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A fúria dos que saíram do armário

dez 24, 2015 Air Antunes Artigos 2


ERIC NEPOMUCENO

Essa direita troglodita ataca à traição. E sabe que figuras públicas não costumam reagir, para não alimentar a sede mesquinha dos escrevedores de intrigas.

chicoO que mais impressiona – e preocupa – na agressão verbal que um grupo de garotões cuja profissão principal é ser filho de pai rico lançou contra Chico Buarque na noite da segunda-feira, 21 de dezembro? Três coisas. Primeiro, a extrema fúria dessa direita desgarrada que acaba de sair do armário embutido. Segundo, a facilidade com que repetem o que dizem os grandes meios de comunicação. E terceiro, a incapacidade para qualquer gesto minimamente civilizado.

Chico saía de um jantar com amigos quando, ao buscar um táxi, passou a ser chamado de ‘petista’. Ouviu a repetição de clichês idiotas repetidos à exaustão pelos meios de incomunicação e pelos deformadores de opinião. A um dos garotões ele respondeu com humor. Dizia o valentão que defender o PT quando se mora em Paris é fácil. ‘Você mora em Paris?’, perguntou Chico. E o rapaz respondeu: “Não, quem mora em Paris é você!’. Chico, então, perguntou: ‘Você andou lendo a Veja?’. A ironia continua sendo uma válvula de escape. Mas para ter ironia é preciso inteligência, artigo definitivamente raro na praça.

Não foi a primeira nem a décima agressão verbal que ele e seus amigos ouvem, todas relacionadas ao PT, a Lula e a Dilma. O mais recomendável é, sempre, fazer ouvidos moucos. Mas também essa regra tem suas exceções. O episódio de segunda-feira foi inevitável: Chico estava no meio da rua, é pessoa pública, reconhecível a milhas marítimas de distância.

Mais grave é saber que não foi a primeira nem a décima ocasião, e também não terá sido a última. O país está polarizado como poucas vezes esteve nos últimos 50 ou 60 anos. O grau de agressividade, de furiosa intransigência dessa direita recém-saída de um imenso armário – certamente embutido – é o que mais chama a atenção. E preocupa. Muito. Dizer na cara de alguém ‘Você é um merda’ pode ter consequências sérias. Chico sabia e sabe que qualquer reação à altura não faria outra coisa que atiçar ainda mais a fúria dessa direita desembestada, fartamente alimentada pela grande imprensa. Até nisso a direita recém assumida em sua verdadeira essência é covarde. Até quando?

O país se acostumou às tristes cenas de violência entre torcidas organizadas no futebol. Elas pelo menos têm a decência de se uniformizar, ou seja, é fácil identificar o adversário à distância.

Essa direita troglodita, não. Ataca à traição. E sabe que figuras públicas como as que foram atacadas à sorrelfa não costumam reagir, para não alimentar a sede mesquinha dos escrevedores de intrigas.

Há poucos registros, que eu me lembre, de alguém que tenha saído do armário com tanta sede de ação. Cuidado com eles: tantas ganas reprimidas, quando subitamente liberadas, desconhecem limites. De Carta Maior

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor, estava com Chico no episódio relatado

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2 thoughts on “A fúria dos que saíram do armário”

  1. Air Antunes 26 de dezembro de 2015 at 9:03 am

    Senhor Frederico Cury, se o senhor observar bem quem escreveu a matéria foi o escritor Eric Nepomuceno, não eu. Reclame com ele, sou apenas o editor do blog, que, por sinal, gosta de bom texto. Mas, a propósito, não sou contra a “classe mais abastada”, sou contra idiotas que se acham o dono do mundo apenas por causa dos bens materiais. É isso!

    Reply ↓
  2. Frederico Cury 24 de dezembro de 2015 at 8:31 pm

    Senhor air oque você tem contra a classe social mais abastada (rica )? Sempre você se posiciona contra os proprietários de terras gados e agora nessa matéria

    Reply ↓

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