nov 25, 2016 Air Antunes Angatuba 4
O leite foi um elemento de primordial importância na saúde das crianças angatubenses, fato que começou a ser configurado por volta de 1993 quando a prefeitura de Angatuba criou programa em que o produto era o elemento básico para o combate à anemia ferropriva, um mal comprovadamente participante da realidade do município até então. Daquela época em diante a micro-usina do leite passou a ser um forte componente na contribuição de melhor qualidade de vida para as crianças do município. Em 2006, também na gestão do prefeito José Emílio Carlos Lisboa, a produção do leite na micro-usina continuava a todo vapor, tanto que o assessor de comunicação da administração da época, Nilton César Rodrigues, produziu vídeo (postado na sequência) aludindo este setor do poder público municipal. Após o vídeo, matéria sobre o assunto, de 1994, detalha os primeiros avanços alcançados contra a anemia ferropriva em função do leite fortificado na alimentação das crianças.
Angatuba vem desenvolvendo programas de nutrição já algum tempo, onde com determinação e firmes propósitos do prefeito Emílio, desde sua primeira gestão, persegue esse objetivo, para suprir a população do que lhe é carente, isto em função de muitas das adversidades, principalmente na questão que envolve a alimentação básica.
Além do programa de distribuição do leite in-natura às crianças carentes, uma merenda escolar desenvolvida ao longo desses anos, o que tem muito contribuído na consecução desse objetivo, com a entrega diária às instituições de 6000 refeições especialmente preparada, com tal finalidade.
Entretanto, com o passar do tempo e a experiência adquirida, descobriu-se que só leite não estava resolvendo em definitivo essas deficiências nutricionais, especialmente a deficiência de ferro, principal causa da anemia.
Decorrente disso, buscou o Sr. Prefeito a assessoria de especialistas. Assim, com base em dados científicos realizados por um grupo da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, foi constatado que 60% das crianças menores de 2 anos em todo o Estado, sofrem de anemia, que 20% estão em risco de se tornarem anêmicas e apenas 20% sejam consideradas normais. O referido estudo seguido de denúncia, foi realizado com aproximadamente 3000 amostras de sangue colhidas de crianças menores de 2 anos, em 160 unidades de saúde de 63 municípios do Estado.
Com o propósito de redução ou mesmo eliminação dessa alta prevalência, e com a intervenção, buscando-se evitar as mais drásticas consequências que a patologia traz à população afetada, tais como : redução do apetite, da atividade, da capacidade de trabalho e de aprendizado, entre outras, é que o excelentíssimo senhor prefeito José Emílio comprou a idéia do projeto, e pioneiramente com os recursos disponíveis se lançou nesse trabalho sistemático no combate à anemia da população do município que representa.
Compatibiliza esse programa com um dos sustentáculos da administração pública moderna com tendências a otimizar ao máximo a utilização dos recursos públicos, obtendo-se consequentemente melhores resultados com o mínimo de gastos, atuando em áreas básicas, enfrentando problemas a longo prazo e buscando a participação efetiva de toda a comunidade nas soluções dos problemas. Assim, a relação custo X benefício é das mais significativas , posto que o custo é praticamente “ZERO” considerada a eficácia que tem se apresentado, trazendo o que era esperado , os melhores benefícios traduzidos em melhores condições de saúde de nossa população.
Do objetivo maior do programa , consta o levantamento da prevalência de anemia carencial ferropriva na população de 6 meses a 14 anos em todo o município, bem como o teste de eficácia do leite in-natura com adição de ferro quelato, na redução da patologia.
O projeto tem sido desenvolvido em sua íntegra, em suas três etapas.
Na primeira, considerada etapa diagnóstica, quando o diagnóstico da condição hematológica das crianças na faixa de 6 meses a 14 anos foi realizado.
Na oportunidade, uma seleção prévia foi estabelecida, com vários grupo de 115 crianças cada, onde se buscou uma amostra representativa da população. Foram abrangidas as creches, as pré-escolas e a Unidade Básica de Saúde, com crianças oriundas da zona urbana periférica e zona rural.
O resultado obtido com a realização dos testes aplicados foram:
FAIXA ETÁRIA= PERCENTUAL DE ANÊMICOS
6 meses a 2 anos = 70.41%
2 anos a 4 anos= 33.91%
4 anos a 7 anos= 4.16%
7 anos a 10 anos= 0.80%
10 anos a 14 anos= 8,69%
De posse desses dados, o que mais significou é que as crianças que apresentaram o alto índice de anemia, foram justamente as crianças não institucionalizadas, ou seja, as que não frequentavam nossas creches ou pré-escolas, pois aquelas que já vinham fazendo parte da programática de distribuição de leite e da merenda escolar, os índices ratificaram os resultados já esperados.
Pelo alto índice na faixa etária compreendida entre 6 meses e quatro anos, passou-se as fases seguintes do programa.
A segunda fase, a da intervenção, onde a forma escolhida é a da fortificação de alimentos, comprovadamente como a mais eficaz no controle de anemia carencial ferropriva. Nesse caso está sendo utilizada a fortificação do leite in-natura com a adição do ferro quelato.
A terceira e última etapa é a de acompanhamento e avaliação , já iniciada, quando uma amostra das crianças beneficiadas do programa está sendo acompanhada e avaliada, em termos de recuperação da condição nutricional, por métodos científicos, além da evolução dos níveis de hemoglobina.
Estas estão ocorrendo a cada três meses de uso dos alimentos fortificados, o que completa assim todo o trabalho, para se garantir a eliminação de tal quadro.
Nas avaliações realizadas entre o início do programa até o sexto mês, foram estabelecidas os escores:
Início do programa: 90 crianças apresentaram quadro de anemia, num percentual de 65, 7% das crianças avaliadas. Após 6 meses do programa: apenas 45 crianças apresentaram ainda quadro de anemia, num percentual de 32,9% , o que significa uma redução na metade , ou seja, de 50% daquele percentual anterior.
Decorridos esses 6 meses de sua implantação, como se observa nos resultados, esses surpreendem, com indicativos que demonstram a escolha certa na busca da eliminação de tão cruciante problema , que muito servirá de referencial àqueles municípios brasileiros que têm como prioridade a saúde pública, assim como felizmente o tem Angatuba em seu vitorioso pioneirismo.
Artigo de 1994 da assessoria de imprensa da prefeitura de Angatuba
O funcionário municipal Batista entregando o leite no Fundo Social em 2006. Foto: Raquele de Medeiros Alves Isaac.
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Parabéns pois nos cargos de decisão tem que ser do sangue mesmo. Lisboa .não podemos também esquecer os companheiros que deram o sangue para a campanha, se bem que uma coisa é vencer as eleições a outra é governar .
A outra opção para a secretaria de saúde é a minha amiga Antônia Beatriz Lisboa, ela une a sua sabedoria os seus estudos a experiência do Emilio e o pedigree Lisboa.
Parabéns Dra Emilio deve ser o secretário de saúde de Angatuba. Entre outros voltar a entregar o leite fortificado apenas as crianças até 6 meses como é o projeto horiginal e não até 1 ano que o cala fez, isso já é regalias .
EU ERA FELIZ E NÃO SABIA!
E, AGORA, NÃO ADIANTA CHORAR O LEITE DERRAMADO.
A sabedoria popular é eterna!!!!!!!