A página “Governo de Angatuba”, vinculada à administração municipal, anunciou nesta quinta-feira, 14, que a prefeitura não concedeu alvará para a denominada “feirinha do Brás”, que estava cogitada para ser realizada neste final de semana no recinto de eventos do Asilo Santo Antônio. As razões para a não concessão do alvará foram de encontro à proteção que o comerciante local deve ter para a garantia de seus negócios, afinal de contas ele paga seus impostos ao município e gera empregos. A não realização gerou polêmica pois se há quem concorde que o comércio deve se proteger há aqueles que acreditam ser tal feirinha a oportunidade da população comprar pelos preços mais baratos, como imaginam. Autoridades de várias cidades que já evitaram a realização deste comércio itinerante originado no bairro do Brás, em São Paulo, justificaram ter este negócio um caráter predador pois faz concorrência desleal com aqueles que exercem atividade legalmente. Explicam também que há quem gosta de comprar seus produtos considerando que os preços são acessíveis mas não consideram que os mesmos, em vários casos, são de qualidade duvidosa, e às vezes confeccionados por mão de obra ilegal, etc.
Quanto à decisão da prefeitura, elogiada por alguns e criticadas por outros, ela veio a preservar e colaborar com aquilo que também é a possibilidade do desenvolvimento do município e isso só é possível com o giro do dinheiro na própria localidade, qualquer detalhe contrário a isto não obedece à ordem natural que rege uma administração pública seja qual for sua abrangência. Quanto aos argumentos de que o comércio local é caro e que por causa disto a “feirinha do Brás” deveria ser permitida esta é uma questão que diz respeito à Associação Comercial e a seus associados, é o referido órgão que deve buscar uma alternativa para aquecer a economia da cidade. Este é um debate que pode ser empreendido com o comércio local pelos próprios consumidores, assim como exigem da prefeitura benefícios que devem ser efetuados no município, que exijam ao órgão que representa os comerciantes alguma ação como muitas outras cidades fazem acerca da moralização de preços se acreditam que os tais estão mesmo abusivos, que exijam um “saldão da semana”, por exemplo, e assim por diante. Reclamar, pechinchar, tudo isto faz parte de uma negociação saudável entre comerciantes e consumidores, e se um dia ficar constatado que nem isto resolve o problema, logo o abuso ficará evidente para os próprios proprietários, consequentemente, e então tudo pode acontecer, inclusive a “feirinha do Brás”.
Quanto aos comentários no Facebook , apenas como um detalhe, alguns são educados (não porque são favoráveis à matéria necessariamente) , mas em outros se identifica neles quem “bate forte” contra a prefeitura só porque é contra a atual administração e assim defende os consumidores; se a administração concedesse o alvará à “feirinha” bateria contra enquanto defenderia os comerciantes, hipocrisia pouca é bobagem, chega a ser hilário, lembrando que isto ocorre também em tantos outros assuntos discorridos na página Governo de Angatuba. É interessante que estes com tal característica são justamente os que usam linguagem vulgarizada, baixo nível, ironia exacerbada, tom ameaçador, e que só ridicularizam ao invés de debater tecnicamente sobre uma questão ou outra.
Acerca da possibilidade da realização da “Feirinha do Brás”, segundo informação, os coordenadores entraram com pedido de liminar na justiça para sua realização, e o resultado obviamente deveria ser imediatamente anunciado.