No âmbito da política a esquerda se caracteriza pela defesa de efetiva igualdade social, é uma instituição ideológica que envolve uma preocupação com os cidadãos considerados em desvantagem em relação aos outros, luta para reduzir ou abolir as desigualdades injustificadas. Imbuídos dos sentimentos mais nobre em relação aos direitos para todos, indistintamente, esquerdistas começam a se organizar em Angatuba, numa mobilização que envolve também militantes de outros municípios. Entendedores de que há também no município e na região um perfil sobrecarregado do analfabetismo político, da falta do conhecimento profundo, histórico, acerca da própria democracia, da ilusão difundida por uma grande mídia que atende apenas aos anseios de uma elite opressora, tendenciosa, que ao invés de didatizar os cidadãos no plano da politização o aliena, o “emburrece”, os esquerdistas, ou progressistas, locais se sentem na obrigação de intervir pela causa considerada justa, necessária e urgente.
Tomam parte deste grupo de esquerda, militantes do PT, PDT, Psol, e outros que, filiados ou não, se consideram progressistas, socialistas. Eles, primeiramente, focam a questão nacional, até por conta dos acontecimentos esdrúxulos protagonizados no país via congresso nacional, presidência da República no momento resultado do golpe de 2016 e, pasmem, pelo próprio Judiciário. Os esquerdistas locais, no caso de Angatuba, acentuam que suas ações não apontam para a atual gestão pública municipal, inclusive para a qual concedeu apoio. Quanto a esta existe a torcida para que ela se realce positivamente e que, no que for possível, pode contar com o apoio da esquerda contanto que priorize a honestidade e combata realmente a corrupção e os desvios de conduta. Mensalmente a esquerda fará suas reuniões e nestas ocasiões debaterá a política da forma que realmente ela exige, de maneira inteligente, historicamente e com discernimento.
Os esquerdistas angatubenses até preferem as identidades progressistas ou socialistas, reconhecem que definir um posicionamento político apenas pelo viés partidário pode ser uma armadilha contida de estereótipos.
Como não é pequeno o número daqueles que são deficientes no conhecimento histórico é importante destacar que a a origem do termo “esquerda”, como um posicionamento político-ideológico, surgiu durante as Assembleias Constituintes francesas do século 18. Nestas sessões, havia a clara separação entre os grupos burgueses e conservadores – que sentavam do lado direito na Assembleia, pois não gostavam da participação dos grupos mais populares – enquanto que as pessoas que pertenciam as classes mais humildes, e que eram adeptas do revolucionismo, ficavam do lado esquerdo da sala. A partir deste cenário, o “esquerdo” passou a simbolizar o ideal de luta pelos direitos populares e pelos trabalhadores; e a “direita” virou sinônimo de conservadorismo e elitismo.