nov 05, 2015 Air Antunes Angatuba 4
No ano de 1972, faz exatamente 43 anos, as eleições municipais de Angatuba ocorreu em dezembro, no dia 17, e ainda com um aparato de apoio para garantir a segurança representado pelo Exército, com a vinda de regimento de Itu. Com um apoio deste a eleição transcorreu normal mas a apuração ocorreu apenas no dia seguinte. A vinda do Exército foi necessária mediante a constantes incidentes que ocorreram nas semanas que antecederam a eleição.
O custo desta eleição ficou por conta do município de acordo constou o Projeto de Lei 25/72, assinado pelo prefeito Roberto Ivens , que dispôs sobre as despesas com o pleito eleitoral. O custo referido foi Cr$ 4.500,00. O projeto foi aprovado pela Câmara, na sessão ordinária de 30 de dezembro de 1972, ocasião em que era presidente, Natal Favali; 1° secretário, Vicente Orsi Neto e mais os vereadores Bruno Pucci, Cyro de Almeida Melo, Benedito Marques dos Santos, todos estes presentes à esta sessão e mais Gumercindo de Souza, Lauro Bertolai e Bibiano Ferreira da Silva, que faltaram naquela ocasião.
As eleições até décadas atrás ocorriam no dia 15 de novembro, no feriado da Proclamação da República, no entanto em Angatuba foi constatado erro em convenção eleitoral daquele ano, fato que travou a realização do pleito na data determinada. O município com isso ganhou as páginas dos noticiários da nação por este fato e também por ter sido uma eleição que necessitou da presença do Exército para garantir a segurança.
Venceu a eleição para prefeito, Alfio Verardi, pela a Arena 2, atualmente proprietário do Supermercado Xodó; vice-prefeito, João Lopes Filho. O adversário foi Zezinho Araújo, da Arena 1.
Foram eleitos os vereadores Francisco José Rodrigues (Zé da Carmela), Deocleciano de Almeida, Antônio José Nogueira (professor Nego), Adão Agapto, Natal Favali, Raimundo Soares Leite, Vicente Orsi Neto, José dos Santos Sales e Reynaldo Manoel Volpi.
A posse dos eleitos se deu no dia 31 de janeiro de 1973, na Câmara Municipal, que era localizada na praça Monsenhor Ribeiro, 30, onde se localiza atualmente a Biblioteca Municipal Deputado Araripe Serpa.
Eleição da Mesa e as autoridades presentes
Na mesma sessão, sob a presidência do vereador mais votado, José dos Santos Sales, e secretariada pelo vereador Reynaldo Manoel Volpi, foi realizada a eleição da Mesa. Participou da sessão, tomando parte na mesa o juiz de direito da Comarca de Angatuba, José Elias Álvares Lobo. Também presentes, o promotor público, Antônio Magalhães Gomes Filho; delegado de Polícia, Cleiber Vieira; diretor do Colégio Estadual Ivens Vieira, Joaquim Miguel de Morais; gerente da Caixa Econômica, Pedro Arantes de Souza; exator da Exatoria local, Ivando Ferraz; presbítero da Igreja Presbiteriana de Angatuba, Valdevino Rodrigues; pároco da comunidade católica local, padre José Ernani Angelini; escrivão do fórum, Josué da Silva Neto ; provedor da Santa Casa, Mário Basile; médico chefe do Centro de Saúde, Renato Carvalho Ribeiro; ainda, o comandante do destacamento PM local; gerente da Cotesp; gerente da Cesp; gerente da agência local do Banco mercantil de São Paulo S/A, Cory Pereira de Morais; gerente do correio; diretora da escola Fortunato de Camargo; ancião da igreja Congregação Cristã do Brasil, Silvino Severino Bueno; representante da Testemunhas de Jeová, Luiz dos Santos Reigoto; presidente do Retiro dos Pobres de Santo Antônio, Ramiro Ferreira; presidente do Conselho da Promoção Social, Júlio Simões de Almeida, e ex-prefeito Roberto Ivens.
Na eleição para a formação da Mesa os vereadores votavam primeiro em um nome para presidente, depois em outro nome para a vice e assim para primeiro e segundo secretários, não especificamente como atualmente quando se vota numa chapa formalizada. Para presidente foi eleito com 8 votos contra 1, o vereador Reynaldo Manoel Volpi, ele que concedeu o único voto obtido por Zé da Carmela. Para vice os nove votos foram para José dos Santos Sales. Para 1° secretário foi eleito o professor Nego e para 2° secretário, Deocleciano de Almeida.
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happy wheelsnov 26, 2023 0
out 10, 2023 0
out 03, 2023 0
ago 25, 2023 0
n consegui enteder esse texto, por favor fale sobre a história VERDADEIRA sobre Angatuba, e falem também sobre a igreja matriz.
thank you…
DKV é o nome do carro que transita em direção a um casal de cegos que caminhava pelo meio da rua em situação de risco de atropelamento, e dai perguntava-se qual era o nome do carro ( charada da década de 70 ). E o cidadão que está sobre o DKV não é um cabo eleitoral, mas, isto sim, uma legenda angatubense, ou seja, o finado Milton Lopes, um dos melhores angatubenses que essa terra já produziu, um cara empreendedor, atiradão, que viveu para ajudar os outros, um angatubense diferenciado, com certeza. Esse caro foi preparado na oficina dele, junto com o Alemão, o Carrité, o Paulo e cia. e a zebrinha se não me falha a memória foi pintada pelo Jairtinho Carriel, então pintor e letrista. Taí uma homenagem póstuma ao Milton Lopes.
ARENA 1 X ARENA 2. A guerra era em família, sob a égide da ditadura militar, e do AI-5, tempos de chumbo. O interessante é lembrar que sob ditadura a democracia partidária funcionava com seriedade, tinha disputas convencionais quentes, acirradas, tudo sob observação presencial da Justiça Eleitoral, e em caso de maracutaia o pau comia entre os convencionais. Detalhe, os vereadores, ao que consta, eram agentes honoríficos, não remunerados, exerciam a função pelo prazer e por amor à sua cidade e o seu povo. Não obstante, a ditadura que imperava foram bons tempos em Angatuba,principalmente nos esportes tocado por pessoas idealistas. Hoje os partidos estão tão deteriorados e desnorteados que uma só pessoa, ou grupelho, detém em seu bolso duas, três, quatro, cinco, ou até mais siglas, até para impedir a participação popular mais ampla, e chamam a isso de democracia. Foi nesse período que a Associação Atlética 11 de Março, tornou-se o melhor time da cidade de Angatuba, apelidado de “Dinamáquina”, comparado ao estilo técnico e veloz da Seleção da Dinamarca. Depois do Álfio elegeram o Zé da Carmela e daí a cidade começou a ficar isso que aí está, e que, ao que parece, não muda nem a pau, Juvenal, senão para pior. Bons tempos aqueles, grandes amores, boas recordações, não obstante a ditadura, que, contudo, não era pior do que a ditadura do tempo que é implacável e impiedosa.
Ótima reportagem! Orgulhoso por fazer parte da família e poder chamar Alfio Verardi de vô. Parabéns!