maio 24, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
BOB DYLAN- Bob Dylan (nome artístico de Robert Allen Zimmerman), cantor e compositor norte-americano de música Folk. Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Minnesota em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em Nova York em 1961. Em 2004, foi eleito pela renomada revista Rolling Stone o 7º maior cantor de todos os tempos e, pela mesma revista, o 2º melhor artista da música de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles, e uma de suas principais canções, “Like a Rolling Stone”, foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou diretamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 1960 e 1970. Em 2012, Dylan foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Seus pais, Abram Zimmerman e Beatrice “Beatty” Stone, faziam parte de uma pequena mas muito unida comunidade judaica. Robert Zimmerman viveu em Duluth até seus seis anos, quando seu pai contraiu poliomielite e sua familia voltou à cidade natal de sua mãe, Hibbing, Minnesota, onde passou o resto de sua infância.Robert passou boa parte de sua juventude escutando rádio: em um primeiro momento, escutando emissoras de Shreveport, em Louisiana, que transmitiam blues e country, e posteriormente, rock and roll.Durante sua estadia na escola, formou várias bandas, como The Shadow Blasters, de curta duração, e The Golden Chords, com a qual chegaria a tocar no programa de busca de talentos Rock and Roll Is Here to Stay.No anuário escolar de 1959, Robert Zimmerman assinalou sua principal ambição “unir-se a Little Richard”.No mesmo ano, usando o pseudônimo de Elston Gunn, tocou em duas apresentações com Bobby Vee, acompanhando ao piano e improvisando com palmas. Em setembro de 1959, mudou para Minneapolis, para estudar na universidade de Minnesota. Durante a época, seu interesse inicial no rock and roll deu lugar a uma aproximação ao folk. Em 1985, Dylan explicou sua atração pelo folk: “A coisa sobre o rock’n’roll é que para mim de qualquer jeito ele não era suficiente.Havia bons bordões e ritmo pulsante… mas as canções não eram sérias ou não refletiam a vida de um modo realista. Eu sabia que quando eu entrei na música folk, era um tipo de coisa mais sério. As canções eram enchidas com mais desespero, mais tristeza, mais triunfo, mais fé no sobrenatural, sentimentos mais profundos”.Logo começou a tocar no 10 O’Clock Scholar, uma cafeteria a poucas quadras do campus universitário, e se viu envolvido no circuito folk de Dinkytown. Durante seus dias en Dinkytown, Zimmerman passou a se chamar de “Bob Dylan”. Em uma entrevista concedida em 2004, Dylan disse: “Você nasce, sabe, com nomes errados, pais errados. Digo, isso acontece. Você se chama do que quiser se chamar. Este é o país da liberdade”..Em sua autobiografia, Crónicas, Dylan escreveu sobre a mudança de nome: “Eu havia visto alguns poemas de Dylan Thomas. A pronúncia de Dylann e Allyn era parecida. Robert Dylan. A letra D tinha mais força. Entretanto, o nome Roberto Dylan não era tão atraente como Roberto Allyn. As pessoas sempre haviam me chamado de Robert ou Bobby, mas Bobby Dylan me parecia vulgar, e além disso já haviam Bobby Darin, Bobby Vee, Bobby Rydell, Bobby Neely e muitos outros Bobbies. A primeira vez que me perguntaram meu nome em Saint Paul, instintiva e automaticamente soltei: ‘Bob Dylan'”. Com “Infidels”, de 1983, Dylan afastou-se da fé cristã, voltou-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado seu melhor álbum desde Desire. As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar suas canções clássicas, marcam uma reconciliação com seu público. Em 1985 participou do especial We are the world com outros 40 grandes nomes da música estadunidense – entre eles Michael Jackson, Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder – pela campanha contra a fome na África. Dylan continuou a gravar regularmente, buscando uma sonoridade “made anos 80” ao mesmo tempo em que tentou preservar seu estilo. “Down In The Groove”, álbum de 1988, passou despercebido, contém várias covers, mas equivale a uma declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que demarcam os gostos artísticos preferenciais do artista. Depois de uma turnê com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lançou o álbum “Oh Mercy” (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções e volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison. No início dos anos 90, Bob Dylan pareceu dar uma “parada” na carreira. Para comemorar e fazer um balanço de seus 30 anos de trajetória, ele voltou a gravar folk tradicional, acústico, sem importar-se com o pouco apelo comercial deste gênero nos dias atuais. Em 1992 foi realizado um show-tributo em grande estilo, com a participação de vários nomes do rock, country e do soul cantando suas músicas: Eric Clapton, George Harrison, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed, Eddie Vedder entre outros. Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997 (ano que vários outros famosos voltaram a ativa com sucesso, entre eles os Bee Gees). O álbum “Time Out Of Mind” ganharia vários prêmios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de “Love and Theft” (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500 melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan. Atualmente registra-se um novo interesse pela vida e obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento do documentário “No Direction Home”, de Martin Scorsese, que flagra os anos iniciais de sua carreira (1961-1966) e, mais recentemente, com “Modern Times”, seu novo álbum lançado em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira, Dylan conquistou a liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos, vendendo 192.000 cópias na primeira semana. A última vez que Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum “Desire”, de 1976, que ficou 5 semanas no topo das paradas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco “Blood On The Tracks”, em 1975, e com “Planet Waves”, no ano anterior. Bob Dylan nasceu em Duluth em 24 de maio de 1941.
