abr 13, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
SERGIO SAMPAIO– Cantor e compositor, Sergio Moraes Sampaio. Suas composições variam por vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock’n roll, blues e balada. Sobre a poética de suas composições, em que se vê elementos de Kafka e Augusto dos Anjos, que lia e apreciava, declarou num estudo Jorge Luiz do Nascimento: “A paisagem urbana em geral, e a carioca em particular, na poética de Sérgio Sampaio, possui a fúria modernista. Porém, o espelho futurista já é um retrovisor, e o que o presente reflete é a impossibilidade de assimilação de todos os índices e ícones da paisagem urbana contemporânea.” Aficcionado pelos programas de rádio, onde acompanhava os cantores da época como Orlando Silva, Sílvio Caldas ou Nelson Gonçalves, que o inspiravam, veio a tornar-se imitador de radialistas como Luiz Jatobá e Saint-Clair Lopes, conseguindo trabalho numa emissora da cidade natal, a XYL-9. Em 1964 tentou trabalhar no Rio de Janeiro na Rádio Relógio, retornando após quatro meses. Em fins de 1967 mudou-se definitivamente para o Rio, inicialmente para tentar a carreira como radialista , embora não tenha conseguido firmar-se em nenhum trabalho por frequentar a vida boêmia carioca, atraído pela música e a bebida; morou em pensões baratas e até na rua, chegando a mendigar comida. Sergio tinha passado a cantar à noite, em bares, até que em fevereiro de 1970 demitiu-se da Rádio Continental para dedicar-se integralmente à música. Candidatou-se no Festival Fluminense da Canção, etapa do Festival Internacional da Canção (III FIC) daquele ano, ficando entre os vinte finalistas com a música “Hei, você”. No Rio de Janeiro conhece o baiano Raul Seixas, então produtor musical da gravadora CBS (atual Sony Music), dando início a uma longa amizade e parceria. Raul é considerado o “descobridor” do artista. Após ter feito um teste junto ao parceiro de Paulo Diniz, Odibar, acabou contratado no lugar deste, no ano seguinte, participando de diversas gravações, como parte do coro de Renato e seus Blue Caps. Assinou, com o pseudônimo de Sérgio Augusto, a letra da canção “Sol 40 graus”, gravada pelo Trio Ternura e que foi sucesso em 1971. O Trio gravou outras de suas composições, como “Vê se dá um jeito nisso” – uma parceria com Raulzito, com quem partilhou também “Amei você um pouco demais”, gravada por José Roberto. Raul produziu seu primeiro compacto em que Sergio experimenta algum sucesso com “Coco Verde”, logo regravada por Dóris Monteiro. Voltou a cidade natal Cachoeiro de Itapemirim em julho, onde participou do “II Festival de MPB”, vencendo em primeiro lugar e ocupando também a quarta colocação. Dá início com Raul Seixas à produção de um projeto de ópera-rock, que teve as letras mutiladas pela censura do Regime Militar. Apesar disto as canções integram o primeiro disco de Raul Seixas: Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresentou “Sessão das 10”, em que participam Míriam Batucada e Edy Star. Tentou mais uma vez vencer a quarta edição do FIC, no Maracanãzinho, com a música “No Ano 83”, sendo eliminado na etapa inicial. Começou a gravar, finalmente, em 1972, ano em que sua canção “Eu quero é botar meu bloco na rua” participou do IV FIC e integrou um compacto do Festival, que graças a ela vende 500 mil cópias, tornando-se sucesso no carnaval de 1973, e rendendo a Sergio o Troféu Imprensa como revelação de ’72, na Rede Globo, emissora em que trabalhava o apresentador Silvio Santos. Em 1973 lançou seu primeiro LP pela Philips, produzido por Raul e com o nome da canção de sucesso, com vários músicos de renome; o disco fracassou nas vendas, apesar da sua aparição em programas de televisão e da boa execução de canções como “Cala a boca, Zebedeu”, de seu pai, nas rádios. Casou-se em 1974 com a também capixaba Maria Verônica Martins, afastando-se da carreira por algum