Angatuba passou a ter esse nome apenas em 1908, até então a localidade chamava-se Espírito Santo da Boa Vista e, assim, também, tinha sua Casa de Leis, sua Câmara municipal. Este site além de noticiar fatos atuais, como é natural, também permeia o passado dos mais longínquos desta cidade, assim como o faz em relação a sessão ordinária de 1902, uma que aprovou nomeações de secretário, coletor e fiscais.
A sessão ordinária em questão foi a de 13 de janeiro de 1902. Reunidos no Paço (assim chamava-se o plenário) da câmara municipal do Espírito Santo da Boa Vista. Integravam a câmara o presidente Domingos Monteiro de Carvalho; vice-presidente, Benedicto Soares Hungria; o intendente vereador João Baptista da Silveira Neves; os vereadores Antônio Rolim Júnior, Benedicto Theotônio da Silva e Félix de Albuquerque Rolim.
A sessão começava às 11 horas, período matutino.
O intendente deu início à sessão, declarando que, de acordo o artigo 4 da Lei número 3 de 22 de abril de 1901, estavam sendo nomeados o secretário da Câmara (não o da Mesa, como é hoje o vereador), um coletor e dois fiscais. Explicou que, com o acordo, “ficam conservados os mesmos cidadãos que seus cargos exercem”. Para secretário da Câmara foi nomeado Benedicto Pinto de Mello; para coletor, João Satyro de Almeida Leme; para fiscal com atuação “na Villa”, Elias Propheta Ribeiro e, para fiscal com atuação no Bom Retiro, Jesuíno Prestes de Lima. De acordo a Ata “O atual secretário, depois de ter sido aprovado por unanimidade de votos, as negociações supra declaradas , prestou o necessário compromisso….”
No transcorrer da sessão, foi apresentada uma petição do cidadão José Pompeu, pedindo a sua nomeação para o cargo de professor no bairro Arealzinho (procedimento que passava pelos vereadores naquela época). Para este pedido houve o seguinte despacho: “Aguarda publicação via primeira (com certeza a próxima ) sessão dessa comissão”.
Logo após foi apresentada petição do cidadão Miguel Abrahão, solicitando “licença por seis meses para negociar nesta Villa”, alegando que por doença não podia pagar o imposto pelo tempo de um ano”. Para esse pedido, o despacho : “junte atestado do Juiz da Paz, provando o serviço e aguarde resolução para a primeira (próxima) sessão”.
Na foto acima, Angatuba em 1915 a rua do Comércio, atualmente rua Tenente José Marco de Albuquerque.