ARCHIE SHEPP– Archie Shepp, saxofonista tenor, norte-americano, de jazz, do estilo hard bop, free jazz e avant-garde. Shepp é mais conhecido pela sua musica Afrocêntrica do fim dos anos 1960, centrada na denúncia das injustiças enfrentadas pelos afro-americanos, e pelo seu trabalho com o New York Contemporary Five, Horace Parlan, e as colaborações com os seus contemporâneos do movimento “New Thing” (à letra, “Coisa Nova”) principalmente Cecil Taylor e John Coltrane.Shepp nasceu em Fort Lauderdale, Florida, mas cresceu em Philadelphia, Pennsylvania, onde estudou piano, clarinete e saxofone alto antes de se focar no saxofone tenor (ocasionalmente toca saxofone soprano e piano). Estudou teatro no Goddard College entre 1955 e 1959, mas acabou por se tornar musico profissionalmente. Por um curto período tocou numa banda de Latin jazz antes de se juntar ao grupo do pianista avant-garde Cecil Taylor. A primeira gravação de Shepp, sob o seu próprio nome, “Archie Shepp – Bill Dixon Quartet” foi publicada pela Savoy Records em 1962, e apresentava uma composição de Ornette Coleman.A ligação com Coleman aumentou com a criação do New York Contemporary Five, que incluia Don Cherry. Entretanto o apreço que lhe tinha John Coltrane, conduziu-o à realização de gravações para a Impulse Records, a primeira das quais foi “Four for Trane” em 1964, um album principalmente de composições de Coltrane no qual é acompanhado pelo seu amigo trombonista de longa data, Roswell Rudd, baixista Reggie Workman e o saxofonista alto John Tchicai. O album Giant Steps, de 1960, tinha sido um do mais conhecidos de Coltrane, e possivelmente um dos mais importantes albuns da história do Jazz. Shepp participou também na sessão de Coltrane “A Love Supreme no fim de 1964, mas nenhum dos takes em que participou foi incluido no LP final (foram disponibilizadas pela primeira vez apenas na reedição de 2002). Contudo, Shepp, juntamente com Tchicai e alguns outros musicos das sessões “Four for Trane” gravaram então Ascension em 1965, com Coltrane, e o seu lugar com Coltrane na primeira linha de cena do jazz avant-garde epitomizada quando a dupla dividiu o disco New Thing at Newport lançado em finais de 1965, o primeiro lado com um “set” de Coltrane, e o segundo com um “set” de Shepp. Em 1965, Shepp lançou “Fire Music”, que incluia os primeiros sinais cada vez mais proeminente consciência politica e afrocentrismo; incluia a leitura de uma elegia para Malcolm X, e o próprio titulo é derivado de um tradição musical cerimonial africana. “The Magic of Ju-Ju” em 1967 também vai buscar o seu título à tradição musical africana, mas desta vez a música mergulhou totalmente na música do continente, utilizando um grupo de percussão africano. Nessa altura, muitos músicos de jazz Afro-americanos estavam a ser influenciados pelas várias tradições culturais e musicais do continente Africano; a par de Pharoah Sanders, Shepp esteve na frente deste movimento. “The Magic of Ju-Ju” definiu o som de Shepp para os anos seguintes: linhas de saxofone free jazz avant-garde ligadas com os ritmos e ideologias de Africa. Na década seguinte Shepp continuou o experimentalismo, incluindo por várias vezes músicos de harmónica e recitadores de poesia nos seus grupos. Com o album de 1972 “Attica Blues” e “The Cry of My People”, clama pelos direitos civis identificando-se com o Movimento dos Direitos Civis; o primeiro album é uma resposta aos motins da prisão de Attica.Shepp também escreve para teatro; os seu trabalhos nesta àrea incluem The Communist (1965) e Lady Day: A Musical Tragedy (1972). Ambos foram produzidos por Robert Kalfin e o Chelsea Theater Center. A partir de 1971, Shepp iniciou uma carreira de 30 anos como professor de música na “University of Massachusetts – Amherst”. Os dois primeiros cursos de