JOÃO DA BAIANA– João Machado Guedes, conhecido como João da Baiana, compositor popular, cantor, passista e instrumentista. O nome João da Baiana veio do fato de sua mãe ser conhecida como Baiana”. Cresceu na rua Senador Pompeu, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, sendo amigo de infância de Donga e Heitor dos Prazeres. Quando criança freqüentou as rodas de samba e macumba que aconteciam clandestinamente nos terreiros cariocas. Participou de blocos carnavalescos e é tido como o introdutor do pandeiro no samba. Teve por muito tempo um emprego fixo não relacionado a música, tendo inclusive recusado, em 1922, viajar com Pixinguinha e os Oito Batutas para não perder o posto de fiscal da Marinha. A partir de 1923 passou a compor e a gravar em programas de rádio e em 1928 foi contratado como ritmista. Além do pandeiros, sua especialidade era o prato e faca, populares nas gravações da época. Algumas de suas composições da época foram “Pelo Amor da Mulata”, “Mulher Cruel”, “Pedindo Vingança” e “O Futuro É uma Caveira”. Integrou alguns dos pioneiros grupos profissionais de samba, entre eles o Conjunto dos Moles, Grupo do Louro, Grupo da Guarda Velha e Diabos do Céu. Participou da famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio “Uruguai” em 1940, para o disco “Native Brazilian Music”, do maestro Leopold Stokowski, com sua música “Ke-ke-re-ké”. Na década de 1950 voltou a se apresentar nos shows do Grupo da Velha Guarda organizados por Almirante, e continuou compondo até a década de 1970. Em 1968 gravou com Pixinguinha e Clementina de Jesus o histórico LP “Gente da Antiga”, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, onde lançou, entre outras, as ancestrais “Cabide de Molambo” e “Batuque na Cozinha”, depois regravada por Martinho da Vila. Hoje em dia, alguns pertences do músico integram o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (www.mis.rj.gov.br). Entre eles está o prato e faca de João da Baiana (Coleção Almirante), instrumento que o consagrou. João da Baiana nasceu no Rio de Janeiro em 17 de maio de 1887 e morreu no Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1974).
SAXOFONE- O saxofone, também conhecido popularmente como sax, instrumento de sopro, foi patenteado no dia 17 de maio de 1846 pelo belga Antoine Joseph Sax (1814- 1894), ou apenas Adolphe Sax, respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França. Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). A maior parte dos saxofones são em B♭ (como o sax tenor e o soprano) ou em E♭ (como o sax alto e o barítono). Adolphe Sax o inventou em 1840. A invenção, em princípio, foi destinada a uso pelas bandas militares. O compositor Hector Berlioz escreveu aprovando o novo instrumento em 1842, que só foi patenteado após Sax ter desenhado e construído toda a família de saxofones (do soprano ao contrabaixo). A partir de 1867, Sax foi professor do conservatório de Paris.