Uma nova juventude vem aromatizando os ares de Angatuba e região com uma consciência crítica, apurada, algo que contraria totalmente o espírito de alienação política até então tão vigente por aqui, quando se trata das questões do país. Por sinal, uma alienação que inclui jovens, adultos, pessoas de todas as classes sociais, econômica e “intelectual”. Esta nova juventude surgida dentro do campus universitário Lagoa do Sino, da UFSCar, instalado em 2014, em Buri, na divisa com Campina de Monte Alegre e não tão longe de Angatuba, oportunamente aponta sua metralhadora ideológica contra a PEC 241/55, nesfasta proposta de emenda constitucional idealizada pelo governo federal apossado pelo golpista Michel Temer. O fato notório, além daquele que proporcionou o que estes jovens chamam de Levante Popular da Juventude, é o significativo fator que isto representa, ou seja, um avanço na consciência política da região.
Constituído por estudantes do campus, em sua maioria, entre eles alguns angatubenses, o Levante conta também com outros jovens, de Angatuba e Campina do Monte Alegre. Mas não é só isto, esta juventude reconhece os avanços sociais que propiciaram a instalação da própria universidade federal, a primeira instalada neste recanto abandonado pelo governo estadual que, inclusive, deu às costas para a proposta do escritor Raduan Nassar, o doador da fazenda para a UFSCar. Quem não deu às costas foi o Governo Federal na gestão do Partido dos Trabalhadores, que abraçou efusivamente a idéia proporcionando o maior benefício que o sudoeste paulista já testemunhou.
Não apenas pelo engajamento nesta questão, no caso a PEC/241/55, os jovens integrantes do Levante Popular da Juventude também se destacam por saber discernir o momento político atual do país, entendendo que a manipulação de notícias pela grande mídia faz-se de forma tendenciosa, algo demasiadamente extrapolado e em favor de uma elite que tem como defensores políticos contrários aos avanços sociais que mais projetaram o país no exterior, políticos que são a favor de entregar patrimônios públicos, como a Petrobrás, aos interesses dos imperialistas estrangeiros. Enfim, o Levante não deixa de ser mesmo algo engrandecedor para a região, o que dá uma esperança a todos aqueles que não querem o país devolvido ao ostracismo, ao tempo de “república bananeira” como o foi no período sanguinário da ditadura militar e, posteriormente, nos governos tucanos ditados pelo neoliberalismo e curvados diante das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI), de triste lembrança.
A esperança, proporcionada por levantes como este, que, naturalmente, possui similares pelo país todo, também poderá ser um antídoto contra os atos arbitrários, fascistas, praticados por um judiciário tendenciado a impor a lei apenas contra um lado, e, até por causa disto, obtendo grande holofote midiático, algo que acaba iludindo os mais desavisados acerca de heróis que na verdade são os vilões, e vice-versa.