set 24, 2023 0
ago 12, 2023 0