Estudo recente do Banco Mundial mostrou que o Programa Bolsa Família empreendido no Brasil impacta não só seus beneficiários, mas também a economia local, causando resultados positivos, por exemplo, no consumo, na geração de empregos, no número de contas bancárias e na arrecadação de impostos. De acordo com a pesquisa, no valor em dólares, a cada US$ 1 investido, o programa devolve US$ 2,16 para a comunidade local. No caso, em Angatuba, citando apenas o repasse federal recebido, em fevereiro que passou, este somou o valor de R$ 1.162.274,00, recurso que atendeu a 1705 famílias, 4570 pessoas beneficiadas numa média de R$ 681,69. Um fator importante a ser referido é o de que o beneficiário do Bolsa Família é aquele que gasta apenas no comércio local, ao contrário de inúmeros outros munícipes que vão gastar nas cidades vizinhas, no caso de angatubenses quase sempre em Itapetininga, ou Sorocaba, com a justificativa de que aproveitam para passear no shopping ou assistir a uma sessão de cinema. Em Angatuba, geralmente os mercadinhos de bairros são movidos quase sempre pelo recurso proveniente de quem recebe o Bolsa Família, mesmo que à base da cadernetinha de fiado que vai ser acertado no início do mês seguinte.
Elogiado em todo mundo, até com a possibilidade de ser adotado pelo Japão, como o governo daquele país chegou a cogitar anos atrás, o Programa Bolsa Família é uma das principais iniciativas de assistência social do Brasil, criado em 2003 durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquela gestão. Ele tem como objetivo principal combater a pobreza e a desigualdade social, proporcionando condições mínimas de subsistência para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade econômica. O Bolsa Família funciona como um programa de transferência de renda direta, em que famílias de baixa renda recebem benefícios mensais que variam de acordo com a composição familiar e a renda per capita. Para ingressar no programa, as famílias precisam atender a critérios estabelecidos pelo governo, como ter renda mensal per capita abaixo da linha de pobreza e manter seus filhos matriculados na escola e com frequência escolar regular.
Comerciantes, empresários de Angatuba, que detonam o governo que eles chamam de “comunista”, do “luladrão”, enquanto que considerável soma proveniente de benefícios sociais chega diariamente à suas caixas registradoras, talvez não saibam que além do aspecto financeiro, o Bolsa Família também promove a inclusão social por meio do acesso à educação e à saúde, fator impensado por governo de extrema direita. Por exemplo, as famílias que participam do programa devem cumprir compromissos relacionados à frequência escolar de seus filhos, garantindo que as crianças e adolescentes estejam matriculados e frequentando regularmente as aulas. Era quase certo que tudo isso seria minado gradativamente até à uma extinção, caso o candidato da extrema direita tivesse sido reeleito, este mesmo que em seu governo só atuou em favor de uma classe dominante contrária aos programas sociais e à ascensão daqueles que se encontravam abaixo da linha da pobreza.
Nunca é demais reiterar que ao longo dos anos, o Bolsa Família tem sido amplamente reconhecido como uma política pública eficaz na redução da pobreza e na promoção da inclusão social. Estudos mostram que o programa contribuiu para a melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros, proporcionando-lhes maior acesso a alimentos, educação e serviços de saúde. Em suma, o Programa Bolsa Família desempenha um papel crucial na luta contra a pobreza e na promoção da inclusão social no Brasil, representando um importante instrumento de proteção social para milhões de famílias em todo o país.