O governador do Estado, Geraldo Alckmin, através do Decreto nº 61.051, de 12 de janeiro de 2015, autorizou a Fazenda do Estado a permitir o uso “a título precário e gratuito por prazo indeterminado” pelo município de Angatuba, do imóvel localizado na rua Antônio Bento Rodrigues, n° 1.299, mais especificamente o antigo prédio da delegacia de polícia e cadeia pública. O imóvel com 885,00 m2 de terreno e 417,33m2 de área construída, será destinado pela prefeitura à Guarda Municipal, órgão que já está usando o prédio faz algum tempo.
Com a efetivação determinada por este decreto, a criação do Centro de Memória no local fica adiada sabe-se lá por quanto tempo. O prédio, construído em 1921, foi sede da delegacia de polícia e cadeia pública desde aquela época até no início deste século e já é tombado como patrimônio histórico. O Centro de Memória, que posteriormente passaria a ser uma fundação, é uma idealização da professora doutora Maria Aparecida de Morais Lisboa com apoio da Unicamp e Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
O Centro de Memória teria como objetivo promover e integrar estudos e pesquisas interdisciplinares voltados à reconstrução da memória histórica e sóciocultural de Angatuba e região. Instigante defensora da preservação da memória do município, a professora Maria Aparecida vem a tempos batalhando por esse espaço histórico cultural e tudo levava a crer que daria certo, inclusive o prefeito Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB) havia garantido seu apoio. No entanto, não houve progresso no desenvolvimento da iniciativa e tudo leva a crer que faltou empenho da prefeitura até por conta da professora ser irmã do ex-prefeito José Emílio Carlos Lisboa (PMDB), ele que administrou o município em quatro gestões.
Também existe o fato da administração Calá não ter qualquer interesse pela cultura, setor que praticamente deixou de existir na sua gestão. A Casa da Cultura, que abriga a Biblioteca Municipal Deputado Araripe Serpa, por exemplo, vive em total abandono, o Espaço Cultural que existia deixou de ser usado pela prefeitura, projetos culturais voltados para a música, cinema e artes plásticas deixaram de existir tão logo assumiu o grupo tucano que se gaba de fazer uma das mais suntuosas festas do peão da região, em detrimento de uma educação que se tornou decadente, uma saúde que é um fracasso total e um meio ambiente que chegou a ser segundo lugar no ranking estadual e que recentemente foi rebaixado para a 218ª colocação.
2 thoughts on “Decreto de Alckmin autoriza o uso de prédio pela Guarda Municipal de Angatuba e Centro de Memórias é adiado”
Profª Drª Maria Aparecida Mohttp://onda21.com.br/category/regiao/rais Lisboa
Estamos vivendo numa espécie de “CAVERNA PLATÔNICA”, na qual, sem acesso aos bens culturais, à história do nosso povo, à memória dos nossos antepassados, enfim, alheios`a nossa identidade…tomamos SOMBRAS POR REALIDADE.
No BRASIL de hoje só resta ao cidadão brasileiro : lamentar… Lamentar…lamentar… Não há eco em nenhum setor seja ele da política, da educação, da economia….As poucas vozes que se levantam, sequer são ouvidas!
Estamos vivendo numa espécie de “CAVERNA PLATÔNICA”, na qual, sem acesso aos bens culturais, à história do nosso povo, à memória dos nossos antepassados, enfim, alheios`a nossa identidade…tomamos SOMBRAS POR REALIDADE.
Que pena! Que pena!
No BRASIL de hoje só resta ao cidadão brasileiro : lamentar… Lamentar…lamentar… Não há eco em nenhum setor seja ele da política, da educação, da economia….As poucas vozes que se levantam, sequer são ouvidas!