out 24, 2014 Air Antunes Angatuba 1
As eleições gerais sempre fomentam uma rivalidade maior no município. Adversários caseiros medem seus prestígios baseados nas votações que tiveram em nível local seus cantidatos, de deputado estadual e presidente da República. Em Angatuba não é diferente. No caso das eleições, no primeiro turno, realizadas em 5 de outubro, dentre as mais variadas avaliações constatou-se que o grupo do PSDB local, do prefeito Carlos Augusto Calá Turelli, com suas ramificações “ideológicas”, apresentou desempenho fraco, aquém do que se esperava, nada compatível com o conteúdo do agradecimento feito pelas ruas da cidade em alto e bom senso dias depois.
O corporativista vice-prefeito João Luiz Meira (PSDB) botou seu bloco na rua, digo, carro, agradecendo a população pela “fantástica” votação de seus (tucanato) candidatos. No discurso rodante argumentou, sobre um número superior a sete mil, o reconhecimento do eleitorado à administração do PSDB local iniciada em 2009. Na mesma medida que Meira tem direito de discursar pelas ruas existe o direito de quem pode contestá-lo em seus números.
Destaca-se que as votações obtidas pelos candidatos majoritários (presidente e governador) do PSDB não são méritos algum dos tucanos angatubenses. O PSDB aqui, como o de toda região e em grande parte do estado, venceu os adversários, algo que tornou-se comum no estado de São Paulo de 1994 para cá, faltando água ou não, roubando ou não o dinheiro do metrô. Em Angatuba, dos anos 90 para cá, inclusive quando o município foi administrado pelo PMDB, o PSDB venceu e, em algumas ocasiões, com números tão significativos como 2014. Só não houve vitória tucana para presidente em 2002. Para governador, de 94 para cá, o PSDB perdeu em Angatuba apenas em 1998.
No caso das eleições para deputado,federal e estadual, em 2014, algumas considerações devem ser feitas. O candidato a deputado federal Guilherme Mussi (PP), de uma sigla que em nível federal faz parte da base do PT, com todo o gasto feito, há quem diga que superou os R$ 200 mil apenas em Angatuba, teve uma chorada votação de 2.701, provavelmente não apenas ao custo do discurso, como é ventilado, mas isso é outra história. Mussi, gastando ou não, fez sua campanha de forma particularizada, instalou comitê e sua assessoria coordenou equipe. Independentemente se ele é atrelado ao prefeito ou não, teria a votação que teve. Da mesma forma ocorreu com o candidato a deputado estadual Edson Giriboni, que teve como principal cabo eleitoral em nível local Pedro das Dores Hergesel (PV), o Saci, ex-vice-prefeito (2009/2012).
Depois de Mussi e Giriboni, os candidatos melhores votados não eram do grupo de apoio do prefeito. Para federal, segundo mais votado foi Toninho da Angavel (Psol), morador de Angatuba, com 963 votos, nada a ver com o prefeito até nos dias de hoje. Na sequência, Ricardo Izar (PSD) contou com o apoio do presidente do PMDB local Júnior Palmeirense, assim como dos militantes Brás Rochel e Pedrinho da Ótica. Seguindo, Hamilton Pereira (PT), 800 votos. Samuel Moreira (PSDB), ex-prefeito de Registro, obteve 508 votos, mas sua votação aqui veio atrelada à campanha do candidato a deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) que também fez sua campanha desatrelada do grupo do prefeito, e ainda trata-se de um político com considerável laço de parentesco em Angatuba.
Tido como do grupo do prefeito o melhor votado nesta condição surgiu o denominado missionário Olimpio com 445 votos. Ora, mas este é um que obteve votos em Angatuba também pelo fato de ser “fiel” da igreja neopentecostal Mundial. Depois do missionário eis que surgiu Celso Russomano com 364 votos que, com certeza, se devem pelo fato dele ser apresentador de televisão. Na sequência o itarareense João (Transpen) Fadel obteve 351 votos; no município alguém do grupo do prefeito fez sua campanha, porém alguns eleitores que votaram o fizeram simplesmente por reconhecê-lo como um nome da região. Após Fadel , surgiu Antonio Goulart contando com o apoio tímido do ex-prefeito José Emílio Carlos Lisboa, entre outros. Tiririca, com 243 votos, como se sabe, os obteve através de sua arte de fazer palhaçadas via o popularesco televisivo. Jefferson Campos obteve 223 votos por causa dos fiéis da Igreja do Evangelho Quadrangular. O ex-prefeito de Itu, Herculano Passos obteve 202 votos, fez sua campanha também de forma particularizada, não dependendo de apoio oficial locail. Eli Correa Filho, considerado candidato do grupo que contou com apoio do prefeito e de seu grupo, obteve apenas 34 votos. O tão “chegado” da administração Bruno Covas, que até a pouco vivia sendo fotografado com prefeito, vice e vereadores , teve apenas 15 votos em Angatuba. Milton Monti, que estava na lista de quem o prefeito agradeceu por “colaborar” com o município teve 109 votos, no entanto não se viu gente da administração trabalhando com afinco para ele; com 197 votos no município, o ex-prefeito de Sorocaba conquistou 197 votos em Angatuba, com certeza não foi por causa de cabo eleitoral local algum. Alex Manente que até está na lista de quem vai receber título de cidadão angatubense, não se sabe quando, teve 10 votos; Arnaldo Jardim, 11.