tempo; o casamento durou até o final da década.4 Tinha lançado, neste ano, com produção de Roberto Menescal, um compacto em que contraditoriamente reverenciou e criticou o conterrâneo Roberto Carlos. Em 1975 lançou, agora pela gravadora Continental, outro compacto. No ano seguinte gravou seu segundo LP, chamado “Tem que acontecer”, e que conta com participações de artistas como Altamiro Carrilho e Abel Ferreira. Em 1977 mais um compacto pela Continental – “Ninguém vive por mim”, último por essa gravadora. Realizou shows e tem composições gravadas por artistas como Zizi Possi, Marcos Moran e Erasmo Carlos, ficando cinco anos longe dos estúdios. Novamente se casou em 1981, com a arquiteta Ângela Breitschaft, com quem teve o filho João, afilhado de Xangai, separando-se em 1986.4 A família da esposa patrocinara, em 1982, a gravação do compacto “Sinceramente”, sem gravadora. Completamente afastado da mídia, após a separação voltou para a casa paterna e em seguida para o Rio. A carreira só experimentou um recomeço quando se mudou, no começo da década de 1990 para a Bahia, quando velhos sucessos foram novamente lançados por Elba Ramalho, Luiz Melodia, Roupa Nova e outros. Em 1994 acertou com a gravadora Baratos Afins o lançamento de um disco com músicas inéditas, mas por consequência da vida desregrada, faleceu de pancreatite antes de concretizar o projeto, em 15 de maio de 1994. No dizer do cantor Lenine, Sampaio foi um nome marginalizado que equipara a Tim Maia e Raul Seixas, como um dos “malditos” da música popular brasileira. Sergio Sampaio nasceu em Cachoeiro de Itapemirim no dia 13 de abril de 1947 , morreu no Rio de Janeiro em 15 de maio de 1994.
ROSA PASSOS- A cantora baiana Rosa Maria Farias Passos, mais conhecida como Rosa Passos, estreou no mercado fonográfico com o disco “Recriação”. Aos 5 anos já era uma pianista promissora. Aos 15 anos Rosa já aparecera na televisão em Salvador. Na adolescência seus pais lhe apresentaram uma coleção de discos de João Gilberto e Tom Jobim . Inspirada pelo filme ‘Orfeu Negro’ de 1959 e sua trilha sonora , Rosa trocou seu piano pelo violão, e desde então tem-se dedicado à arte de compor e cantar. Rosa é constantemente lembrada como a João Gilberto de saias , e existe sim uma semelhança que para ela é um elogio, uma vez que João é sua forte influência musical e uma característica que a marcou até hoje. Em Abril de 1972 sua interpretação de ‘Mutilados’ (Antônio Cesar Nunes & João Carlos Morais) ganhou o primeiro lugar no primeiro campeonato da música universitária da Bahia, patrocinado pela Tv Itapoan. Suas composições, escritas juntamente com seu longo parceiro letrista – o compositor Fernando de Oliveira, apareceram em 1979 em seu primeiro disco ‘Recriação’. Após passar vários anos apenas dedicando à sua família, Rosa retorna à música em 1985 recomeçando uma carreira que tem evoluído desde então. Rosa Passos nasceu em Salvador/BA, em 13 de abril de 1952.
DULCE QUENTAL- Cantora e compositora carioca, Dulce Quental, ex-vocalista da banda Sempre Livre no início da década de 1980, em 1985 lançou o primeiro disco solo, “Délica”, fundindo os estilos pop, jazz e bossa nova. Em 1987, lançou “Voz Azul!, produzido por Herbert Vianna (que lhe presenteou com a música “Caleidoscópio”. Em 1988 o terceiro disco solo, Dulce Quental, com composições de Arnaldo Antunes e Roberto Frejat (Onde Mora o Amor), Arrigo Barnabé (Numa Praia do Brasil), Itamar Assumpção (Mulher Dividida), Cazuza e George Israel (Inocência do Prazer) e Humberto Gessinger (Terra de Gigantes). Como compositora, compôs para artistas como Nico Rezende, Leila Pinheiro, Capital Inicial, Daúde, entre outros. Depois de 15 anos longe dos palcos e sem gravar discos, a cantora lança o CD Beleza Roubada, elogiado pela crítica. Dulce Quental nasceu no Rio de Janeiro em 13 de abril de 1954.
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