jun 27, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
JOHN ENTWISTLE (THE WHO)- John Alec Entwistle, compositor, cantor e trompetista inglês, mais conhecido por seu trabalho no baixo com a banda de rock The Who. Sua sonoridade agressiva no instrumento influenciou várias gerações de baixistas, levando-o a ser definido como “o maior baixista da história do rock” por publicações como Greenwich Time e The Ledger.A pegada base de seu instrumento era alcançada através da utilização de linhas pentatônicas e um som agudo pouco comum, alcançado através da utilização de cordas de aço RotoSound. Entwistle possuía uma coleção de mais de 200 instrumentos, refletindo as diferentes marcas que utilizou durante sua carreira: baixos Fender e Rickenbacker nos anos 60, Gibson e Alembic nos anos 70, Warwick nos anos 80 e baixos Status Entwistle nasceu em Chiswick, subúrbio de Londres. No começo dos anos 60 ele passou a se apresentar em vários grupos de jazz e dixieland com seu colega de escola Pete Townshend, posteriormente entrando para a banda The Detours, de Roger Daltrey. Estava formado o núcleo do que seria mais tarde o The Who. O grupo começara com Daltrey e Townshend dividindo os acordes de guitarra, até que Roger desistiu do instrumento. A mudança para uma única guitarra foi essencial para Entwistle (apelidado de “The Ox”), que passou a tocar acordes extremamente altos e intrincados para compensar a falta de uma guitarra rítmica – o resultado foi, dos primeiros singles do Who até o seu último sucesso, a transformação do trabalho do baixo de Entwistle em um dos mais complexos e audíveis do rock. Mais do que isso, ele tendia a aparecer justamente por não aparecer. Além de seu trabalho no baixo, Entwistle revelou um talento peculiar como compositor. Suas canções demonstravam um senso de humor sombrio, incompatível com o trabalho mais introspectivo de Townshend. Embora contribuísse numa proporção de 2 músicas por álbum, a frustração de ter seu material relegado pelo The Who levou-o a lançar Smash Your Head Against The Wall em 1971, sendo o primeiro integrante da banda a gravar um disco solo. Entwistle desenvolveu o que ele chamava de estilo ‘”datilógrafo” de tocar baixo. Consistia em posicionar a mão direita sobre as cordas para que os quatro dedos pudessem ser usados para bater percussivamente nas mesmas, fazendo com que elas atingissem o braço com um distinto som agudo. Isso dá ao músico a habilidade de tocar três ou quatro cordas de uma só vez, ou de usar diversos dedos em uma só corda, além de permitir a criação de passagens bastante percussivas e melódicas. Ele usava esta técnica para imitar os preenchimentos usados pelos bateristas, às vezes antes mesmo que os bateristas tivessem a oportunidade de fazê-los. John identificava suas influências como uma combinação de seu treinamento formal ao trompete, trompa e piano, o que dava a seus dedos uma força e flexibilidade ímpares. Juntamente com os guitarristas de rock Duane Eddy e Gene Vincent, e baixistas de soul e R&B como James Jamerson, ele é considerado um pioneiro nas técnicas de baixo. Entwistle foi a influência primordial de gerações de baixistas e continua a aparecer em enquentes sobre os “melhores baixistas” em revistas musicais. Em 2000, a revista Guitar nomeou John Entwistle o “Baixista do Milênio” numa enquente entre seus leitores. Nasceu em Londres em 9 de outubro de 1944, morreu Paradise, Nevasa, Estados Unidos em 27 de junho de 2002.
GUILHERMINA SUGGIA– Guilhermina Augusta Xavier de Medin Suggia, violoncelista portuguesa.Guilhermina revolucionou o instrumento em técnica, posição e sonoridade. Abriu as portas profissionais do violoncelo às mulheres, até então quase fechadas. De fato, o considerável gasto de energia exigido para manejar a envergadura do violoncelo, acrescido do fato de as boas maneiras da época obrigarem a colocar o instrumento de um ou outro lado do corpo obrigando a uma significativa contorção do dorso, tornavam o instrumento ainda mais inacessível às executantes femininas.(Note-se que ainda em 1930 o violoncelo era tido como um instrumento indecoroso para as mulheres, sendo então proibida a contratação de violoncelistas mulheres pela própria orquestra da BBC). Em 1923 o pintor galês Augustus John haveria de deixar na tela para a posteridade um pouco da fibra e da atitude interpretativa de Guilhermina Suggia durante as suas actuações. Conforme o próprio relatou, durante as sessões no seu atelier, Suggia tocava Bach. É divino o momento que capta o pintor. Coloca-lhe, por isso, um fantástico vestido vermelho. Suggia tocava todos os importantes concertos da época para violoncelo e orquestra – os concertos de Haydn, Elgar, Saint-Saëns, Schumann, Eugen d’Albert, Dvořák. Nasceu no Porto em 27 de junho de 1885, morreu no Porto em 30 de julho de 1950.
ZEZÉ MOTTA- Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, atriz e cantora. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro quando tinha dois anos de idade. Frequentou a escola do teatro Tablado. Começou a carreira de atriz em 1967, estrelando a peça Roda-viva, de Chico Buarque. Em 1969, atuou em Fígaro, fígaro, Arena canta Zumbi e A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato. Em 1974, atuou em Godspell, e em 1999, participou de Orfeu (filme). A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais três discos. Ela nunca conseguiu engravidar, e ao longo de sua vida adotou cinco meninas, hoje, adultas: Luciana, Nadine, Sirlene, Carla e Cíntia. Ela criou sozinha as meninas desde que ela eram bebês. Adotou uma por uma, ao longo dos anos. Ela é avó de Luíz Antônio, filho de Nadine, de Heron e Loma, filhos de Sirlene, e de Isadora, filha de Luciana. Foi casada algumas vezes. Zezé Motta nasceu em em Campos dos Goytacazes em 27 de junho de 1944.
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