set 05, 2015 Air Antunes Região 0
JORNAL DE ANGATUBA
As pessoas mais velhas, e outras nem tanto, lembram-se com saudosismo da beleza que era a praça da matriz de Angatuba, começando pela lembrança da concha acústica, passando pelos canteiros sempre cuidados, mesmo porque sempre tinha um funcionário responsável para isso, pela fonte luminosa com suas alegres cores, e até mais recentemente, pelo conjunto artesanal que representava o monjolo, um adereço muito usado na lida diária da zona rural em outros tempos instalado sobre uma das piscinas, algo que encantava as pessoas de outras cidades tanto quando orgulhava angatubenses. Porém, hoje os tempos são outros, a praça agora é a cara do abandono no centro da cidade, é vítima do desinteresse da atual administração municipal, um governo que finge governar enquanto muitos fingem acreditar.
Há quem diga que se o prefeito Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB) tivesse a preocupação com a praça numa proporção de 10% em relação ao que seu grupo se preocupa em enriquecer, aquele seria um dos mais belos espaços públicos do mundo. Para outros, o compromisso da atual administração é apenas eleitoreiro, ou seja, a regra é atuar em cima apenas do que vai gerar votos, assim como ocorre quando promove o glamuroso rodeio show. Pelo que muitos observam, a praça para o atual gestor está na mesma relação, no item de desinteresse, da biblioteca municipal, das inúmeras ruas dos bairros, da segurança, da saúde, da educação, do meio ambiente, da transparência, da responsabilidade com o dinheiro público, do respeito com o próximo, da ética, etc.
A atual administração, tempos atrás, até chegou a esboçar uma reforma na praça, porém mais como uma forma de mostrar que é capaz de tudo do que pela valorização da paisagem urbanística, mas a tentativa deu n´água, como explica matéria da época publicada mais embaixo:
Nota publicada no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado, edição de quinta-feira, 10 de abril de 2014, anuncia que projeto da prefeitura de Angatuba para reformar a praça Monsenhor Ribeiro, da Matriz, como é propaganda central conhecida, foi indeferido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, com a justificativa de que “o projeto de reforma acarretará a descaracterização do local”.
O projeto da prefeitura protocolado sob o número 003764/2013 no Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID) , órgão vinculado à referida secretaria, denomina-se “Praça Monsenhor Ribeiro: Maior Espaço para Cidadania”.
Não se tem conhecimento do conteúdo do projeto elaborado, possivelmente, pelo setor competente da prefeitura de Angatuba, mas se propalava que haveria reforma da praça e que a mesma “ficaria linda”, como enunciou rumor procedente de dentro do próprio paço municipal, porém, levando-se em conta este indeferimento da Secretaria de Justiça julga-se que uma mudança no aspecto da praça seria radical, sobre qual valor também desconhecido.
O FID, órgão criado pela Lei nº 6.536, de 1989, serve para o ressarcimento, à coletividade, dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, no âmbito do território do Estado de São Paulo. Entende-se por ressarcimento qualquer despesa relacionada à reconstituição, reparação, preservação e prevenção dos valores relativos aos danos enumerados acima.
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