Nos saudosos anos de 2006 até 2008, Angatuba vivia uma efervescência cultural que há muito não era vista. Iniciavam-se os novos cursos de música no município ampliando o leque ofertado pela prefeitura através Coordenadoria de Cultura dirigida por Air Antunes.
Já havia em nosso município, além da festejada banda municipal do nosso querido maestro Antônio Salvador Basile (Nenê), cursos de teclado e violão básico, esse representado pelo competentíssimo professor Robertinho. O curso de teclado era de responsabilidade da professora Pérsides Fonda. Existiam ainda os cursos de viola, ministrado pelo Lauri da Viola, e o de violão clássico, do Fabiano Correa.
Mas mesmo assim Angatuba ganhava mais um curso, o de Canto Coral, algo fruto da visão de um administrador focado na importância da música como formação do caráter do cidadão, focado na cultura. Foi justamente no final da primavera de 2006 que tive a oportunidade ímpar de ser apresentado a esse grande homem de visão, uma figura singular e sensível aos apelos da comunidade. E foi também nessa ocasião que explanei minhas idéias e lhe propus a necessidade de mais este curso para enriquecer a cultura do nosso município.
E o resultado? Sim, meus caros, José Emílio Carlos Lisboa abriu-me as portas para iniciar um grande projeto do qual até hoje me orgulho. Crianças, adolescentes e adultos, todos participavam ativamente. Cantavam repertórios variados que iam de Villa-Lobos a Tim Maia, além de canções medievais e folclóricas.
Lembro-me que possuía cerca de 90 alunos matriculados somente no Fundo Social e mais 40 alunos no projeto Recriança. Trabalhávamos focados para um fim social, um objetivo de dar aos alunos não apenas a oportunidade de conhecer suas aptidões, mais ainda pensar em uma nova vida, com diferentes possibilidades de desenvolvimento.
Seria pretensão demais dizer que as apresentações eram fantásticas? E eram! Lindas apresentações de jovens envolvidos e comprometidos desde a organização até sua execução, cooperando como uma grande família unida. Nenhum detalhe passava desapercebido, desde a postura corporal, entonação da voz e , claro, a alegria estampada nos rostos de cada um ao final de cada música.
Entretanto, hoje eu apenas me encontro pensando neste e belo projeto que ficou esquecido, sepultado ou deveria dizer abandonado….Que tristeza me dá! Será que nossos valores estão se invertendo: É preferível à cultura da festa do peão , de quatro dias no ano, a tudo que expus anteriormente ? Eu sei que não! Tenho plena convicção de que as pessoas fazer um bom julgamento do que lhes agregam os verdadeiros valores.
Fábio Alexandre Oliveira, professor de técnica vocal.
Fábio, com alunas crianças, em um projeto que desenvolveu em Campina do Monte Alegre em 2012.
3 thoughts on “Em Angatuba, e a cultura? Como vai ?”
Márcio Ramos
Não podemos esquecer que Angatuba também teve grupos de teatros, onde eu fiz parte juntamente com os atores local como Marisa Verardi, Edmílson Lopes, Daniela, Antônio, entre outros atores, foi um tempo bom, onde a cada 3 meses os grupos de teatros se apresentavam, grupos esse como Elementos Anônimos, Grupo Judes e o meu no estilo circense o grupo Palco Cênico, precisa resgatar essas jóias em nosso município, até o espaço para ensaiarmos foi tirado de nós.
É realidade nua e crua da atual Angatuba, tanto que até aumentou a quantidade de menores e até crianças que já estão no crime e no uso de drogas, por que não há nenhum incentivo cultural além da escola, resultado de uma falta de ocupação e orientação, o que resulta em aumento da criminalidade.
quem viveu essa época vai concordar comigo, os tempos do Recriança na Vila Volpi, os ensaios de teatro, o incentivo das escolas em levar os alunos na casa da Cultura, o cinema do bairro, entre tantos outros…, que hoje resultaram em cidadãos de bem e alguns que até são pais de família já.
Parabéns Fábio, pela autoria do texto, ficou aí registrado através de você um apelo dos cidadãos de Angatuba de outros, que deixou saudades e faz muita falta…
A única esperança agora é futuros boiadeiros no nosso meio rss….
Meu amigo Fábio, como você disse saudosos anos de efervescência cultural que ocorreu em nossa Angatuba. Compartilhamos desse maravilhoso e inesquecível trabalho que proporcionou mais uma das atividades que colaborou para a grande Angatuba na época. Crescimento positivo de nosso município. Uma linda geração que era entendida e atendida sabiamente pelas necessidades ocorrentes dentro de nossa comunidade e ainda premiada pela ousadia de grandes projetos culturais como vc colocou. Quero deixar dito que no governo do Sr. José Emílio Carlos Lisboa houve equilíbrio, preocupava-se com o desenvolvimento humano.
Fábio, parabéns pelo texto e pelo competente trabalho que realizou.
Não podemos esquecer que Angatuba também teve grupos de teatros, onde eu fiz parte juntamente com os atores local como Marisa Verardi, Edmílson Lopes, Daniela, Antônio, entre outros atores, foi um tempo bom, onde a cada 3 meses os grupos de teatros se apresentavam, grupos esse como Elementos Anônimos, Grupo Judes e o meu no estilo circense o grupo Palco Cênico, precisa resgatar essas jóias em nosso município, até o espaço para ensaiarmos foi tirado de nós.
É realidade nua e crua da atual Angatuba, tanto que até aumentou a quantidade de menores e até crianças que já estão no crime e no uso de drogas, por que não há nenhum incentivo cultural além da escola, resultado de uma falta de ocupação e orientação, o que resulta em aumento da criminalidade.
quem viveu essa época vai concordar comigo, os tempos do Recriança na Vila Volpi, os ensaios de teatro, o incentivo das escolas em levar os alunos na casa da Cultura, o cinema do bairro, entre tantos outros…, que hoje resultaram em cidadãos de bem e alguns que até são pais de família já.
Parabéns Fábio, pela autoria do texto, ficou aí registrado através de você um apelo dos cidadãos de Angatuba de outros, que deixou saudades e faz muita falta…
A única esperança agora é futuros boiadeiros no nosso meio rss….
Meu amigo Fábio, como você disse saudosos anos de efervescência cultural que ocorreu em nossa Angatuba. Compartilhamos desse maravilhoso e inesquecível trabalho que proporcionou mais uma das atividades que colaborou para a grande Angatuba na época. Crescimento positivo de nosso município. Uma linda geração que era entendida e atendida sabiamente pelas necessidades ocorrentes dentro de nossa comunidade e ainda premiada pela ousadia de grandes projetos culturais como vc colocou. Quero deixar dito que no governo do Sr. José Emílio Carlos Lisboa houve equilíbrio, preocupava-se com o desenvolvimento humano.
Fábio, parabéns pelo texto e pelo competente trabalho que realizou.