Prefeito Nícolas falando de defendendo na Câmara no início da semana
Qualquer político que assume um cargo eletivo, seja nos âmbitos nacional, estadual ou municipal, está passível de ser questionado, afinal de contas quem lida com a administração dos bens públicos, com a aplicação correta dos impostos que o cidadão paga, tem que ser avaliado sob os mais variados pontos de vistas, honestidade, competência, transparência e a relação com a comunidade. O prefeito, no caso, seja de qual partido for, jamais pode reclamar dos questionamentos pois isso faz parte da democracia, ninguém entre aqueles que optaram por ser uma pessoa pública, dirigente de uma prefeitura ou um representante do legislativo, pode reclamar das críticas, das pressões originadas dos munícipes ou dos partidos oposicionistas, mas, por outro lado , aqueles que se prestam a desempenhar uma oposição ao governo municipal vigente tem que fazê-lo de maneira responsável e visando tão exclusivamente o bem da população. Supostamente se opor com vistas às próximas eleições isso não é praticar política, mas sim politicagem. Se opor como forma de tão somente ridicularizar o administrador público ou vereador não tem sentido nenhum, não ajuda em nada o desenvolvimento da cidade, muito pelo contrário.
Referindo-se ao plano local, Angatuba, vimos recentemente processos tentando derrubar o prefeito Nícolas Basile Rochel (Republicanos), algo que nos faz pensar que seja uma forma de alavancar o retorno do grupo político que esteve à frente da administração municipal entre 2009 a 2016, a mesma legenda política que no período não aceitava questionamentos de partidos opositores e tentava impor um “cala boca” ao “Jornal de Angatuba” e ao blog “Onda 21” (órgãos bastante combativos) com processos e mais processos contra o editor de ambos, mesmo este tendo como base para seus escritos fontes como Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Tribunal de Contas do Estado entre outras fontes fidedignas. Com relação aos processos contra o prefeito Nícolas, não há como caracterizar as denúncias dentro de um plano que não seja o modelo politiqueiro, a intenção exclusivamente de abrir caminho para o grupo tucano que, aliás, deixou sequelas que comprometeram consideravelmente as administrações posteriores e em consequência o desenvolvimento do município, tanto que o então prefeito foi julgado e mesmo obtendo o maior número de votos nas eleições de 2020 nem foi diplomado, ficou inelegível, e Angatuba precisou realizar nova eleição em outubro de 2021.
Embora a administração tucana ,a de Carlos Augusto Calá Turelli, que ficou caracterizada por uma glamourização econômica, vide os megashows dos aniversários da cidade, a ostentação material de prefeito e principais assessores e custos exorbitantes com bancas advocatícias, tenha deixado sérios problemas para os administradores que vieram depois, ela se manteve assoberbadamente fortalecida diante de uma espécie de medo, receio, podemos dizer assim, de seus opositores, como vimos na administração de Luiz Antônio Machado quando se evitava citar o nome do ex-prefeito até mesmo em páginas da prefeitura sendo que para explicar determinadas situações era imprescindível citar Calá que, por sua vez, ganhava até simpatia de alguns secretários incluindo os “importados” de Itapetininga. O prefeito interino, João Damasceno dos Santos (Republicanos), o Maceninho, muito menos falaria contra, nem para explicar as sequelas que também presenciou no ano que foi chefe de executivo tampão, ainda mais tendo ele apoiado a tia de Calá, para prefeita, na eleição suplementar de 2021. Nícolas, por sua vez, ao se defender das recentes denúncias contra ele, pela primeira vez foi enfático contra a administração de Calá, até então primava por uma diplomacia que não fazia sentido considerando os males herdados daquela época que ainda são pedras no caminho.