Entre os candidatos a deputado estadual, o segundo mais votado no município (o primeiro mais votado foi Giriboni) nada teve a ver com a administração municipal, o angatubense Pedro Lúcio Andrade somou 1412 votos. O terceiro mais votado foi Gonzaga com 1059, depois veio Iara Bernardi (PT) com 835. Carlos Vicente, o Carlão, candidato apoiado pelo vereador Bruno Santi (PSC), teve 491 votos. Jorge Caruso, apoiado por Palmeirense, Pedrinho da Ótica e Bras Rochel, teve 359 votos; Rodrigo Moraes, por conta dos fiéis da igreja Mundial, obteve a maioria de sua votação de 310 votos. Outro que levou votos em Angatuba por causa de evangélicos foi Carlos Cezar, 222 votos; padre Afonso (PV), 26 votos; Leandro KLB, 4; João Caramez, um apoiado pelo prefeito, obteve 221 votos, no entanto isso não quer dizer que todos seus votos foram de calazistas. Carlos Zicardi, de Barueiri, teve em Angatuba até placas estampando ele ao lado do prefeito, mas de nada adiantou, teve apenas 28 votos. Segundo informação, teve assessor da primeira linha do prefeito que recebeu de Zicardi para fazer campanha. Renato Galendi, de Botucatu, assessor do deputado Eli Correa Filho, outro da lista de apoio do prefeito, teve 10 votos, assim como Fernando Curi, também de Botucatu, que não passou de 8 votos. Estevam Galvão, 45 votos. Ulysses Tassinari , de Itapeva, teve 28 votos em Angatuba. Campos Machado, outro listado como apoiado pelo grupo do prefeito, teve 28 votos. Rita Passos, a exemplo de seu marido Herculano, também não precisou de apoio do prefeito para obter 225 votos. Por sua vez, Maria Lúcia Amary, do PSDB, teve mesmo foi o apoio de uma família local que nada tem a ver com a prefeitura. Inclusive a deputada chegou a ser vítima no município de uma armação do grupo do prefeito. Quando veio aqui em campanha esteve com o grupo e placas com sua propaganda, por causa de sua vinda, estavam espalhadas pela cidade, mas bastou ela ir embora que todas as placas foram tiradas. No link que segue está a votação geral dos deputados em Angatuba: http://onda21.com.br/votacao-de-todos-os-candidatos-a-deputado-em-angatuba-nas-eleicoes-de-510/
Confira como foram as votações desde 94 para presidente em Angatuba:
1994:
Fernando Henrique Cardoso -FHC- (PSDB) = 4.020
Luís Inácio Lula da Silva (PT) = 2.125
1998:
FHC -(PSDB) = 4.689
Lula- (PT)= 2.706
2002
1º turno
José Serra (PSDB) = 3.245
Lula (PT) -5.027
2º turno
José Serra= 4.225
Lula= 6.274
2006:
1º turno
Geraldo Alckimin (PSDB) = 7.017
Lula (PT)= 4.082
2º turno
Alckmin= 6.504
Lula= 5.502
2010:
1º turno
José Serra (PSDB)= 5.974
Dilma Roussef= 4.670
2º turno
Serra= 7..088
Dilma: 5.447
2014
1º turno
Aécio Neves (PSDB)= 5.624
Dilma: 4.189
Confira a votação para governador desde 1994 em Angatuba:
1994
Màrio Covas (PSDB) : 2703
Barros Munhoz (PMDB) : 2703
1998
1º turno
Mário Covas: 1.427
Paulo Malud (PPB) : 2.945
Francisco Rossi (PDT): 1.691
Marta Suplicy (PT): 1.341
2º turno
Mário Covas: 3.907
Paulo Maluf: 5.039
2002
1º turno
Geraldo Alckmin: 5.569
José Genoíno (PT): 3.113
2º turno
Alckimin: 5.569
Genoíno: 4.923
2006:
José Serra : 7.208
Aloizio Mercadante (PT): 3.043
2010
Alckmin: 7.347
Aloizio Mercadante: 4.020
2014:
Alckmin: 7.930
Paulo Skaf (PMDB): 2018
Alexandre Padilha (PT): 1.980
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Sr.Air,tudo que eu precisava ler,o prefeito é um Burro,ele deveria pegar um Deputado federal e um Estadual e encher esses dois de votos,mais pensa no bolso e pega 50 deputados e fica com essas migalhas,muitos dos deputados ai citados e relacionados foram eleitos,e agora Joao Luiz como vai ter a cara de oleo de peroba de ir no Gabinete dos mesmo pedir dinheiro para a cidade????