Embora o prefeito de Angatuba, Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB), viva atribuindo ao Governo Federal o desequilíbrio de sua gestão, algo que ele o faz mais por razão partidária do que por sã consciência, é interessante salientar que desde 2010 as prefeituras passaram a receber montantes proporcionalmente muito maiores do que nas gestões anteriores. Mesmo havendo queda na arrecadação qualquer prefeitura recebe, atualmente, muito mais do que de 2008 para trás. Em 2016, a soma das transferências de recursos do Governo Federal para Angatuba, valor calculado até o início de maio, é de R$ 6.055.177,67, um montante que se aproxima ao recebido em 2006, no ano todo, por exemplo, que foi de R$ 7.394.575,97. Em 2016 o valor geral não deverá ser muito diferente aos dos três anos anteriores, que foram assim distribuídos: em 2015: R$ 24.685.981,70; em 2014, R$ 24.172.904,77; em 2013, R$ 20.139.736,70. Somando os três anos chega-se ao valor de R$ 68.998.623,17.
O munícipe angatubense poderá perguntar para onde vai todo esse dinheiro, levando-se em conta ainda que o município tem recebido soma superior, anual, também do ICMS, do governo do Estado, alguma coisa que ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões em cada exercício anual. É o que todos querem saber, uma vez que não se vê reclamação alguma do prefeito e de seus assessores para a promoção das milionárias festas do peão. O Governo Federal só vem à tona em suas lamúrias (do prefeito e seu grupo) quando justificam a miséria que tornou-se a saúde pública local, entre tantos outros desfrutes administrativos da atual administração. Também, ao que se vê não existe reclamação alguma quando se trata da ostentação da equipe do prefeito. Lá no ano de 2006 quando qualquer assessor da prefeitura ia trabalhar à pé, ou no máximo de carro compatível com sua real situação financeira, não havia reclamação alguma contra o que era recebido de Brasília, ao contrário dos dias atuais quando assessores constroem ranchos paradisíacos na beira do rio, compram imóveis locais e em municípios vizinhos, veículos de luxo, gados, etc.
Bom salientar que além das transferências financeiras acima elencadas, o Governo Federal também viabilizou ao município máquinas, ônibus, caminhões, etc. Sem falar ainda em convênios que permitiram a Angatuba, na gestão de Calá, a construir creches, postos de saúde, pavimentações e o núcleo habitacional Minha Casa, Minha Vida. E jamais pode ser esquecido que é federal o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que permite a distribuição, através da prefeitura, de alimentos (frutas, verduras e legumes) para a população. Por sua vez, o prefeito, sobre tudo isso que recebe, quando lhe é possível sempre atribuiu os méritos a si próprio e nunca para o Governo Federal.
Cadê o dinheiro ? Em quais obras ou serviços ou bens foram investidos ?