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Uma explosão de cores e sons

dez 03, 2017 Air Antunes Ilustrada 0


Delirio tropical: a visão do italiano Ferrario para o cenário do Campo dos Aimorés, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes

Delirio tropical: a visão do italiano Ferrario para o cenário do Campo dos Aimorés, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes

Pintores e músicos brasileiros tentam insinuar uma visão brasileira no cânone erudito

Sob a influência da Missão Francesa, que aqui chegou em 1816, a pintura brasileira abandonou o recinto das igrejas e as produções barrocas autodidatas, mas continuou sob a égide do estilo neoclássico através da Academia Imperial de Belas Artes (seu diretor entre 1845 e 1851 era Félix Émile Taunay, que viera ao Brasil com o pai, Nicholas Taunay, integrante da Missão Francesa). Assim, incialmente, os pintores brasileiros tornaram-se “herdeiros da Missão” , enquanto as sobrevivências barrocas passaram a traduzir cada vez mais o gosto popular, deixando para o neoclassicismo expressar os ideais estéticos da Corte e das classes mais ricas.

Gradativamente, alguns pintores começam a injetar uma visão peculiar no “cânone erudito”, que é o padrão de pensamento e produção artística internacional. O paraibano Pedro Américo estudou longamente na Europa, onde morou por várias temporadas e se fixou no fim da vida. Apesar do rigor acadêmico do seu desenho e a precisão dos contornos, faz-se admirar mais pela audácia de suas composições, como as monumentais telas sobre a Guerra do Paraguai e o famoso Independência ou morte! (mais conhecido como O grito do Ipiranga). Já o catarinense Vitor Meirelles, também premiado em salões europeus e radicado por muito tempo no Velho Mundo, transfere ao espectador um sabor romântico, um fundo sentimental, uma coloração espontânea-enfim, mais massas do que linhas, mais vibração do que contornos, destacando-se com A primeira missa, Batalha de Guararapes e suas  telas sobre as batalhas navais da Guerra do Paraguai.

Gigante solitário na música brasileira do século XIX, Carlos Gomes, paulista de Campinas, onde seu pai dirigia uma banda de música, começa compondo valsas, quadrilhas, tangos e modinhas. Aos 23 anos, em 1859, foi estudar no Conservatório de Música do Rio de Janeiro, tornando-se regente e ensaiador da Ópera Nacional.

Ao lado do Conservatório , surge na década de 1850, a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, destinada a estimular as temporadas de ópera. Na década de 1860, o Rio de Janeiro tornara-se o maior centro musical da América do Sul, recebendo companhias e artistas de renome e estimulando também os talentos locais. Em 1860, é apresentada a primeira ópera lírica com tema regional, com música de Elias Álvares e versos de José de Alencar, A noite de São João.

No ano seguinte, Carlos gomes estreava a sua primeira ópera, A noite do castelo, recebida com elogios pela crítica. Investindo no seu talento, o imperador concedeu-lhe uma bolsa de estudos para a Europa. Em Milão, obteve grande sucesso em 1870 no Teatro Scala-o templo mundial de arte lírica- com a ópera O guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar, que mereceu elogios do compositor italiano Giuseppe Verdi.

A estréia de O Guarani no Teatro Lírico Fluminense, em 2 de dezembro de 1870, dia em que o imperador completava 45 anos, foi  cercada por aclamações, flores, chuva de ouro e revoada de pássaros. No ano seguinte, a inclusão da Protofonia- como ele chamou inicialmente a abertura instrumental da ópera- transformou-a numa espécie de segundo hino nacional brasileiro. Como analisou a historiadora Martha Abreu, “embora Carlos Gomes tenha sempre procurado seguir os cânones italianos e internacionais dos espetáculos líricos, encontra-se em sua obra e própria vida a valorização de certos temas nacionais”.

Da publicação “A Construção do Brasil”

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Air Antunes

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