Shepp’s foram intitulados “Conceitos revolucionários na música afro-americana” (“Revolutionary Concepts in African-American Music”) e “A música negra no teatro” (“Black Musician in the Theater.”) Shepp foi também professor de Estudos afro-americanos na “State University of New York” (SUNY) em Buffalo, Nova York. Desde os finais da década de 1970, a carreira de Shepp oscilou entre vários antigos e novos territórios. Continuou a explorar a música africana, enquanto gravava também blues, baladas, e espirituais (no album de 1977 “Goin’ Home” com Horace Parlan) ou gravou tributos a figuras de um jazz mais tradicional como Charlie Parker e Sidney Bechet, enquanto noutras alturas mergulhava no R&B, ou gravava com vários músicos europeus como Jasper van’t Hof, Tchangodei e Dresch Mihály. Desde o início da década de 1990, tocou frequentemente com o trompetista francês Eric Le Lann. Shepp é destacado no documentário de 1981 “Imagine the Sound” no qual fala, lê a sua poesia e toca. Shepp também aparece em “Mystery, Mr. Ra”, um documentário francês de 1984 acerca de Sun Ra. O filme também inclui imagens de Shepp tocando com a Sun Ra’s Arkestra. Em 2002, Shepp aparece no album “Red Hot and Riot” da Red Hot Organization, de tributo a Fela Kuti. Shepp apareceu numa faixa intitulada “No Agreement” ao lado de Res, Tony Allen, Ray Lema, Baaba Maal, e Positive Black Soul. Em 2004 Archie Shepp fundou a sua própria editora musical, “Archieball”, juntamente com Monette Berthomier. A editora está situada em Paris, França, e apresenta colaborações com Monica Passos, Bernard Lubat e Frank Cassenti. Shepp nasceu em Fort Lauderdale, Florida, em 24 de maio de 1937.
PAUL PARAY– Paul Paray, maestro francês, organista e compositor. Ele é mais lembrado nos Estados Unidos por ter sido o Maestro Residente na Orquestra Sinfônica de Detroit por mais de uma década .O pai de Paray, Auguste, foi um escultor e organista na igreja St. Jacques e comeandou uma sociedade musical amadora. Ele pôs o jovem Paul na orqeustra da sociedade, como baterista. Depois, Paray foi ára Rouen para estudar música com os monges Bourgeois e Bourdon, e órgão com Haelling. Isso o preparou para ingressar no Conservatório de Paris. Em 1911, Paray venceu o prêmio Grand Prix de Rome, pela sua cantata Yanitza. Com o início da Primeira Guerra Mundial, Paray precisou alistar-se e ingressou no Exército Francês. Em 1914 ele foi um prisioneiro de guerra no campo de Darmstadt, onde compôs um Quarteto para Cordas. Depois da guerra, Paray foi convidado para ser maestro da orquestra do Casino de Cauterets, incluindo músicos da Orquestra Lamoureux. Depois disso, ele foi o Diretor Musical da Orquestra de Monte Carlo e presidente do Concertos de Colônia. Em 1922, Paray compôs o balé Adonis Troublé. Em 1931 ele escreveu a Missa para o 500º Aniversário de Morte de Joana D’Arc, que teve a première na catedral de Rouen. Em 1935 ele escreveu a Sinfônica º1, que teve a première no Concertos de Colônia. Ele compôs sua segunda sinfonia em 1941. Paray fez sua estreia com a Filarmônica de Nova Iorque em 1939. Em 1952, ele foi apontado como Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Detroit, conduzindo inúmeras gravações para a Mercury. Paray conduziu o repertório orquestral muito bem, mas era especializado na literatura sinfônica francesa. Uma das gravações mais renomadas foi feita em outubro de 1957, com a Sinfonia nº3 de Camille Saint-Saëns. Paray fez da Sinfônica de Detroit, uma das melhores orquestras do mundo. Marcel Dupré, um amigo de infância, foi organista na gravação. Ele foi o Patrono Nacional da Delta Omicron, uma fraternindade de música internacional e faleceu em Monte Carlo, em 10 de outubro de 1979. Paray nasceu em Le Tréport em 24 de maio de 1996.
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