jun 04, 2019 Air Antunes Angatuba 0
O prefeito de Angatuba, Luiz Antônio Machado (MDB), foi eleito com cerca de 80% dos votos numa eleição que pode ser considerada histórica. Resultado do idealismo de um grupo formado por militantes de praticamente uma dezena de partidos políticos, além de outros simpatizantes, o então candidato, ao longo de quase três anos de reuniões semanais, ouviu e opinou sobre o que não era mais desejado numa administração municipal, sobre o que era abominável na gestão que transcorria desde 2009 e terminaria ao final de 2016. A chamada Comissão Suprapartidária não era um grupo sequioso por cargos e nem ao menos pretendia usufruir de benesses extras. O contexto consistia na remoção da administração vigente que não compatibilizava-se com uma política séria, embora muitos , erroneamente, ou até por interesses pessoais, achassem o contrário, e ainda acham.
Assumida a prefeitura em 1º de janeiro de 2017, a atual gestão deparou-se com o cofre público vazio, com a frota de veículos e máquinas sucateada, inclusive sem uma gota de combustível para abastecer ao menos uma ambulância. Ainda, uma dívida absurdamente alta, dívidas com fornecedores de cestas básicas, dividas aqui e acolá, dívidas eram uma realidade nua e crua naquele momento. O que fazer quando não demoraria muito para a população exigir, e exigir até para justificar a alta votação concedida ao novo prefeito? O que fazer, como se comportar perante a opinião pública quando descobriu-se as maiores irregularidades administrativas, rombos no setor financeiro, fatos que envolveram até funcionários? Curiosamente, diante de tudo isso, de todo este cenário de terror, a atual administração não deu a mínima aos repertórios de cuidados, de recomendações, discorridos pela Comissão Suprapartidária ao longo de mais de dois anos, preferiu não expor ao público a situação de como estava a prefeitura e nem ao menos de como a gestão estava reagindo diante de tudo isso.
Enfim, para a gestão não havia o interesse em expor ao público através do seu setor de comunicação o caos encontrado, e também a Comissão Suprapartidária igualmente passou a não mais lhe surtir efeito, e assim o que se temia foi ganhando corpo, ou seja, vários erros implantados na gestão anterior continuaram sendo inflamados mas desta vez como se fossem nascidos na atual gestão. Enquanto isso, funcionários “tietes” da antiga administração deram início a boicotes, outros continuaram a receber generosas gratificações (prática iniciada no governo passado e que continua) que aumentam seus salários em valores superiores a R$ 8 mil, ou seja, que até ganham muito mais que os próprios secretários. Pasmem, há até funcionária afastada faz cerca de um ano e meio, por denúncia de corrupção, que continua ganhando regularmente seus quase R$ 9 mil de salário.
Para os antigos membros da Comissão Suprapartidária, o que restou para si foi a responsabilidade de ter idealizado um grupo que mudaria tudo, o que não ocorreu. O apoio da Comissão foi abolido pela atual gestão desde o início, esta preferiu fazer ao modo dela tão somente, e hoje o que se ouve é uma constante queixa de alta folha de pagamento, com uma disparidade enorme quando se observa que alguns ganham muito e outros míseros valores; de custos altos para manter o mínimo de um funcionamento decente no setor da saúde, entre outros. Enquanto que por outro lado, é também uma gestão embutida de um secretariado, em sua grande parte, que ao menos sabe o nome da rua do paço municipal, desconhecedor de quem é realmente o cidadão angatubense; um secretariado ausente e isento da representatividade deste município nos contextos históricos, culturais e sociais.
happy wheelsnov 26, 2023 0
out 10, 2023 0
out 03, 2023 0
ago 25, 2023 0