jul 01, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
ALCEU VALENÇA- Alceu Paiva Valença, cantor e compositor brasileiro. Seu disco de estreia foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Nasceu no interior de Pernambuco, nos limites do sertão com o agreste. Influenciado pelos maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas canções. O envolvimento de Alceu com a música começou na infância, através dos cantadores de feira da sua cidade natal. Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês, três dos principais irradiadores da cultura musical nordestina, foram captados por ele. Em casa, a formação ficou por conta do avô, Paulo Alves Valença, que era poeta e violeiro. Aos 10 anos vai para Recife, onde manteve contato com a cultura urbana, e ouviu a música de Orlando Silva e Dalva de Oliveira, alternando com o ritmo de Little Richard, Ray Charles e outros ícones da chamada primeira geração do rock’n’roll. Recém-formado em Direito no Recife , em 1969, desistiu das carreiras de advogado e jornalista – trabalhou como correspondente do Jornal do Brasil – e resolveu investir na música. Em 1971, foi para o Rio de Janeiro com o amigo e incentivador Geraldo Azevedo. Começou a participar de festivais universitários, como o da TV Tupi com a faixa Planetário. Nada aconteceu. Nenhuma classificação, pois a orquestra do evento não conseguiu tocar o arranjo da canção. Em 1980, lançou o LP Coração Bobo (Ariola), cuja música de mesmo nome fez sucesso nas rádios de todo o país , revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. Apresentou-se em vários estados brasileiros. Em 1996, ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho participou da série de shows O Grande Encontro, que percorreu diversas cidades brasileiras e registrada pela gravadora BMG no álbum de mesmo nome. Em julho de 2000, participou da noite “Pernambuco em canto: carnaval de Olinda”, no Festival de Montreux (Suíça)2 , ao lado de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos e Moraes Moreira. Em maio de 2003, gravou novo projeto ao vivo no Rio de Janeiro (Indie Records), reunindo vários sucessos em um álbum e, pela primeira vez, em DVD. Em julho, foi agraciado com o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria “Melhor cantor regional”, pelo álbum De Janeiro a Janeiro, em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda nesse mês chegou às lojas o álbum Ao vivo em todos os sentidos. Em agosto o DVD do mesmo projeto foi lançado. Em 2009, trabalhou no seu filme Cordel Virtual (a Luneta do Tempo) um musical que não seguiu a linha de nenhum musical tradicional. No fundo, é um mergulho que faz em sua infância, no seu passado e este tem a trilha sonora das ruas do Nordeste, dos cantadores anônimos, conquistas, violeiros, emboladores, cegos arautos de feira, da música de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, do samba-canção dos anos 50, da música contemporânea brasileira. Entre seus maiores sucessos estão: “Anunciação”, “Tropicana”, “La Belle du Jour” e “Coração Bobo”. Alceu Valença nasceu em São Bento do Unda/PE em 1º de julho de 1946.
SIMONY– Simony Benelli Galasso, atriz, cantora e apresentadora, notória por ser ex-integrante da Turma do Balão Mágico, atração apresentada por ela, Tob (Vimerson Cavanillas), Mike (Michael Biggs), e Jairzinho (Jair Oliveira) durante as manhãs da TV Globo entre os anos de 1983 e 1986, vendendo mais de 10 milhões de discos. Simony nasceu em São Paulo na Cohab, de família humilde. Aos 3 anos, acompanhava a família de cantores, a pequena vivia no circo de seu avô. Foi quando insistiu com a mãe, Maricleuza Benelli, que a levasse ao programa do Raul Gil, onde fez várias participações após a primeira apresentação de sucesso. Por fim, no ano de 1983, foi convidada ao lado de Tob, Michael Biggs (o Mike) e, anos mais tarde, Jairzinho, a apresentar o programa Balão Mágico, da TV Globo, que a consagraria. Contudo, com o fim do programa, Simony passa alguns anos afastada da mídia, voltando a fazer sucesso com a cancão “Se Chove” em 1995. Simoni nasceu em São Paulo em 1º de julho de 1976.
ALBERTINHO FORTUNA- Alberto Fortuna Vieira de Azevedo, cantor luso-brasileiro. Veio para o Brasil aos seis meses de vida, sua família se fixando em Niterói. Residia no bairro Santa Rosa e estudava no Colégio Salesiano, destacando-se no coro da escola. Quando tinha oito anos, convidado por um amigo da família, foi cantar na Rádio Mayrink Veiga e, conseguindo agradar ao público, para lá retornou várias vezes, já pedindo um cachê de dez mil réis. Continuou seus estudos no Instituto de Humanidades, cujo diretor era Gomes Filho, conhecido jornalista e compositor, que estava inaugurando em Niterói a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, da qual era diretor. Albertinho foi um dos pioneiros da emissora, em 1936. Nesse ano, Zezé Fonseca providenciou seu retorno para a Mayrink Veiga, pedindo a César Ladeira, diretor artístico da rádio, que o testasse. Albertinho foi aprovado e contratado por 400 mil réis mensais, recebendo também de Ladeira o slogan de O garoto que vale ouro. Um menino de treze anos, apresentou-se várias vezes junto de Carmen Miranda, a maior estrela da emissora. Parou de cantar por dois anos devido à fase da mudança de voz, retornando, em 1938, na Rádio Tupi. Depois de uma temporada na mesma, foi para a Rádio Educadora do Brasil, convidado por Saint Clair Lopes e Luís Vassalo. Em 1940, mudou-se para a Rádio Nacional, onde passou a fazer parte do Trio Melodia, criado para o lançamento do programa “Um milhão de melodias”, que começou a ser apresentado em 1943, ao lado de Nuno Roland e Paulo Tapajós. Pela qualidade de seus integrantes, o trio gravaria vários discos e acompanharia muitos dos melhores cantores da época. Entretanto, Albertinho continuou sua carreira solo paralelamente e, em 1944, gravou o primeiro disco na Continental, acompanhado das Três Marias, com o samba Ai, que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago). Sua segunda gravação, no ano seguinte, foi a valsa “Meu coração te fala”, de Pedro Raimundo, o qual o acompanhou no acordeão e uma declamação. Foi um grande sucesso. Também alcançou grande êxito no carnaval de 1947, com a Marcha dos gafanhotos (Eratóstenes Frazão e Roberto Martins). Apesar disso, Albertinho é prestigiado principalmente como cantor romântico. Gravou muitas versões, entre as quais a do tango “Mano a mano”, de Carlos Gardel e E. Razzano, com versão de Flores Ghiaroni, em 1952. Em 1959, gravou o samba-canção “Eu sei que vou te amar” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes). Gravou ainda pelos selos Victor, Star, “Carnaval” e, majoritariamente, Continental, onde gravou seus elepês: “Tangos de ontem e hoje” (1956), “Albertinho Fortuna canta tangos inesquecíveis” (1957), “Tudo é amor” (1959), “Tangos inesquecíveis” (1960) e “Prelúdio” (1963). Nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, em 28 de outubro de 1922, morreu em Niterói em 1º de julho de 1995.
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